11 julho 2009

Pecuária não é a maior responsável pela destruição da camada de ozônio, diz estudo

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (USP) mostraram, nesta sexta, dia 10, que a pecuária não é a maior responsável pelas emissões de gases de efeito estufa. O estudo foi apresentado na 20ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
— O gado não é o grande vilão da destruição da camada de ozônio — afirmou o representante do Laboratório de Bioquímica Ambiental do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da universidade, Marcelo Galdos.
Segundo o pesquisador, ao considerar todos os gases de efeito estufa, como gás carbônico, óxido nitroso e metano, a agropecuária representa apenas 20% do total da emissão mundial.
— Há uma distorção dessa imagem do gado como grande emissor. Existe gente querendo parar de comer carne achando que vai ajudar o meio ambiente, quando, na verdade, se estivesse mudando seus hábitos, inclusive de transporte, poderia ter impacto ainda maior — disse Galdo.
O estudo aponta ainda que a pecuária intensiva, feita com manejo correto, pode gerar energia. O confinamento, onde há grande quantidade de gado em espaço reduzido, é visto como alternativa. Isso porque a concentração de resíduos (esterco) pode ser transformada em energia por meio da biodigestão.
— Esse metano, que iria para a atmosfera pela decomposição desse resíduo pode ser usado para gerar energia, substituindo outras fontes — explicou Marcelo Galdos.

MP diz que 'nome sujo' não pode barrar contratação de empregado

O Ministério Público do Trabalho considera discriminação a prática de empresas que consultam serviços de proteção ao crédito antes de decidir sobre a contratação de futuros empregados, segundo informou a procuradora Valdirene Silva de Assis, vice-coordenadora nacional de combate à discriminação do órgão.
"O empregador não pode interferir na esfera privada no empregado. Quando faz isso e contrata em razão de eventual certidão que seja apresentada, temos uma questão de discriminação. É uma situação irregular, em que a honra é afetada e dá direito a indenização por danos morais", avalia Valdirene.
Não há regra expressa na Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre a contratação de funcionários que tenham o chamado "nome sujo". Somente para os bancários há previsão legal de demissão por justa causa em caso de inadimplência.
O promotor e supervisor de vendas Alfredo Francisco Lopes, de 42 anos, está há um mês desempregado e acha que não consegue emprego por causa da inadimplência.
"Um amigo que é subgerente de uma empresa viu meu currículo, achou minha qualificação boa, mas disse que o fato de eu estar devendo pode me prejudicar".

Menina de 11 anos morre de gripe A em Osasco (SP)

Uma menina de 11 anos faleceu no dia 30 de junho num hospital particular da cidade de Osasco, no Estado de São Paulo, com o vírus Influenza H1N1, que provoca a gripe A.
A informação foi divulgada nesta sexta, dia 10, pela Secretaria do Estado de São Paulo. A criança apresentou sintomas como febre, vômito e dor abdominal, no dia 28 de junho. No dia 29, ela apresentou febre de 39 graus, tosse e dores no corpo.
No dia seguinte, foi levada pelos pais ao hospital, onde chegou com sinas de choque séptico, caracterizado pela redução do fluxo sanguíneo, causada pela liberação de toxinas de bactérias.
Ela foi, então, internada da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde teve uma parada cardiorespiratória e faleceu.
De acordo com o secretário de Saúde, Luiz Roberto Barradas, a gripe colaborou para o agravamento do quadro de saúde da criança, que estava com uma infecção provocada por uma bactéria do tipo pneumococos.
O diagnóstico só foi confirmado depois da morte da menina, quando pessoas da família dela começaram a apresentar os sintomas da gripe A. O resultado dos exames só foi confirmado nesta sexta.