12 dezembro 2010

Vendaval em Cerro Largo obriga 300 famílias a deixar suas casas

Chuva alaga casas em Santa Rosa, no
 Noroeste do Estado 
Em Cerro Largo, na região  das Missões, cerca de 300 famílias tiveram as casas completamente destelhadas por um forte vendaval que atingiu o município por volta das 6h30min deste domingo. A cidade está sem energia elétrica e sem telefone porque postes foram arrancados. Pelo menos três escolas estaduais estão sem telhado, o que obrigará a suspensão das aulas nesta segunda-feira a mais de dois mil alunos.
Conforme o prefeito Adair José Trott, um armazém com aproximadamente 70 mil sacas de soja foi totalmente destruído. “Eu acho que foi um tornado, porque, por onde o vento foi passando, foi arrancando tudo”, conta. Duas pessoas ficaram feridas e tiveram atendimento no hospital de Cerro Largo.
Trott acredita que 200 árvores caíram e bloqueiam, neste momento, estradas, ruas e avenidas. A prefeitura está trabalhando para a retirada de troncos e galhos. O prefeito calcula que o fornecimento de luz e telefonia só deve ser reconstituído na metade da próxima semana. A Defesa Civil Estadual chegou por volta das 12h30min no município.
Em Mato Queimado, foram 100 mm de chuva. A Defesa Civil municipal percorreu as áreas rurais, mas não foram registrados estragos. Cerca de 20 árvores caíram em ruas da cidade, e algumas residências foram danificadas. Não há registro de desabrigados.
Em Guarani das Missões, conforme o prefeito Casimiro Warpechowski, a chuva torrencial que caiu entre 7h45min e 8h15min deste domingo destelhou casas e arrancou árvores. Os estragos maiores foram registrados no interior da cidade. Um balanço mais detalhado deve ser conhecido no final desta tarde.
Em Dezesseis de Novembro, foi registrado 130 mm de chuva até o meio-dia deste domingo. O vento derrubou muitos postes na entrada do município, que está sem luz.
Santa Rosa
A chuva que atinge Santa Rosa desde a madrugada de sábado alagou 20 casas na manhã deste domingo, no Noroeste do Estado. Até agora, são 139,2 mm de precipitação acumulada. As famílias tiveram suas casas invadidas pelas águas do rio Pessegueiro, que corta a cidade, e estão sendo removidas para um abrigo improvisado no Parque Municipal de Exposições. Soldados do Exército foram acionados para auxiliar na operação.
Segundo Corpo de Bombeiros de Santa Rosa, as casas alagadas localizam-se nas vilas Bom Retiro, Santa Inês, Barro Preto, Bom Sucesso e Balneária. A entidade e a Defesa Civil local estão removendo as famílias ao abrigo improvisado, mas há algumas resistências em abandonar as casas.
Segundo Valdir da Silva Melo, coordenador da Defesa Civil de Santa Rosa, 35 pessoas de 12 famílias já estão no abrigo. A chuva segue no município, mas, segundo a Defesa Civil, o rio parou de subir e está com o nível estável. Como a chuva forte pode voltar, as famílias foram deslocadas por medida de segurança.
Luz
Há 27,3 mil clientes sem luz no Estado na área de cobertura da Rio Grande Energia (RGE) e AES Sul. As regiões atingidas são o Noroeste e as Missões. Na área de concessão da CEEE, não foi registrado transtorno causado pelo vendaval e chuva forte das últimas 12 horas.
Chuva
O acumulado pluviométrico, até agora, é mais alto no Oeste e Noroeste do Estado. Em São Borja, no Noroeste, já eram 226,6 mm do começo do fim de semana até às 12h deste domingo, sendo a maior parte hoje. Já em Santo Augusto, no Norte, são 122 mm; em Palmeira das Missões, no Norte, 101,4 mm; em Santiago, no Sudoeste, 76 mm; em Dom Pedrito, 46 mm.
Conforme previsão da MetSul Meteorologia, a temperatura também já despencou em algumas regiões, com presença de vento forte - no Chuí, são 96 km/h. Nas próximas horas, esfria muito na fronteira com o Uruguai e na região Sul.

Lauro posta foto no Twitter vestido de árabe

Manhã de domingo foi de folga para jogadores

Celso Roth deu uma "trégua" aos jogadores na manhã de domingo e os liberou de treinamentos. Alguns passearam no shopping que fica dentro do hotel Rotana Beach. Já Lauro entrou no clima do país do Mundial e vestiu a kandura, traje típico da cultura árabe.
Assim que adquiriu a roupa, postou a foto no Twitter  ao lado de seu "novo amigo", um árabe que está prestando serviços ao Inter durante o Mundial:
— Meu novo amigo Mohamed Khaled — informou. — Fui comprar minha vestimenta árabe. Começou uma discussão, gritaria, e eu assustado. Khaled piscou para mim e disse "negotiation" — relatou o goleiro no microblog.
Logo mais, às 12h (horário de Brasília), Lauro troca a kandura pelo uniforme e ruma ao treino, no qual Roth deve intensificar os pontos fortes do adversário de terça, o Mazembe.

Carreta carregada de gasolina sai da pista na freeway

Acidente ocorreu no km 61, no sentido Osório-Porto Alegre
Uma carreta carregada de gasolina de aviação, com placas de Canoas, saiu da pista no km 61 da BR-290 por volta das 6h30min, na altura de Gravataí. O acidente ocorreu no sentido Osório-Porto Alegre. O veículo está parado no canteiro lateral da rodovia. 
A alta capacidade de explosão da carga fez com que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditasse duas faixas por questão de segurança ao longo de 1 km. Bombeiros e Fepam foram acionados, já que a carga está vazando combustível para um riacho no local.
Segundo o técnico José Ricardo Samberg, o combustível oferece o mesmo risco de explosão da gasolina comum.
_ Nos últimos cinco anos não registramos nenhuma situação como essa. Dentro de alguns minutos poderemos analisar melhor a situação_ disse Samberg. 
O condutor ficou levemente ferido e foi conduzido ao Hospital Cristo Redentor, na Capital.

Argentina busca saída para violência social em parque da capital


Argentina busca saída para violência

O governo da Argentina e as autoridades de Buenos Aires buscavam neste sábado uma saída para o quinto dia de um surto de violência social, iniciado em um parque da capital ocupado por sem-teto e que já deixou quatro mortos. No final da manhã deste sábado, um encontro na Casa Rosada reuniu o ministro do Interior, Florencio Randazzo e o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, e uma delegação liderada pelo prefeito da capital argentina Mauricio Macri. Participam da reunião líderes sociais representando os "sem-teto", que desde terça-feira se instalaram em tendas no enorme parque Indoamericano, no sul da capital.
No entanto, um grupo de ocupantes desautorizou neste sábado sua representatividade, ao afirmar que "não será aceita nenhuma negociação da qual não façamos parte". "Não vamos sair até que nos deem uma resposta. A reunião que está ocorrendo na Casa Rosada não nos representa. Nós não somos de nenhum partido político e o que queremos é um plano de habitação", disse Alejandro Salvatierra, que se apresentou à imprensa no parque como representante dos ocupantes.
Batalha campal
Na noite de sexta-feira, o Parque Indoamericano foi palco de uma verdadeira batalha campal entre moradores da região e os sem-teto, a maioria bolivianos e paraguaios. Um grupo de moradores - a maioria de classe média - atacou os sem-teto para retirá-los do Parque, queimando dezenas de barracas e deixando dezenas de feridos.
Os choques ocorreram diante da ausência quase total de policiais na região, após a morte de um boliviano e de uma paraguaia, há dois dias, durante uma operação da polícia para desalojar os sem-teto. Moradores da região também bloquearam avenidas para exigir a retirada dos sem-teto do Parque Indoamericano.
Kirchner, que anunciou na véspera a criação do ministério da Segurança, criticou a ação contra os sem-teto: "não estou disposta a ver a Argentina entrar para o clube de países xenófobos". A presidente mirava no prefeito Macri, que atribuiu os incidentes no Parque Indoamericano, sob sua jurisdição, à "imigração descontrolada" e a "organizações criminosas".

Cenário atual aponta para preço do grão ainda maior em 2011

Previsão para o trimestre 

é de alta nas cotações

Embora o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apresentado nessa sexta, dia 11, não tenha tido o impacto positivo sobre o preço da soja, o cenário atual permite prever um 2011 de alta no preço do grão. Entre as razões apontadas para o otimismo estão a demanda chinesa – que segue em alta –, a possibilidade de estiagem prolongada na Argentina e os efeitos do clima na safra brasileira.
Considerado “conservador” por corretores e especialistas, o relatório não mexeu nas estimativas de produção e de produtividade dos EUA e também não alterou os números da produção da safra sul-americana – mantendo a mesma projeção de novembro para o Brasil e a Argentina. Houve uma redução nos estoques finais americanos em razão do aumento na previsão das exportações.
Para o consultor Carlos Cogo, o documento “não condiz com a situação real”, sobretudo no que diz respeito ao aumento do consumo chinês.
– O relatório mostra uma alta de 15,8% na demanda da China até agosto de 2011, mas o governo chinês divulga aumento de 31% de janeiro a novembro e de 89% só em novembro nas importações – completa Cogo.
O recuo do valor da soja na Bolsa de Chicago ontem – o bushel ficou em US$ 12,73 – é tratado como uma oscilação normal do mercado. O valor recorde para o grão foi registrado em julho de 2008, no período pré-crise, quando o bushel chegou a US$ 16,80. Farias Toigo, diretor da Capital Corretora, aposta na manutenção de tendência de alta no preço do grão:
– O que vai impactar mais agora é o clima. O primeiro trimestre de 2011 pode ter surpresas em relação a isso.
Com um preço de balcão na casa dos R$ 45,20 no início da semana, o produtor gaúcho vende a soja com cautela, por considerá-la de alta liquidez, como observa Valde Luiz Baratto, gerente comercial de grãos da Cotripal. Agricultores do Rio Grande do Sul não têm por hábito negociar a safra antecipadamente, a exemplo do que ocorre em Mato Grosso onde, segundo Cogo, 60% já foi vendido. No Estado, essa média não ultrapassa os 15%.