21 novembro 2009

Sobe para 28 o número de municípios em situação de emergência

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou na tarde deste sábado mais três municípios que decretaram situação de emergência, elevando o número para 28. São eles: São Jerônimo, Sapucaia do Sul e Balneário Pinhal.
De acordo com informações do major Luís Fernando Santos Carlos, coordenador regional Metropolitano da Defesa Civil do RS, o Estado tem cerca de 7 mil desalojados e mil desabrigados. O sábado foi de limpeza nas ruas e casas do Rio Grande do Sul. Cidades cuidaram da remoção de postes e árvores caídos e distribuição de telhas, lonas e cestas básicas para os atingidos.
Em Rosário do Sul, a madrugada deste sábado foi de intenso trabalho na remoção das vítimas da enchente. Segundo a prefeitura municipal, o nível do Rio Santa Maria atingiu nesta manhã 7,48 metros e é considerado pela Defesa Civil uma das maiores cheias do rio.
Cerca de 300 pessoas oriundas da Vila Carmelo estão alojadas no Parque de Exposições Ananias Vasconcelos. Porém, a Defesa Civil do município acredita que o número de atingidos pode chegar a 500, pois durante a madrugada muitos procuraram casas de parentes e amigos para se abrigarem.

Morre ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta

Morreu no fim da noite desta sexta-feira o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, 63 anos. Ele sofria de câncer e estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Segundo o site G1, em janeiro, ele havia sido submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino. De acordo com o hospital, mais informações serão fornecidas em uma entrevista coletiva às 10h.
Pitta foi eleito em 1996, com 62,2% dos votos, apoiado pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP), de quem havia sido secretário. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000. Seu mandato foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários — entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios.
Segundo a assessoria do advogado do ex-prefeito, Pitta vinha trabalhando como economista, prestando assessoria a empresas.

Chuva atrasa colheita e plantio no RS

Em tantos anos escassa, a chuva abundante da primavera agora causa transtornos nas lavouras gaúchas. O clima severo dos últimos dias atrasou ainda mais a colheita do trigo, ao mesmo tempo que retarda o plantio da soja.
Conforme a Emater, entre as culturas de verão a soja é a mais afetada pelas precipitações. O cultivo, que de acordo com a média histórica teria de estar na metade, avançou até agora em apenas 38% da área prevista, um total de 3,9 milhões de hectares. No trigo, principal plantação de inverno, as colheitadeiras passaram por somente 67% da extensão cultivada, quando o normal seria de 81%.
Para o arroz, a chuva torrencial dos últimos dias teve efeitos benéficos para quem depende da água das barragens, mas pode causar prejuízos para os agricultores que plantam às margens de arroios e rios, como o Santa Maria, na Fronteira Oeste, e o Jacuí, na região Central do Estado. O risco é o alagamento prolongado em parte das lavouras, o que poderia levar à necessidade de replantio.
— Creio que o problema chega a apenas 3% da área cultivada no Estado (um total de 1,1 milhão de hectares). Mas só saberemos depois. Depende de quanto tempo a água vai levar para baixar — diz o diretor técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Valmir Menezes, ponderando que as precipitações da semana, por outro lado, possibilitaram a implantação da lavoura em cerca de 124 mil hectares ameaçados por déficit hídrico.
No caso do trigo, a possibilidade de perda é principalmente pelo aparecimento de doenças causadas por fungos devido ao excesso de umidade. As regiões mais atrasadas na colheita são Planalto e Nordeste.
— Mas até agora o trigo tem surpreendido pelo bom rendimento. Os produtores conseguiram controlar os fungos — relata Ataídes Jacobsen, assistente técnico da Emater de Passo Fundo.

Estado tem 20 mil desalojados em função do temporal

A Defesa Civil divulgou nesta sexta-feira novos números dos danos provocados pela chuva que atingiu cerca de 70% do Estado. Segundo o novo levantamento, 20 mil pessoas estão desalojadas e duas mil desabrigadas. Até o momento, sete mortes foram confirmadas em decorrência dos temporais. Cerca de 11,5 mil residências foram danificadas.
Até o final da tarde desta sexta-feira, 26 municípios já haviam decretado situação de emergência. A previsão do chefe da Divisão de Comunicação Social da Defesa Civil, Capitão Alexsandro Goi, no entanto, é que este número deve aumentar.
- Muitas prefeituras ainda estão envolvidas com os primeiros socorros aos moradores e ainda não tiveram tempo de parar para decretar situação de emergência. Nossa expectativa é que até 40 municípios assinem o decreto até segunda-feira - afirma o capitão. Goi aconselhou aos proprietários de casas no litoral que se desloquem até a região apenas a partir deste sábado, quando o trânsito e as condições climáticas estarão mais favoráveis.