25 setembro 2010

STF vai decidir na quarta se continua a julgar ficha limpa, diz Peluso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, afirmou nesta sexta-feira (24), por meio de sua assessoria, que diante da renúncia do candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) o plenário da corte vai decidir na próxima quarta-feira (29) se continua o julgamento do recurso ajuizado sobre o registro do ex-candidato.
Roriz teve o registro barrado pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa e recorreu ao STF. Quatro vezes governador do DF, ele teve o registro impugnado porque renunciou ao mandato de senador, em 2007, para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.
A Lei da Ficha Limpa prevê a inelegibilidade de candidatos condenados em decisões colegiadas ou que tenham renunciado a mandato eletivo para escapar de cassação. Segundo a assessoria do STF, o presidente da corte já sinalizou que não vai tomar nenhuma decisão sem ouvir os outros ministros.
Os advogados de Roriz anunciaram que vão desistir do recurso. Com isso, os membros do Supremo podem julgar que o processo foi prejudicado pela perda de objeto.
Entretanto, no início do julgamento do caso Roriz, na ultima quarta-feira (22), foi aprovada a chamada repercussão geral, pela qual a decisão deve ser aplicada a casos semelhantes pelas instâncias inferiores. Esse fato poderia levar os ministros a decidirem retomar a discussão sobre a ficha limpa, apenas em tese.
Apesar da disposição da Presidência do Supremo em discutir o assunto, para alguns ministros o debate está definitivamente prejudicado. No entanto, há precedentes na história do STF que permitem a manutenção da repercussão geral no julgamento de outro caso sobre a ficha limpa.
Para o ministro Marco Aurélio Mello – que votou contra a aplicação da lei – será necessário aguardar a chegada de outro recurso de candidato que tenha sido barrado pela ficha limpa. “Toda essa discussão foi um grande treino sem ter chegado ao gol. Estamos mais em forma. Vamos voltar a discutir o tema, mas não nesse processo. Sem a candidatura, não se tem o objeto”, afirmou o ministro.

Começa amanhã a Bionat Expo, evento que incentiva a alimentação saudável

Dos conhecidos pães integrais e geleias sem conservantes, até os cosméticos orgânicos, uma casa de plástico e bijuteiras de pano, sem deixar de lado a cerveja. Tudo isso estará reunido até amanhã, na Usina do Gasômetro. A Bionat Expo, que está em sua terceira edição, traz ao consumidor uma maratona pela alimentação saudável e uma prova de que ser sustentável não é tão difícil assim. Além da demonstração e degustação de produtos, são oferecidas palestras, oficinas, exposições e práticas de yoga.

Juíza suspende efeitos de liminar que determinava curso de direção para PMs

A juíza Denize Sassi, da 1ª Vara de Fazenda Pública de Santa Maria, suspendeu nesta sexta-feira os efeitos da decisão liminar que proibia de dirigir viaturas policiais militares que não tivessem o curso específico para situações de emergência, que é previsto pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A suspensão irá vigorar até que seja analisado o pedido de reconsideração feito pela Brigada Militar (BM) na quarta-feira.
Para analisar o pedido da BM, a magistrada também aguarda informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Em seu pedido de reconsideração, a BM reconheceu a necessidade de capacitar os policiais motoristas e informou ter feito solicitações ao Detran nesse sentido.
A liminar da juíza, divulgada no último dia 10, foi alvo de polêmicas. O comandante-geral da BM, coronel João Carlos Trindade, chegou a declarar que descumpriria a liminar. Com a decisão desta sexta-feira, no entanto, as viaturas não correm o risco de serem impedidas de circular.
O comandante da BM, coronel João Carlos Trindade, comemorou a decisão. Em seu Twitter (microblog na internet), comentou que a juíza teve "grandeza" e "sensibilidade" ao tomar a decisão. Ele avaliou que uma solução definitiva deve aparecer em até 60 dias. 
— No currículo da Brigada Militar, a exigência na preparação de motoristas é até maior. Só que os cursos têm nomes diferentes ou não estão escritos do mesmo modo. Precisamos arrumar isso sem prejudicar a circulação. Esse caso será objeto de conversas durante a próxima semana — adiantou.
De acordo com a BM, entre 10 e 12 mil servidores dirigem viaturas atualmente no Estado.