16 maio 2009

Dengue mata mais no Brasil que o tolerado pela OMS

A taxa de letalidade da dengue no país é seis vezes maior do que a considerada aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até 30 de abril, 87 pacientes com dengue hemorrágica ou com complicações da doença morreram — 6% do total. Pelos padrões da OMS, o máximo seria 1%.
É um índice muito alto, que revela ainda falhas importantes na assistência aos doentes — diz o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho.
Das 87 mortes confirmadas pela doença, a maioria foi registrada na Bahia (49) e em Mato Grosso (15). Fenômeno que se repete quando se analisa a distribuição de casos no país. Até agora, oito Estados respondem por 78% dos casos.
Para Coelho, a epidemia em bloco registrada neste ano revela a diferença com que Estados e municípios lidaram com prevenção e capacitação da rede para o atendimento. Onde o trabalho foi bem feito, o número de casos foi menor. E nas áreas onde há assistência mais estruturada, mortes são evitadas.
— Neste ano, houve o agravante das eleições municipais. Em áreas onde prefeitos não fizeram sucessor, a prevenção foi relaxada, funcionários foram dispensados — afirmou.
Em números absolutos, a quantidade de casos caiu 49% comparada com o mesmo período de 2008 — passando de 440.360 para 226.513.
— Há, portanto, locais onde o trabalho falhou e é preciso agora concentrar esforços — diz Coelho.
O Ministério da Saúde liberou R$ 1,08 bilhão para trabalhos de prevenção da doença, como distribuição de nebulizador e pulverizador para combater os criadouros do mosquito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Programa Bolsa Família de Santa Rosa é destaque no sul do país

O trabalho diferenciado realizado nessa área no município por todas as secretarias municipais que interagem nas ações, motivou o Ministério da Saúde a convidar a equipe gestora local a apresentar as experiências de Santa Rosa durante um congresso realizado em Curitiba na semana passada. Participaram do evento a nutricionista Cibele Brum, a diretora de Atenção Básica, Glaci Weber Gauger, a secretária de Educação e Juventude, Neli Cadaval e o secretário de Desenvolvimento Social, Paulo Paím.
O Programa Bolsa Família, em Santa Rosa, tem excelente desempenho, com acompanhamento semestral do peso das crianças, acompanhamento do calendário vacinal das crianças e gestantes, na busca ativa dos faltosos e realização de ações educativas com mães ou responsáveis. Além desse atendimento, ainda são realizados exames preventivos de colo de útero e avaliação odontológica, como maior diferencial nos serviços. (Jornal Noroeste)