02 setembro 2011

Formatura da 7ª Edição do Curso para Operador da Pistola Taser

O curso teve como instrutor o Maj André Luiz Ottonelli
Pithan, BOE de Passo Fund
Na sexta-feira (2/9), na sede do 4º BPAF, o CRPO Fronteira Noroeste concluiu o Curso de Operador de Pistola Taser.
O curso teve como instrutor o Maj André Luiz Ottonelli Pithan, BOE de Passo Fundo, habilitando 31 policiais militares de toda área do CRPO/FNO e CRPO Missões.
Este equipamento é classificado como uma arma de pressão por ação de gás comprimido (nitrogênio). Não é considerada uma arma de choque, porque essa somente causa dor, enquanto a Taser causa incapacitação neuromuscular, pois atua no sistema nervoso sensorial e motor.
A pistola Taser M26 é utilizada como uma opção tática em substituição as armas letais (armas de fogo) em situações de risco, diminuindo a letalidade no atendimento de ocorrências policiais.

Família Rodrigues encara barro e frio para engrossar orçamento

Elenir garante que o período na Feira não
representa nenhum sacrifício
Enfrentar as constantes mudanças climáticas e o lamaçal característicos da Expointer, em Esteio, é uma tarefa difícil para quem lida com os animais e para aqueles que apenas acompanham os trabalhos de familiares. Há três anos, Elenir Jaques Rodrigues participa das edições da Feira. Os encontros servem para reunir família e amigos, além de engrossar o orçamento do clã de Rosário do Sul. O esforço inclui acampar - com tempo bom ou ruim - em frente a um dos estacionamentos na companhia de netos e filhos.
Enquanto o marido Juvenal e o filho Leonardo comercializam produtos artesanais na Feira - como cintos, facas e cordas -, Elenir organiza a casa e prepara as "marmitas". "Conforta trazer os familiares, porque meu marido teria que pagar para ajudá-lo. Decidimos trabalhar em família e com os amigos porque todos se esforçam e colaboram". Instalados desde 24 de agosto, o grupo está dividido em duas barracas. "Não pegamos muito frio. De qualquer forma, além de as barracas serem quentes, temos cobertor para suportar o frio", afirma.
Se por um lado as instalações dos banheiros podem ser consideradas adequadas, por outro, o tradicional lamaçal que toma conta de boa parte do Parque ainda é o maior incômodo para quem acampa ou quer se deslocar pelos pavilhões. "O único problema é o barro, que já faz parte. Acho que nunca existiu uma Expointer sem chuva", ironiza Elenir, cuja rotina na Feira tem início às 7h e só termina depois que o último integrante do grupo se recolhe para dormir.
Além da caçula Mariani, 14, da nora Kátia, e dos netos João Vitor, 6, e Arthur, 3, os Rodrigues contam com a companhia do amigo Edvilson Martins. Mesmo sem o conforto do lar, Elenir garante que o período na Feira não representa nenhum sacrifício. Segundo ela, os banheiros são bons e contam com água quente. O esforço, no entanto, é recompensado com o lucro obtido das vendas no Parque Assis Brasil, em Esteio, nas duas semanas de trabalho.
Apesar da crise que ameaça o País, a expectativa é de comercializar todos os produtos e voltar para Rosário contando os ganhos da Feira. "Nós começamos a vir para cá porque sabemos que a safra do ano é a Expointer, e agora a família começou a vir. A gente gosta de acampar, nos divertimos, não é ruim vir pra cá. Ficamos duas semanas numa boa", relata.

Texto: Felipe Samuel
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

Brasil pode aproveitar crise para despontar como potência agrícola, diz Dilma

Brasil pode aproveitar crise mundial para despontar como 
potência agrícola, diz Dilma.Veja fotos 
Crédito: Roberto Stuckert Filho / PR / CP
Durante o discurso na abertura oficial da 34ª Expointer em Esteio, nesta sexta-feira, a presidente Dilma Roussef lembrou que os ventos que chegam dos países desenvolvidos não são muitos bons, mas que o Brasil tem plenas condições de atravessar este momento de turbulência que assola as economias desenvolvidas. Para a presidente, o País pode aproveitar o momento para assumir o papel de potência agrícola e pecurária mundial. 
"Somos capazes de atender o mercado interno – gerando emprego e renda – e atender o mercado externo. Somos um dos maiores mercados consumidores do mundo", enfatizou a presidente. "Nós enfrentaremos a crise consumindo, investindo, ampliando e criado empresas, diminuindo impostos, plantando e colhendo os frutos da agropecuária brasileira."
Após a fala da presidente, que começou pouco depois das 11h, a maioria das autoridades deixou o palanque onde ocorreu a cerimônia e não acompanhou a íntegra do Desfile dos Campeões e a execução do hino do Rio Grande do Sul .
Dilma lembrou que esta crise é uma continuidade da ocorrida em 2008 e que o Brasil foi o primeiro a entrar e o último a sair. Segundo a presidente, Lula percebeu que a força estava no mercado interno. "A diferença do Brasil está no fato de que não temos as mesmas consequências que os países desenvolvidos tiveram em se defender. Em 2008, o sistema financeiro mundial esteve a ponto de quebrar e os governos lançaram mão dos orçamentos fiscais e absorveram as dívidas dos grandes bancos. O Brasil tinha os bancos sob controle do Banco Central (BC)". Dilma lembrou que atualmente esses depósitos são muitro maiores (R$ 420 bilhões) e as reservas internacionais superam os US$ 350 bilhões. 
Ao falar sobre a visão estratégica do governo federal em relação à Agricultura, Dilma foi enfática: "O mundo só vai nos respeitar se formos capazes de produzir sem prejudicarmos o meio ambiente e se soubermos recuperar as áreas degradadas." A presidente explicou que as ações da União passam pelo reconhecimento de que o País precisa de uma política nacional para o setor, mas com um olhar regional. Dilma usou como exemplo, a cultura do arroz no Rio Grande do Sul, a fruticultura no Nordeste e o plantio de café e laranja no Sudeste.
A presidente lembrou que o Brasil aprendeu, com a crise mundial de 2008, que teria que apostar na maior riqueza do País, os 190 milhões de brasileiros e, consequentemente, no agronegócio. Dilma destacou o Plano Safra 2011/2012 que oferece juros de 6,75% ao ano e que prevê facilitar a vida do produtor ao tornar menos burocrático o contato com o governo. 
A presidente assegurou que não vai mais ocorrer a via sacra para liberação de crédito e que o pecuarista é quem vai decidir como irá distribuir os recursos. "É o reconhecimento de que ele é o maior planejador da sua própria atividade." Dilma também disse que será ampliado o apoio ao médio empresário rural.
Dilma destacou a parceria com o governador Tarso Genro nas ações em prol da agropecuária e do desenvolvimento do Rio Grande do Sul. A presidente também lembrou que este é o primeiro evento que ela participa com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na área de atuação dele. 

John Deere anuncia demissão de 104 funcionários da unidade de Horizontina

Empresa prometeu manter a política de investimentos no 

Estado e na cidade

A John Deere anunciou nesta sexta a demissão de 104 funcionários da fábrica de Horizontina em setembro. A empresa justificou a medida porque está reestruturando a área de operações da unidade para aumentar a eficiência e manter a competitividade do negócio. A John Deere prometeu manter a política de investimentos no Estado e em Horizontina. Atualmente, a fábrica tem 2 mil funcionários. 
Em abril, 230 funcionários da linha de produção da planta de Horizontina foram desligados. Em nota, a empresa informou que foi uma ação necessária na adequação de sustentabilidade dos negócios, acentuada pela insegurança do mercado argentino. A John Deere exporta plantadeiras e colheitadeiras para o país vizinho.
Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e a empresa estavam em negociações, mas não houve acordo. O sindicato defendia a hipótese de suspensões, desde que os funcionários tivessem um ano de estabilidade após o período, o que foi negado pela empresa.

Balsas voltam a operar na região

O nível do Rio Uruguai na região chegou a baixar 1, 5 m
desde que foi interrompida a travessia
Nesta manhã, a travessia do rio Uruguai via balsa voltou a ser autorizada na região fronteira noroeste. Quem deseja ir à Argentina ou retornar ao Brasil, pode ir até as aduanas de Porto Mauá, Porto Xavier, Porto Vera Cruz e Tiradentes do Sul.
O serviço em Porto Mauá, que faz divisa com Alba Posse, estava suspenso desde quarta-feira, quando o nível do rio ultrapassou 12,5m. Havia mais de 40 veículos na fila esperando para efetuar a travessia, às 9h30min desta sexta-feira.
Em Porto Xavier a suspensão da travessia ocorreu na quinta-feira, com o nível do rio Uruguai em quase 10 metros acima do normal. O local liga as cidades de Porto Xavier, no Brasil, e San Javier, na Argentina, e tem trânsito intenso de caminhões com produtos para importação e exportação.
A balsa de Porto Vera Cruz também voltou a operar. O nível do Rio Uruguai na região chegou a baixar 1, 5 m desde que foi interrompida a travessia.
Em Tiradentes do Sul a travessia voltou à normalidade às 8h, apesar da forte neblina na região. 

Três homens são presos com mala de dinheiro em Frederico Westphalen

Trio foi pego em blitz da Polícia 
Rodoviária Federal na BR-386
Três homens foram presos por transportarem mais de R$ 400 mil em dinheiro e cheques, sem comprovação de origem, na tarde de quinta-feira. Eles trafegavam pela BR-386, em Frederico Westphalen, norte do Estado, em um veículo BMW com placas de Novo Hamburgo. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Polícia da cidade.
Em uma mala no porta-malas do carro, foi encontrada a quantia de R$ 336,8 mil em dinheiro. Também foi encontrado no interior do veículo R$ 67,9 mil em cheques, em nome de diversas pessoas e de várias agências bancárias. Do dinheiro, R$ 130 eram em notas falsas.
Os presos foram encaminhados ao presídio de Frederico Westphalen.

ONU deve determinar quem é o legítimo representante da Líbia, diz Patriota

Na Bulgária, Patriota falou sobrea a situação na Líbia 
Crédito: Dimitar Dilkoff / AFP / CP
O chanceler brasileiro Antonio Patriota declarou nesta sexta, em Sofia, que caberá à Assembleia Geral da ONU determinar quem é o representante legítimo da Líbia, onde as forças rebeldes expulsaram do poder o coronel Muammar Kadhafi. "Não consideramos necessário nos pronunciarmos nesta etapa (...). Acreditamos que a próxima Assembleia Geral da ONU decidirá quem é o representante legítimo da Líbia ante os fóruns internacionais", afirmou Patriota depois de reunir-se com seu colega búlgaro, Nikolai Mladenov.
O Brasil, que ocupa um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU, não reconheceu o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político das forças anti-Kadhafi que controlam a maior parte do território líbio. Mas o embaixador brasileiro no Egito, Cesario Melantonio, participou na Conferência de Amigos da Líbia, que foi realizada na quinta-feira em Paris para organizar a era pós-Kadhafi.
"Nossa participação na Conferência de Paris implica que consideramos o CNT como um interlocutor neste processo", destacou Patriota. Segundo o chefe da diplomacia brasileira, "a principal mensagem (da Conferência de Paris) nesta etapa da comunidade internacional deve insistir em um cessar-fogo imediato (...), em um calendário da transição na Líbia e na celebração de eleições". "E a ONU deve vigiar a situação, tanto antes como depois do cessar das hostilidades", enfatizou. Mladenov concordou que "as novas instituições líbia devem se instalar com mandato da ONU".

Peoa adestra touro de uma tonelada

Mesmo num universo majoritariamente masculino,
Janaína garante que não sofre preconceito
Num ambiente tipicamente masculino, uma mulher ganhou espaço entre os peões. Desde o início da 34ª Expointer, no Parque Assis Brasil, em Esteio, a peoa Janaína Busnello Domingues mantém a mesma rotina puxada dos colegas. Cabanheira responsável pelo tratamento de touros da raça Devon da Fazenda Santo Antônio, de Nova Prata, ela transita com desenvoltura entre peões e fala com conhecimento sobre os cuidados com os animais.
Acompanhada do marido, Sérgio Valtair Maidana, que trabalha na mesma cabanha, Janaína garante que sempre sonhou em participar da maior feira de agronegócio do País. Além do incentivo do companheiro, a peoa sempre contou com o apoio do irmão João Manoel, que há 30 anos trabalha como peão. "Sempre gostei de lidar com bicho, meu sonho era trabalhar numa cabanha e participar da Expointer. E hoje estou aqui em Esteio", comemora.
Mesmo num universo majoritariamente masculino, Janaína garante que não sofre preconceito no dia a dia. Instalada no Parque desde o início das atividades, no dia 25 de agosto, ela também conta com a companhia do filho Cleiton, de 8 anos. "Aqui na Expointer é tranquilo, ninguém olha com desconfiança por ser mulher. Há integração entre os que trabalham aqui e não há diferença alguma no tratamento comigo, mesmo que a gente esteja disputando o mesmo campeonato."
Envolvida com a criação de touro Devon desde 2009, Janaína afirma que a experiência é gratificante. Mesmo tomando conta de um animal que, em média, pesa mais de uma tonelada e tem fama de ser durão, ela não teme o contato diário. "Eles são mansinhos, não tem mistério trabalhar com eles", confirma. Apesar da confiança, a peoa lembra que segue os conselhos do marido e não hesita em pedir ajuda no tratamento dos mais chucros. "O adestramento é um convívio diário. Tem muita coisa que tenho que aprender, mas já estou bem familiarizada."
Acostumada à rotina da cabanha da Fazenda Santo Antônio, em Nova Prata, que começa às 6h, a peoa ressalta que os dias que antecedem a abertura oficial da Expointer exigem maior esforço dos criadores. "Em esteio tenho acordado 3h30, 4h. Nos dias que antecedem julgamento, acordamos mais cedo. Normalmente os primeiros dias são mais puxados", relata. Sobre as recomendações de Sérgio, ela é taxativa: "Lido com touro que tem 1150 quilos. Meu marido disse que preciso cuidar das aspas, que é perigoso, e observar o modo como o animal para", lembra.

Texto: Felipe Samuel
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom