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O filhote de poodle batizado de Rossi passa bem após agressão (Foto: Fernando Lopes/G1) |
A mulher filmada agredindo um filhote de poodle (veja o vídeo ao lado) na última sexta-feira (10), em Porto Alegre, foi indiciada por três crimes: maus-tratos contra animais, maus-tratos contra crianças e constrangimento de menores. O inquérito foi concluído nesta sexta-feira (17) pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Leandro Cantarelli Lisardo, titular da Delegacia de Polícia para a Criança e Adolescente Vítima (DPCAV), a gravação da agressão ao cão, feita por um vizinho, foi usada como prova. Em depoimento, testemunhas também afirmaram que ela agredia constantemente os filhos.
“A prova testemunhal foi bastante elucidativa sobre a prática de maus-tratos também sobre as crianças. As testemunhas relataram que ela constantemente agredia os filhos de forma verbal e física, mas a eventual violência física não foi comprovada”, afirmou o delegado ao G1.
No entendimento da polícia, a mãe também expôs o filho ao obrigá-lo a maltratar o filhote. Durante a agressão flagrada em vídeo, ela diz ao menino: “Todos os cachorros, todos os bichos que tu vês na rua a gente não trata bem. A gente vai e bate”.
Acompanhada do marido, a mulher prestou depoimento na última terça-feira (14). Conforme a polícia, ela confirmou a agressão ao filhote, mas negou os maus-tratos com os filhos. O Conselho Tutelar acompanha o caso e já tomou algumas medidas, mas por enquanto não pretende pedir a suspensão da guarda das crianças.
O inquérito deve ser enviado à Justiça no máximo até a segunda-feira (13). As penas previstas para os dois crimes contra as crianças vão de seis meses a dois anos de prisão. Já para o crime de maus-tratos a animais, a punição pode ser de três meses a um ano de prisão, além de multa.
As imagens da agressão ao filhote de poodle foram gravadas na sexta-feira (10) por um estudante em um prédio na Zona Norte da capital gaúcha. O animal desmaiou e foi resgatado pelo subsíndico do condomínio, Bruno Campelo. O cão foi levado por ele e pelo síndico até uma clínica, onde passou por exames e foi medicado. Ele foi adotado por Bruno e passa bem.