26 janeiro 2010

Homem é resgatado com vida em meio aos escombros no Haiti

Um homem foi resgatado dos escombros no Haiti nesta terça-feira, duas semanas após o terremoto de magnitude 7 que devastou o país caribenho.
O homem de 31 anos apresenta condições estáveis em uma instalação médica onde está se recuperando de uma fratura na perna. O homem foi resgatado pelo exército americano durante trabalhos de remoção de escombros na capital, Porto Príncipe.

Grupo de gaúchos é resgatado no Peru

Um grupo de 21 gaúchos foi resgatado por dois helicópteros, no meio da tarde desta terça-feira, na estação de trem de Águas Calientes, a 40 minutos de Machu Picchu, no Peru. Segundo relato da estudante gaúcha Karina Trindade Tavares, 23 anos, tiveram prioridade idosos com mais de 60 anos, mulheres com filhos com menos de 15 anos e gestantes.
Conforme Karina, não há mais idosos e crianças na estação, e agora, as mulheres serão as primeiras da fila. Por isso, ela espera ser resgatada nas próximas horas, já que os helicópteros pode voltar outras duas vezes à estação:
— Se não, só amanhã. Vai anoitecer e à noite aqui sempre chove.
Apesar da pouca comida — no almoço foram distribuídos um sanduíche e um copo d'água —, todos passam bem, segundo Karina. Somente um brasileiro, que seria carioca, teve febre alta e foi autorizado a sair da estação para procurar uma farmácia.
— Ele foi o único a sair com autorização de voltar — conta a estudante de Medicina, acrescentando que quatro paramédicos estão na estação.
Por volta das 15h (horário local, aproximadamente 17h em Brasília), abriu sol em Águas Calientes.
— Estamos no sol para ver se melhora o humor — disse Karina.
Situação é grave no Peru
Nos últimos três dias, as chuvas que transbordaram os rios Vilcanota e Rio Blanco provocaram duas mortes, causaram inundações em cerca de 50 casas da região e destruíram centenas de hectares de plantações de milho. As ruínas de diversos sítios arqueológicos já sofreram danos, mas o governo do Peru ainda não detalhou as perdas.
O Itamaraty confirma que há entre cem e 120 brasileiros entre os ilhados. Segundo a assessoria de imprensa do ministério das Relações Exteriores em Brasília, a embaixada brasileira no Peru está em contato com a Defesa Civil local. Os brasileiros teriam passado a noite dormindo em vagões de trens e nas casas de nativos.

Recurso anunciado por Dilma chega em Santa Rosa

O Prefeito Orlando Desconsi e a Presidente da Fundação tiveram motivos para comemorar nessa semana. Foi garantido o recurso que a Ministra Dilma repassou através do Ministério da Saúde para o Estado, em função das enchentes ocorridas em 2009. A equipe da FUMSSAR garantiu R$630 mil em recursos. A verba será divida entre os Hospitais e a Fundação, sendo que R$200 mil serão para Vida e Saúde, R$150 mil para R$280 mil para a FUMSSAR.
O recurso do Governo Federal foi obtido para qualificação da rede de saúde e para atender pacientes em urgência devido à situação de enchentes e alagamentos. O empenho realizado esta semana é do Plano de enfrentamento dos desastres ambientas no RS. De acordo com a presidente da FUMSSAR, Karina Kucharski, “Este é com certeza mais um importante recurso do Governo Federal que conseguimos garantir para qualificar e melhorar a infraestrutura da saúde em Santa Rosa”.
Segundo a presidente, o recurso da Fundação será utilizado para reconstrução do telhado e adequação da Unidade de Saúde de Cruzeiro e para o Centro de Atenção Psico-Social. O recurso também será para reforçar e substituir a rede elétrica das unidades de CSU de Cruzeiro, Caps 7 de Setembro, Centro, Bela União e FUMSSAR. Também será investido na substituição do piso da Unidade de Saúde da Planalto, na reconstrução da cobertura externa das Unidades de Saúde de Candeia, Bela União, 7 de Setembro, FUMSSAR e para repor e recuperar equipamentos da Fundação, do Hemocentro e das Unidades Básicas.

Três estudantes gaúchos estão entre os turistas isolados no Peru

Três estudantes do sétimo semestre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) — dois homens e uma mulher — estão isolados em Águas Calientes, no Peru, devido às fortes chuvas que assolam a região.
O governo do Peru está em alerta desde o último fim de semana, quando as precipitações atingiram a região de Cuzco e bloquearam a ferrovia que dá acesso ao sítio arqueológico de Machu Picchu. Estimativas oficiais indicam que há cerca de 2 mil turistas na região da cidade de Águas Calientes — que serve como apoio para aqueles que visitam a área.
O Itamaraty confirma que há entre 100 e 120 brasileiros entre os detidos. Segundo a assessoria de imprensa do ministério das Relações Exteriores em Brasília, a embaixada brasileira no Peru está em contato com a Defesa Civil. Passaram a noite dormindo nos vagões dos trens e nas casas de nativos.
Os gaúchos viajaram para o Peru no dia 6 de janeiro. A data de retorno estava prevista para início de fevereiro. Desde sábado, o acesso a Machu Picchu — principal destino turístico do Peru — está bloqueado. Os voos comerciais entre Lima e Cuzco também foram cancelados. Centenas de caminhões e ônibus ficaram parados em duas das principais estradas da região.
A funcionária pública municipal Ariza Tavares, mãe de uma das estudantes isoladas, Karina Trindade Tavares, de 23 anos, disse que conversou durante a madrugada com o cônsul brasileiro no Peru para saber a situação do local e, quem sabe, ter notícias do retorno da filha. O diplomata informou que ainda não existe data para as autoridades locais resgatarem os turistas.
A última vez que Ariza conversou com a filha foi à noite passada. Karina informou que os estudantes estão bem, mas muito aflitos, esperando serem retirados da área.
A preocupação de Maria Sofia Sartini Dutra está na falta de comida. Ela conseguiu conversar com o filho, Pedro Antônio Sartini Dutra, 20 anos, nesta manhã. O estudante de Medicina declarou que os mantimentos do grupo estão no fim e restava apenas uma barra de chocolate nas mochilas da turma.
Ele disse ainda que os helicópteros do governo peruano estavam iniciando o resgate dos turistas. Primeiramente, seriam retirados os americanos, seguido pelo europeus. Em seguida, o restante das pessoas. Pedro Antônio acredita que sejam resgatados hoje.
Nos últimos três dias, as chuvas que transbordaram os rios Vilcanota e Rio Blanco provocaram duas mortes, causaram inundações em cerca de 50 casas da região e destruíram centenas de hectares de plantações de milho. As ruínas de diversos sítios arqueológicos já sofreram danos, mas o governo do Peru ainda não detalhou as perdas.

"Vamos levar todo o nosso afeto e apoio ao Haiti", diz médica da missão gaúcha

Embarcou na manhã de hoje para o Haiti o grupo de quatro médicos e seis enfermeiros do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), na Capital, que vai realizar trabalho voluntário e ajudar vítimas do terremoto que devastou o país. A solidariedade e a motivação contagiam a equipe que vai atuar por pelo menos 30 dias em um hospital-navio ancorado próximo a Porto Príncipe.
Selecionados entre mais de 400 profissionais do GHC que manifestaram interesse na viagem, eles têm conhecimentos nas áreas de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e emergência. Uma das mais experientes do grupo é a médica anestesista Maria da Graça Falkembach. Ela completará 60 anos no próximo dia 22 e, provavelmente, vai comemorar a data no Haiti.
— É um grande presente participar dessa missão. O grupo está realmente muito motivado. Vamos levar todo o nosso afeto e apoio ao Haiti. Chegaremos em um momento em que a demanda do ponto de vista médico é enorme. Do ponto de vista humano, quem está ganhando mais somos nós — diz a médica, que já participou como voluntária de uma missão no Timor-Leste há oito anos.
— Na época, o país estava em reconstrução. Agora, a situação no Haiti é ainda mais grave. Uma grande tragédia. Mas recebi todo apoio da minha família nessa decisão — afirma Maria da Graça, que integra a equipe de médicos com diferentes especialidades: anestesia, cardiologia, ginecologia e obstetrícia, e traumatologia.

Safra recorde deve reduzir preço da soja

Produtores de soja do Centro-Oeste iniciaram a colheita neste mês apreensivos com a perspectiva de queda nos preços internacionais. A cotação do grão é pressionada por projeções de safras recordes nos três maiores exportadores, EUA, Brasil e Argentina. O aumento da área plantada e o clima favorável resultaram na expansão de 20% na produção mundial, o que deve elevar o estoque dos países produtores em 40%, diz o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP.
Apesar de os gastos com custeio terem caído de 10% a 20% neste ciclo, o cenário é menos favorável ao produtor do que em 2009, quando a quebra de 31% na safra argentina e a forte demanda chinesa garantiram altos preços mesmo durante a colheita -cerca de US$ 10 por bushel, que equivale a 27,2 kg de soja. A cotação do dólar, que caiu de R$ 2,30 para cerca de R$ 1,80 nos últimos 12 meses, também prejudica o sojicultor.
Quem não travou o preço nada está preocupado por causa da cotação que tende a cair e porque a perspectiva é ruim para a safrinha do milho, que mantém preços baixos e estoques altos desde o ano passado, diz o produtor Eduardo Pagnoncelli Peixoto, 52. Há dez dias, ele iniciou a colheita dos 2.400 hectares que plantou em sua propriedade, dividida entre os municípios de Chapadão do Céu (GO) e Costa Rica (MS). Para garantir um preço médio, Peixoto vendeu antecipadamente 60% da produção em outubro e novembro por US$ 19 a saca de 60 kg -R$ 34,4 pelo câmbio de ontem.
Com apenas 20% da produção vendida antecipadamente, Rogério Antonio Sandri, 35, teme não cobrir os custos da lavoura se a cotação da soja continuar caindo. Estou apreensivo porque já não consigo fechar negócio por R$ 35 a saca. Abaixo disso, tenho prejuízo, diz ele, que plantou 830 hectares em Chapadão do Céu. Ontem, o preço da saca era de cerca de R$ 32 no município. Referência em produtividade no Centro-Oeste, a região dos chapadões, que compreende o sul de Goiás e o norte de Mato Grosso do Sul, havia colhido 10% de seus 400 mil hectares até o último fim de semana.
Conforme dados da Fundação Chapadão, mantida por produtores locais, as lavouras devem produzir de 55 a 58 sacas por hectare neste ano, ante 52 sacas do ciclo anterior. Para Lucilio Alves, pesquisador do Cepea, a demanda da China será inferior à oferta neste ano e a supersafra deve recompor os estoques dos principais países exportadores. Não tem como segurar o preço nessa situação. A cotação deve cair até março, época em que os produtores precisam vender para pagar dívidas.
Para o economista e professor da GV Agro Alexandre Mendonça de Barros, o preço da soja deve cair um pouco se as grandes safras no Brasil e na Argentina se confirmarem, mas há um viés de estabilidade em torno de US$ 9,7.