13 junho 2010

Preso terceiro suspeito de morte de advogado

Um terceiro suspeito de envolvimento na morte do advogado Ivan Guardati Vieira (foto), 47 anos, foi preso, por volta das 10h30min, pela Polícia Civil. Gustavo Marques Azevedo, 19 anos, que teve a prisão preventiva decreta pelo crime, foi capturado no bairro Bom Jesus, na Capital.
— Ele não teve tempo de reagir ou tentar fugir — comemorou o delegado Moacir Firmino Bernardo, da 3ª DP de Novo Hamburgo.
Dois suspeitos de envolvimento na morte do advogado já haviam sido presos por policiais civis entre a noite de sexta e a madrugada deste sábado, na Capital. Christiano Rosa Pereira, 23 anos, e Wilmar Farias da Silva, 21 anos, foram localizados em um shopping da Avenida Assis Brasil e no bairro Jardim Sabará, respectivamente. Em depoimento, ainda na madrugada, a dupla teria confessado a morte do advogado.
Três equipes do delegado seguem nas buscas a Daniel Pereira Passos, 22 anos. O suspeito que já tem condenação por roubo de veículo, teria sido o executador da morte do advogado com um moletom. O Citroën C3 que teria sido usado no crime para seguir o Honda Civic prata da vítima foi localizado na Vila Bom Jesus. Provavelmente, trata-se de um veículo clonado.
- Para nós, esse crime hediondo e lamentável, está esclarecido. Só falta as últimas prisões - afirmou o delegado responsável pelo caso.
O corpo do advogado foi encontrado na quarta-feira na freeway, em Porto Alegre, e reconhecido por policiais. Vieira, que era professor da Unisinos, passou a madrugada de terça-feira no Bar Alternativo, em Novo Hamburgo, às margens da rodovia Novo Hamburgo-Taquara (ERS-239), de onde saiu acompanhado por um grupo de homens.

Em lançamento de candidatura, Serra compara Lula com Luís XIV

Com críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, a candidatura do ex- governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi formalizada neste sábado na convenção nacional tucana, em Salvador. Sem citar o nome do presidente Lula, que as pesquisas registram grande aprovação de sua imagem, principalmente no Nordeste, Serra chegou a comparar a situação brasileira com a da França, na época de Luís XIV.
— Acredito que o Estado deve subordinar-se à sociedade, e não ao governante da hora, ou a um partido. O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou para trás, há mais de 300 anos. Luís XIV achava que o Estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para "luíses" assim — afirmou.
O candidato deu ênfase a sua postura de "respeito às liberdades" que segundo ele, não é o que ocorre hoje no Brasil.
— Acredito na democracia e isso não é uma crença de ocasião. Muitos políticos ou partidos que se apresentam como democratas, desdenham a democracia nas suas ações diárias. Mas ao contrário de adversários políticos, para mim, o compromisso com a democracia não é tático, não é instrumental. É um valor permanente. Inegociável — disse Serra que recorreu a Santo Antônio para falar de suas posturas.
— Hoje, estamos na véspera de um dia especial, é véspera de Santo Antônio, patrono do Farol da Barra [bairro de Salvador], nome de um dos meus netos. Santo Antônio é Ogum, guerreiro valente e orixá da lei, intransigente no cumprimento dos princípios e das verdades eternas. Vamos falar disso. Falar de nossos valores, dos meus valores — disse.
Serra ainda ressaltou que respeita a liberdade de imprensa e que não aceita "patrulha de ideias".
— A imprensa não deve ser intimidada, pressionada pelo governo, ou patrulhada por partidos e movimentos organizados que só representam a si próprios, financiados pelo aparelho estatal. Não aceito patrulha de ideias, nem azul, nem vermelha — disse.
O candidato tucano ainda classificou como "anomalias" as organizações de trabalhadores que, segundo ele, são sustentadas com o dinheiro público e servem para a manutenção de esquemas de poder.
Críticas aos governantes que mantêm relações com chefes de países não democráticos foram feitas pelo tucano:
— Acredito nos direitos humanos, dentro do Brasil e no mundo. Não devemos elogiar continuamente ditadores em todos os cantos do planeta, só porque são aliados eventuais — disse
O presidenciável também falou do papel do Congresso Nacional, que, segundo ele, deve ser um local de debate e de entendimento político:
— Acredito no Congresso Nacional como a principal arena do debate e do entendimento político, da negociação responsável sobre as novas leis, e não como arena de mensalões, compra de votos e de silêncios.