14 novembro 2009

Chuva e vento causam destruição no Estado

O temporal de chuva e rajadas de vento provocou estragos pelo Estado, durante a madrugada deste sábado, com alagamentos, queda de árvores, falta de luz e destruição de casas.
Em Montenegro, a ventania destelhou 30 casas e bloqueou parcialmente rodovias que dão acesso à cidade. Quedas de árvores e de fios de alta tensão na RS-411, na RS-470 e na RS-287 interromperam o trânsito. Em apenas uma hora, os bombeiros atenderam a 47 chamadas.
Em Porto Alegre, os bombeiros receberam 30 pedidos decorrentes de árvores tombadas sobre moradias. No Morro Santa Tereza, uma casa ficou parcialmente danificada. No bairro Campo Novo, o itinerário das linhas de ônibus precisou ser alterado devido aos bloqueios de ruas, e a Avenida Padre Cacique voltou a registrar alagamentos.
A queda de árvores e galhos deixou sem luz milhares de casas nas zonas Sul e Norte da Capital, em Viamão, Guaíba e Mariana Pimentel. Cerca de 15 alimentadores da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) operavam com apenas 50% da capacidade. Até as 10h de sábado, a empresa não tinha calculado o número de consumidores prejudicados.
Já a AES SUL contabilizou cerca de 60 mil clientes sem energia em cidades como Canoas, São Sebastião do Caí, Taquari, Montenegro e Ivoti. No bairro Niterói, em Canoas, a falta de luz aumentou o drama de Olívia dos Santos Moreira, 73 anos. Doente de cama, ela respira por meio de um aparelho ligado à rede elétrica e teve de ser levada para a casa de parentes do outro lado da cidade onde o serviço não foi afetado.
Em Três de Maio, na manhã de hoje (14) em média a preciptação climática chegou a 55 milimetros, o que somando-se a as chuvas da semana atingem em média 115 milimetros, mais que o dobro da média do mês. Novamente os problemas com as áreas ribeirinhas se manifetsram com diversas casas alagadas principalmente eno bairro Pedreirinha, bem como um problema estrutural na rua Professor Del'Aglio (foto), nesta rua, uma mureta feita pela Secreatria de Obras do município, contemplou apenas uma residência, sendo que as demais agora sofrem com a água acumulada que chega a invadir algumas casas. (Quadra que compreende entre as ruas Santo Ângelo e Tereza Verzeri).

Aposentado, Vargas perde direito a foro privilegiado

Com a homologação de sua aposentadoria, o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado João Luiz Vargas perdeu o foro privilegiado e deve responder na 3ª Vara da Justiça Federal, em Santa Maria, pelas acusações de envolvimento na fraude do Detran. A comunicação da aposentadoria foi feita ao subprocurador Francisco Teixeira pela força-tarefa que trabalhou na Operação Rodin.
Antes de Vargas garantir a aposentadoria, o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou em 19 de outubro ao Ministério Público Estadual uma representação contra ele solicitando ajuizamento de ação para a perda do posto. O documento do MPF lista sete momentos em que Vargas teria atuado em favor de interesses políticos, o que fere a Lei Orgânica do TCE e o Estatuto da Magistratura Estadual. Ontem, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Ana Maria Schinestsck, limitou-se a dizer que solicitou um estudo à assessoria jurídica da Casa. Como o conselheiro se afastou definitivamente da Corte, os supostos fatos poderão levar à perda da aposentadoria.
Uma das preocupações dos procuradores foi pedir agilidade ao MP Estadual já que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região derrubou a liminar que havia sido concedida pela Justiça Federal de Santa Maria impedindo que Vargas se aposentasse.
Composição da CPI do Detran era tratada em conversas
Os procuradores da República Alexandre Schneider e Enrico Rodrigues de Freitas afirmam que foi observada, a partir de interceptações telefônicas, “intensa movimentação e contatos” entre Vargas, o ex-secretário de Governo de Canoas Francisco Fraga e o ex-diretor da CEEE Antônio Dorneu Maciel, réus na ação penal originada das investigações da Operação Rodin.
Durante a fase sigilosa de outra investigação – a Operação Solidária –, interceptações telefônicas “evidenciam a permanente preocupação” por parte do governo do Estado, do deputado federal José Otávio Germano (PP) e de Vargas em “manipular a composição” da CPI do Detran, que teve início em fevereiro de 2008. Parte das evidências estão esmiuçadas na petição inicial da ação civil de improbidade administrativa.
Zero Hora tentou contato telefônico com João Luiz Vargas e com seu advogado, André Cezar, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.