12 março 2010

Saúde confirma mais de 2 mil casos de dengue no RS

O número de pessoas infectadas pela dengue no Rio Grande do Sul chegou a 2.052 nesta semana. Segundo o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, até o final da epidemia devem ser registrados 5 mil casos da doença. A cidade mais atingida continua sendo Ijuí, com 1.721 notificações. Santa Rosa é a segunda, com 60.
Após três semanas de surto da dengue, principalmente no Noroeste do Estado, o número de casos começou a diminuir nos últimos dois dias. “Se não surgirem notificações na região Metropolitana, em mais um mês teremos uma regressão significativa no Estado”, avaliou Terra, durante coletiva na tarde desta sexta-feira.
Em Ijuí, todos os 37 bairros da cidade tiveram casos notificados. Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, equipes do Centro de Vigilância em Saúde (CVS) aplicaram três ciclos de inseticidas no município, faltando ainda outros dois. A mesma medida foi tomada em Santa Rosa e Santo Ângelo.
Além de Ijuí, Santa Rosa e Santo Ângelo, outros 53 municípios gaúchos têm notificações da doença. Na Grande Porto Alegre, os casos de dengue são de pessoas que estiveram na região epidêmica nas últimas semanas. Nesta sexta, haviam 19 pessoas internadas no Estado devido à doença. Até agora, cinco casos evoluíram para dengue hemorrágica, mas todos se recuperaram bem.
Quanto à estratégia nacional de imunização contra o vírus da gripe A no Estado, Terra confirmou que na primeira semana de vacinação 20% dos profissionais de saúde foram imunizados. O percentual representa cerca de 27 mil doses distribuídas. “Vale lembrar que fazem parte da primeira etapa de vacinação os profissionais que atuam diretamente no combate à doença”, frisou o secretário. Até o próximo dia 19, a expectativa é de que 229 mil pessoas recebam a imunização.

Dia de Campo Culturas de Verão, apresentou novas variedades de soja resistentes ao herbicida no combate a buva

No último dia 11, a COTRIMAIO, em parceria com a SETREM, SICREDI NOROESTE e EMATER com patrocínio da empresa BASF do BRASIL, promoveram mais uma Tarde de Campo Culturas de Verão no Campus SETREM em Três de Maio, que contou com a participação de 450 produtores.
Muitas novidades e variedades de soja foram apresentadas e dentre elas uma que se destaca pela resistência ao herbicida que é usado para o combate da buva, um dos maiores problemas que os produtores vêm enfrentando nos últimos anos.
Na ocasião, produtores rurais, estudantes e profissionais do setor, oriundos de toda a região, acompanharam sete estações de conhecimento: ‘Influência da densidade e espaçamento no rendimento da soja’, com o Dr. Osmar Rodrigues da empresa Embrapa/ Trigo; ‘Manejo de insetos na soja’, com o Dr. Paulo Roberto Valle da Silva Pereira da empresa Embrapa/Trigo; ‘Novas variedades de soja da empresa FUNDACEP’, ‘Novas variedades de soja da empresa COODETEC, ‘Novas variedades de soja da empresa EMBRAPA’, ‘Novas variedades de soja da empresa SYNGENTA’ e ‘Agricultura de Precisão’ com pesquisadores das respectivas empresas.
Para o diretor presidente da COTRIMAIO, Amilton José Dotto, a expressiva participação dos produtores simboliza o interesse dos mesmos em buscar novos conhecimentos para melhorar a produtividade nas propriedades.

Mulher que tomava medicamentos para HIV havia seis anos descobre que não tinha o vírus

A vida da dona de casa Maria Gonçalves mudou drasticamente em abril de 2003, quando uma amostra de sangue colhida no exame pré-natal apontou que ela tinha o vírus HIV. Somente no ano passado a moradora de Guabiruba, Médio Vale do Itajaí, descobriu que o exame estava errado. Ela pretende processar o município de Brusque e o Estado pelo equívoco.
Na época do exame positivo para HIV Maria tinha 30 anos, era casada e estava grávida da primeira filha. O marido dela, Sergio Baumgartner, 47, não é soropositivo e desconfiou de traição.
A vida do casal nunca mais foi a mesma. Maria tentou suicídios e Sergio, que certa noite chegou a agredir a mulher e a ser preso por isso, viciou-se em crack e passou a gastar o dinheiro da família em noitadas.
Mensalmente ela recebia medicamentos antivirais e inibidores da proliferação do vírus da Secretaria de Saúde de Brusque, cidade próxima. Quando a filha do casal nasceu também foi medicada e Maria foi proibida de engravidar novamente.
O amor que Sergio sentia pela esposa fez ele não se importar com o vírus, tanto que a dona de casa engravidou novamente. A filha mais nova também passou a ser medicada a partir do nascimento.
A descoberta
Até julho de 2009, Maria fazia exames semestrais de quantificação de carga viral do HIV, que mede a quantidade de vírus no sangue. Níveis acima de 10 mil viral copies por mililitro de sangue são considerados altos e normalmente requerem tratamento imediato.
No caso de Maria, nenhum dos 12 exames que fez em seis anos acusou a presença de carga viral. E nesse período ela só usou medicação controlada nas duas gestações, para evitar o contágio do feto.
Na mesma época ela passou a ser avaliada por outro profissional que estranhou os exames não detectarem carga viral. Foi quando a mulher foi submetida a novo exame e veio a confirmação: ela não era soropositiva.
Resolução judicial
A família pretende processar o município de Brusque e o Estado, responsável pelo exame que diagnostica o vírus. A secretária de Saúde Brusque, Maria Aparecida Morelli Belli, culpa o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen):
— Ela está fazendo aquilo que tem de direito. O município a atendeu, houve o acompanhamento médico e ela foi tratada. Contudo, a culpa não é nossa e sim do Lacen, que deu o resultado errado.
Por outro lado, o diretor do Lacen, João Daniel Filho, culpa a Secretaria de Saúde de Brusque, pois são necessários dois exames para se diagnosticar o vírus e a secretaria teria tomado um único exame como definitivo.
— Constam em nossos registros o envio de apenas uma amostra de sangue em nome de Maria Gonçalves. De acordo com o Ministério da Saúde, são necessários dois exames. Nesse caso, não foi o que aconteceu.

Três de Maio decreta estado de alerta epidemiológico

A caminhonete fumacê já entrou em funcionamento em alguns bairros onde moram os pacientes com casos de dengue confirmados. Dos três casos de dengue confirmados em Três de Maio, um poode ter sido contraído no município.
O número de casos suspeitos subiu para 12 ontem. Um jovem, que estuda em Santa Rosa, está internado no Hospital São Vicente de Paulo com sintomas de dengue.
O município pode ser o quarto no Estado a ter o vírus da dengue ciruculando livremente em seu território. Por isso, a 14ª Coordenadoria de Saúde determinou a utilização de inseticida para realizar o bloqueio viral.
A secretaria municipal da Saúde realiza hoje mutirão de limpeza urbana. Acadêmicos do curso de Enfermagem da Setrem irão participar da ação. Conforme a secretária da Saúde interina, Jacira Taborda, o maior número de focos de larvas do mosquito transmissor da dengue está no centro e nos bairros São Francisco, Castelo Branco-Cohab, Jardim das Acácias e Oriental.
A Secretaria Estadual da Saúde informa que o Rio Grande do Sul tem um total de 1.955 notificações de casos de dengue até ontem. Ijuí e Santa Rosa continuam apresentando o maior número de registros, com 1.642 e 58 casos notificados, respectivamente.

Terceirização do lixo a caminho

A decisão já foi tomada pelo Governo Municipal, com o processo de licitação já a caminho. Gilberto Dell Valle, secretário de Obras, pasta responsável pelo serviço, disse que o assunto gerou um forte debate interno desde o início da administração e justificou: “enfrentamos muitos problemas para garantir um trabalho de qualidade, começando pelo fato de termos assumido o governo com o lixão interditado por determinação judicial. Tivemos servidores que trabalhavam no recolhimento do lixo e que deixaram o setor, somando-se à posição da Justiça de não liberar mais os detentos que cuidavam do lixo seco. Isso levou-nos a reduzir o recolhimento de dois turnos para apenas um”. Dell Valle acentua a ausência do chamado lixão.
“Se continuarmos fazendo o recolhimento do lixo, teríamos dificuldades para garantir sua destinação final. Para levar todo o lixo para uma área fora do município, seria necessário um local para transbordo, caminhão apropriado, provavelmente uma carreta, além de máquinas para efetuar o carregamento”, explicou. Todos os problemas que giram em torno da problemática do lixo, “sinaliza claramente ser melhor terceirizarmos o serviço, incluindo a destinação final”.
CONTRATO EMERGENCIAL:
Como a Secretaria de Obras não vinha dando conta de todo o recolhimento do lixo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente firmou contrato com uma empresa privada para recolher exclusivamente o lixo seco. A pasta de Dell Valle responde pela coleta do lixo orgânico.
Desde sexta-feira passada, 5, a empresa Urbana, de São Luiz Gonzaga, está recolhendo o lixo seco. Um novo roteiro de coleta está sendo divulgado na imprensa local, para orientar os populares.
LICITAÇÃO:
Luiz Girardon, secretário de Meio Ambiente, afirma que a Urbana prestará o serviço até que seja concluído todo o processo de licitação da terceirização da coleta do lixo e sua destinação final (lixão). “O processo de licitação já está a caminho e o edital deve ser publicado nas próximas horas”, afirmou.
Também avalia que a falta de um lixão constitui-se num grande problema, “missão que ficará a cargo da empresa vencedora, pois será prevista no edital”.
Girardon prevê que a terceirização deverá ir à prática dentro dos próximos três meses. Sobre os custos, projeta que as despesas serão semelhantes às que a Prefeitura banca atualmente, cerca de R$ 140 mil mensais. Santa Rosa produz aproximadamente 50 toneladas diárias de lixo.
CONTRÁRIOS:
Cláudio Franke, presidente do PMDB e que na década de 90 foi secretário de Planejamento do Governo Terra, quando foi terceirizada a coleta do lixo em Santa Rosa, lembrou que na época a falta de eficiência do serviço justificou a medida. “Quando Júlio Brum assumiu, perguntou-nos se não seria mais interessante para o município retomar o serviço. Afirmamos que sim, pois a eficiência era uma questão gerencial introduzida pela Intranscol, empresa que terceirizou”. Disse que seguiram o que fora implantado pela empresa e acentuou que tudo funcionou bem até o final do segundo mandato de Vicini. “Na minha opinião, o atual governo não soube gerenciar o serviço de recolhimento do lixo urbano”, se posicionou. Franke também não vê tantas dificuldades na destinação final do lixo: “o chamado lixão é comprovadamente inviável para uma única cidade. A solução deve ser construída através de consórcios regionais”.
Douglas Calixto, vereador do PP, mas que na época trabalhou fiscalizando a Intranscol e esteve junto na retomada da municipalização, tem a mesma posição de Franke. “É um problema gerencial”, reiterou. Alertou que, caso a terceirização ocorrer, “a fiscalização é fundamental, mas de forma persistente e sistemática, para garantir exificiência”.