23 novembro 2009

Moradores quebram asfalto em protesto contra mortes na RS-324

Moradores de Passo Fundo e Marau protestaram nesta segunda-feira na rodovia que mais mata no norte do Estado, a RS-324. Os manifestantes tentaram instalar placas anunciando quebra-molas, pintaram a rodovia com spray e colocaram caixões sobre a pista. Com picaretas, eles abriram valas na pista, arrancando o asfalto.
Policiais rodoviários tentaram impedir a ação e os moradores revidaram. O empurra - empurra terminou com a chegada de um pelotão do Batalhão de Operações Especiais de Passo Fundo. Depois de duas horas com o trânsito parado, os manifestantes deixaram o local e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) conduziu em comboio os carros para impedir ultrapassagens e alta velocidade. Uma máquina foi deslocada ao local para tapar a vala aberta no asfalto.
Segundo o Departamento Estadual de Esradas e Rodagem (Daer), desde maio o órgão, junto às prefeituras e à comissão pró RS-324, busca alternativas para reduzir o número de acidentes. A rodovia teve a sinalização reforçada e uma licitação definiu a empresa que fará a construção de uma terceira faixa no trecho entre Passo Fundo e Marau. Para o departamento, a duplicação entre Casca e Passo Fundo é a saída para reduzir o número de acidentes.
Para os policiais rodoviários que trabalham na rodovia, 90% dos acidentes que ocorrem no trecho são motivados pela imprudência. A maior parte dos envolvidos nos acidentes são moradores da região, que conhecem o perigo da rodovia e mesmo assim insistem em desrespeitar a sinalização e o limite de velocidade.
Nos 28 quilômetros de asfalto entre Passo Fundo e Marau já foram registrados 118 acidentes neste anos. Mais de 80 pessoas ficaram feridas e nove perderam a vida.m os dois municípios. A curva fechada da localidade de São Luiz da Mortandade é a campeã de vítimas fatais. Em três acidentes que ocorreram no local este ano, cinco pessoas morreram.

CNH será válida como documento de viagem para ingresso na Argentina

A partir do dia 18 de dezembro, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) poderá ser utilizada como documento de viagem válido para a circulação e permanência de brasileiros por até 72 horas entre Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, e Puerto Iguazú, na Argentina. Outros documentos como a Carteira Provincial – espécie de identidade estadual - antes não reconhecidos também estenderão o benefício aos argentinos que desejem transitar pela região denominada no tratado bilateral como “Corredor Turístico Iguaçu”.
Tais mudanças que há anos fazem parte da pauta de reivindicações das autoridades e do trade turístico locais para a região estão contempladas no Acordo de Facilitação Turística entre Brasil e Argentina assinado na quarta-feira (18) pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, em Brasília. Publicado na edição de quinta-feira (19) do Diário Oficial da União, passa a valer após 30 dias da data da assinatura, quando a flexibilização deverá ser aplicada pelas autoridades de segurança dos dois países.
Segundo a disposição que rege as regras migratórias entre o Brasil e a Argentina e ainda em vigor, o trânsito de brasileiros entre os dois países só é permitida mediante a apresentação da cédula de identidade emitida pelas secretarias de segurança dos estados ou do passaporte válido emitido pela Polícia Federal. A restrição surpreende milhares de turistas todos os anos. Acostumados a circular pelo Brasil apenas com a carteira de motorista ou a funcional, são impedidos de cruzar a fronteira por não serem aceitas no país vizinho.
No texto do acordo, os governos brasileiro e argentino expressam oficialmente com a medida “o desejo das Partes de fortalecer e aprofundar o processo de integração assim como a estreita relação que as une, irmanadas pela História, pela Cultura e pela Geografia”. O documento destaca ainda que os dois países “reafirmam seu desejo de avançar os mecanismos de agilização de controle em áreas de fronteira a fim de facilitar o turismo” já que “as Cataratas do Iguaçu são uma atração natural única compartilhada”.

Sem bolsa: Prazo para atualizar os dados encerra em dezembro

Este mês, 521 famílias de 15 dos 20 municípios da Fronteira Noroeste que deixaram de fazer o recadastramento no programa federal Bolsa Família ou estavam em conflito com os critérios do programa tiveram os pagamentos suspensos. A partir de janeiro de 2010, caso não regularizem a situação até dezembro, elas podem perder definitivamente os recursos do programa.
A todo, foram suspensos 55.889 benefícios pelo Ministério da Assistência Social no Rio Grande do Sul. Na região, os maiores problemas foram encontrados em Santa Rosa, que apresenta o maior número de benefícios suspensos: 166 famílias deixaram de receber os recursos em novembro. O número representa pouco mais de 5% das cerca de 3,1 mil famílias beneficiadas com o programa.
Em relação ao número de habitantes, porém, os campeões de cancelamentos são os municípios Três de Maio, com 156 benefícios suspensos este mês. O número representa cerca de 16% dos 986 benefícios concedidos no município. Em Tuparendi, o número de benefícios suspensos (63) equivale a mais de 15% do total de beneficiários (cerca de 400).
Quem ficou sem receber o benefício este mês deve procurar as prefeituras para saber os motivos do bloqueio e atualizar os dados até o final de dezembro. Caso a situação não seja regularizada, a partir de 2010 os benefícios que permanecerem bloqueados por falta de atualização cadastral serão cancelados pelo ministério.
Na região, cinco municípios não tiveram benefícios cancelados: Santo Cristo, Boa Vista do Buricá, Nova Candelária, Senador Salgado Filho e Tucunduva mantiveram o mesmo número de beneficiários este mês.
Os bloqueios:
Alecrim 5, Alegria 7, Campina das Missões 3, Cândido Godói 2, Doutor Maurício Cardoso 3, Horizontina 45, Independência 1, Novo Machado 4, Porto Lucena 25, Porto Mauá 9, Porto Vera Cruz 29, Santa Rosa 166, São José do Inhacorá 3, Três de Maio 156 e Tuparendi 63.

Prefeito solicita ajuda da comunidade

Por causa das fortes chuvas que atingiram o município no domingo (22), a Prefeitura está solicitando a colaboração da comunidade. Durante a manhã poucas doações foram entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social, por isso, é importante que todos colaborem com as 241 famílias atingidas. Os dados foram atualizados hoje pela Defesa Civil e já totalizam 825 pessoas atingidas. As equipes ainda estão fazendo o levantamento, que deve seguir durante a tarde também em comunidades do interior.
As doações estão sendo entregues na Secretaria de Desenvolvimento Social, ou no pavilhão 3 do parque de exposições. De acordo com o Secretário Paulo Paim, “Estamos priorizando os pedidos de cobertores, colchões, alimentos e fraldas descartáveis, embora tenhamos a necessidade todo o tipo de doações, já que muitas famílias perderam tudo”. As pessoas que não têm como entregar as doações podem ligar para o telefone 3511-1000, que uma equipe irá recolher.
O decreto de emergência está oficializado em decorrência da vulnerabilidade social e os riscos de saúde e deve servir de apoio na busca de recursos junto ao Governo do Estado e Federal. A Prefeitura terá também como base o decreto para realização de compras emergenciais. Segundo a Defesa Civil, todo o município foi atingido.