26 junho 2011

Frio faz bem: melhor Inter do Brasileirão bate Figueira por 4 a 1

 Oscar, de luvas, faz um dos gols da vitória colorada
 (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)
Talvez tenha sido por causa do frio, um desses elementos formadores da identidade do gaúcho. Talvez, vá saber, os menos de dez graus no Beira-Rio tiveram força suficiente para se aliar ao Inter e congelar as pernas do Figueirense – tão bem no campeonato, tão mal no jogo. Ou talvez tenha sido só na bola, só na qualidade, só no trabalho da semana que o Colorado realizou sua partida mais convincente no Brasileirão. Quaisquer que sejam os porquês, aos gaúchos só interessa a resposta: e ela é de goleada por 4 a 1 em uma Porto Alegre glacial.
O Inter teve D’Alessandro como destaque na criação. Os gols foram divididos: um de um zagueiro, Bolívar, dois de meias, Oscar e Ricardo Goulart, e outro de um atacante, Leandro Damião. Surpreendeu a queda de rendimento do Figueira: se antes tinha sofrido dois gols em cinco jogos, agora levou quatro de uma tacada só. Foi muito fraca a atuação do time de Florianópolis. Seu gol foi marcado por Wellington.
O resultado ergueu o Inter para a nona colocação no Brasileiro, com nove pontos, a dois da zona de classificação para a Libertadores. O Figueirense saiu do G-4. Caiu para o sexto posto, com dez. Na quinta-feira, os colorados visitam o Atlético-MG, e os catarinenses, um dia antes, recebem o Santos.

Grêmio perde para o Botafogo por 2 a 1 no Engenhão

Grêmio caiu diante do Botafogo no Engenhão
Foto:Fábio Motta/Agência Estado
O Grêmio segue com a sina de nunca ter vencido uma partida no Engenhão. Neste domingo, atuando no estádio carioca, o Tricolor foi derrotado por 2 a 1 pelo Botafogo. Os gols foram do volante Marcelo Mattos, aos 25 minutos do segundo tempo, e, depois de um apagão nos refletores, o atacante Elkesson, aos 56, fez o segundo. Faltando três minutos para o fim do jogo, Rafael Marques descontou. A última vitória do clube gaúcho sobre a equipe carioca atuando no Rio de Janeiro foi há 10 anos atrás, em 2001.
Com o resultado, o Grêmio segue com sete pontos ganhos, no meio da tabela de classificação e vendo a turma da frente se distanciar. É a terceira partida sem vitória do time de Renato. O Botafogo chegou a 11 pontos e cresceu no campeonato.
O próximo jogo do Grêmio será na quarta-feira, 19h30min, contra o Avaí, no Estádio Olímpico.

Brasileiro é eleito diretor de órgão da ONU de combate à fome

Brasileiro é eleito para órgão da ONU de combate à fome 
Crédito: Renato Araújo / ABr
O agrônomo brasileiro José Graziano, de 61 anos, foi eleito neste domingo o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ex-ministro de Segurança Alimentar do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Graziano ocupará o cargo no período de janeiro de 2012 a julho de 2015. Desde 2006, ele atuava como representante da agência na América Latina e no Caribe.
A eleição ocorreu hoje durante a 37ª Conferência da FAO, evento que começou ontem, em Roma. Com o apoio do governo brasileiro, Graziano recebeu 92 dos 180 votos. O segundo colocado foi o ex-ministro de Relações Exteriores espanhol Miguel Ángel Moratinos. Inicialmente também concorriam ao posto o austríaco Franz Fischler, o indonésio Indroyono Soesilo, o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini e o iraquiano Abdul Latif Rashid.
Indicado para o cargo pelo então presidente Lula, no ano passado, Graziano vai substituir o senegalês Jacques Diouf, que permaneceu por 17 anos à frente da agência. Ele deixará a direção do órgão em um momento em que a alta nos preços de alimentos tornou-se uma preocupação global, discutida nos principais foros internacionais.
Criada em 16 de outubro de 1945, a FAO concentra os esforços dos 191 países membros, mais a Comunidade Europeia, pela erradicação da fome e da insegurança alimentar. Na agência, que funciona como um fórum neutro, os países desenvolvidos e em desenvolvimento se reúnem para negociar acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas.
O orçamento enxuto da agência, se comparado ao de outras instâncias da ONU, é considerado um dos entraves à atuação mais abrangente do órgão. Para o biênio 2010/2011, a FAO conta com orçamento de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão), com mais US$ 1,2 (R$ 1,9 bilhão) advindos de doações voluntárias.
Outro problema com o qual Graziano deverá lidar são as divergências entre os países quanto à produção de biocombustíveis (apontados por algumas nações como os principais causadores da inflação nos alimentos).

Sem sustos, Vettel domina o GP da Europa e estica seu domínio no ano

Vettel na frente: a cena se repete pela sexta vez em oito
corridas nesta temporada (Foto: Reuters)
Desta vez não teve chuva, não teve safety car, não teve interrupção e, principalmente, não teve erro na última volta. As ruas de Valência recolocaram a Fórmula 1 em seu ritmo normal neste domingo, e Sebastian Vettel retomou sua rotina de vitórias – foi a sexta em oito etapas da temporada 2011. O alemão da RBR largou na pole position e, enquanto os rivais se revezavam nas posições atrás dele, venceu o GP da Europa de ponta a ponta, sem sustos ou surpresas. Se uma bobeada no fim lhe custou a primeira posição no Canadá, agora Vettel não deu bola nem para a nova e polêmica regra do mapeamento dos motores: tratou de carregar seu carro até a linha de chegada e esticou a supremacia na liderança do campeonato.
Se a nova regra da FIA tinha objetivo de reduzir o domínio da equipe austríaca, ao menos em Valência a estratégia não teve efeito. Mas deu para perceber que a Ferrari – e não a McLaren – se consolida como o time mais disposto a incomodar a RBR no campeonato. Tanto que atrás de Vettel cruzou Fernando Alonso. Correndo em casa, o espanhol passou a prova toda disputando posição com Mark Webber, que completou o pódio em terceiro.
Só então apareceu uma McLaren: a de Lewis Hamilton, quarto colocado. Felipe Massa, que teve problemas em sua segunda parada nos boxes, chegou em quinto, espremido entre a McLaren de Hamilton e a de Jenson Button, sexto colocado. O brasileiro Rubens Barrichello, da Williams, foi o 12º.
Se o GP do Canadá começou no ritmo do safety car, o público em Valência viu uma largada de verdade. Enquanto Vettel pulou na frente, Massa saltou para terceiro, ultrapassando de uma só vez Hamilton e Alonso. Ainda tentou cortar Webber, mas o australiano lhe fechou a porta, e Alonso aproveitou para dar o troco, recuperando a terceira posição. O inglês da McLaren caiu de terceiro para quinto e logo ganhou companhia do colega de equipe: Button, que tinha perdido a sexta posição para Rosberg na largada, respondeu na sexta volta.
Na 13ª volta, começaram as paradas. Hamilton foi o primeiro do pelotão da frente a ir para os boxes, seguido por Webber, Vettel e Alonso. Massa sentiu o gosto da liderança e parou pouco depois, na 16ª. Voltou em quinto lugar, entre Hamilton e Button.
Schumacher, que voltava dos boxes, forçou para cima de Petrov e viu o russo levar parte da sua asa dianteira. Teve de retornar para trocar o bico inteiro da sua Mercedes e disse adeus à chance de uma boa corrida.
O pelotão da frente manteve suas posições até a 21ª volta, quando Alonso deu o bote para cima de Webber. No fim da reta, o espanhol abriu a asa móvel traseira, passou pelo australiano e assumiu o segundo lugar, para delírio da torcida.
Massa ganhou a quarta posição quando Hamilton parou de novo. Mas a Ferrari voltou a complicar a vida do brasileiro nos boxes. Se a primeira parada tinha sido boa, com 3.7s, a segunda teve problemas na roda traseira esquerda e levou 8,6s. Voltou na mesma quinta posição, mas se estava brigando com Hamilton pela quarta, passou a se defender de Button na luta pela sexta. Para sua sorte, o inglês reclamava com a McLaren sobre seu Kers.
Enquanto isso, lá na frente, Vettel já começava a ver no horizonte os 25 pontos da vitória. Na 34ª volta, o alemão fez a melhor da corrida até então, com 1m42s420. Atrás dele estava novamente Webber, que tinha tomado a vice-liderança de Alonso após a segunda parada. Mas o troca-troca entre o australiano e o espanhol continuou nas paradas seguintes. Alonso retomou a segunda posição e abriu um certo conforto para a RBR que vinha atrás, mas não conseguia chegar nem perto da que estava à frente. Assim desenhou-se o pódio em Valência.
Massa não conseguiu ganhar a posição de Hamilton e ficou espremido entre as duas McLarens. Pagou caro pela demora da Ferrari na segunda parada e cruzou em quinto.

Ex-ministro da Educação, gaúcho Paulo Renato de Souza morre de infarto

Político e economista gaúcho sofreu um infarto em São Roque, onde
passava o feriado de Corpus Christi
Foto:Emílio Pedroso / Agencia RBS
O ex-ministro da Educação Paulo Renato de Souza, 65 anos, morreu na noite deste sábado em São Roque, no interior de São Paulo. Natural de Porto Alegre, o político passava o feriado de Corpus Christi em um hotel da cidade paulista quando sofreu um infarto. As informações são do G1.
Paulo Renato chegou a ser socorrido, mas não resistiu, informou a assessoria do governo do Estado de São Paulo. O velório deve ser realizado neste domingo na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O político e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi ministro da Educação no governo Fernando Henrique Cardoso e secretário de Educação do Estado de São Paulo no governo José Serra (PSDB). O ex-governador de São Paulo e candidato à presidência da República em 2010 lamentou a morte de Paulo Renato de Souza pelo Twitter.
— Foi-se Paulo Renato, meu querido amigo, um dos maiores homens públicos do Brasil. Foi um grande secretário e um grande ministro da Educação — escreveu Serra.
Dentre as suas realizações à frente do ministério da Educação estão o Enem — a primeira iniciativa de avaliação geral do sistema nacional de ensino — criado em 1998, durante sua gestão. Paulo Renato de Souza foi também reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre 1986 e 1990, e gerente de Operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.