20 outubro 2009

Assembleia arquiva processo de Impeachment contra a governadora Yeda

A Assembleia Legislativa gaúcha votou na tarde desta terça-feira o parecer da comissão especial que tratava da denúncia por crime de responsabilidade contra a governadora Yeda Crusius. Com 30 votos a favor do encerramento e 17 contra, o processo foi encerrado.
O parecer da relatora Zilá Breitenbach (PSDB) era contrário à admissibilidade do pedido e para ser aprovado ou rejeitado precisava de maioria simples, ou seja, do voto de metade dos deputados presentes e mais um.
Segundo as regras apresentadas pela Presidência da AL e aprovadas em reunião de líderes, cada bancada teve uma hora para falar. Apenas os deputados de oposição, favoráveis ao andamento do processo, ocuparam a tribuna para se pronunciar e tentar desqualificar o relatório. Mas esta estratégia não foi suficiente para garantir a continuidade da demanda oposicionista.
Com ânimos exaltados tanto por parte dos partidários do arquivamento do processo e quanto dos manifestantes da oposição, os conflitos foram inevitáveis. Antes do início da votação, um manifestante foi agredido no banheiro o que teve como consequência um início de tumultuo. Outro manifestante jogou um tomate no plenário e foi retirado da sessão pelos seguranças da casa.
Após a votação, foram ouvidos fogos de artifícios próximos ao Palácio Piratini.

Prefeito Orlando recebe notícia do aumento no contingente policial para a região

O Prefeito de Santa Rosa, Orlando Desconsi, recebeu em seu gabinete o Comandante do 4º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira- BPAF, Tenente Coronel Sérgio Flores de Campos. A visita foi por uma boa causa, o Tenente informou ao Prefeito o início do curso para Soldados da Brigada Militar em Santa Rosa.
A cidade irá receber 40 alunos dos 3.800 que farão curso em todo Estado. Eles devem se formar em abril e permanecerão na região. Segundo o Ten. Cel. Campos, "Esta é uma resposta mínima que podemos dar à comunidade, tendo em vista o aumento na criminalidade. Acreditamos que esse número de 40 novos policiais também deve aumentar, já que esta é uma área de fronteira e temos grande demanda de trabalho".
Já o Prefeito disse ficar entusiasmado, pois "essa notícia dos novos policiais vem de acordo com a nossa necessidade e é uma demanda da população regional que deve ser melhor atendida".

Comissão Especial ouve concessionários em audiência pública em Santa Rosa

Aconteceu nesta sexta-feira (16) a nona e última audiência pública promovida pela Comissão Especial para avaliar os serviços das Estações Rodoviárias. O evento foi coordenado pelo deputado Aloísio Classmann (PTB) e iniciou às 9 horas, na Câmara Municipal de Santa Rosa e prolongou-se por toda a manhã.
O deputado Classmann explicou que presidiu a reunião por ser da região e relatou que a participação dos concessionários das estações da região foi fundamental para que se traçasse um diagnóstico acerca dos problemas das estações rodoviárias na macrorregião que envolve os Coredes Fronteira Noroeste, Missões, Noroeste Colonial e Celeiro.
Classmann explicou que a legislação vigente tem mais de 30 anos e houve mudanças significativas nos municípios. “Muitos deles diminuíram a população e o movimento de ônibus nas rodoviárias, enquanto outros cresceram e se tornaram cidades polo”. Segundo o técnico, esta situação modifica as classificações e as exigências feitas pelo DAER para o funcionamento das estações.
A maioria dos concessionários presentes revelou que pretende continuar explorando o serviço, mas para que se viabilizem deve se fazer uma nova legislação adequada às novas condições de cada local. Classmann disse ainda que os elementos colhidos nas nove audiências servirão de base para uma nova legislação sobre o assunto.

Tchê music: prenúncio do fim?

Cerca de três anos após a polêmica que varreu bailantas Rio Grande afora, os bons filhos à casa tornam. Em 2006, de um lado, estavam os integrantes das chamadas bandas de tchê music, do outro, os tradicionalistas. Agora, nomes até pouco tempo da tchê music, como Luiz Cláudio e a Tribo da Vanera e o grupo Quero-Quero, estão voltando às origens.
Outros, como o Tchê Barbaridade, tentam o meio-termo. Será o início do fim da tchê music? E eles serão aceitos de volta nos CTGs? Pelas palavras do presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF), Manoelito Savaris, não vai ser tão simples assim.
– Se voltarem a fazer música gaúcha tradicional, tendo a postura adequada, serão contratados. Mas poderão ter dificuldade, pois haverá desconfiança – acredita o tradicionalista.
Quando à orientação repassada aos patrões dos CTGs...
– Quem for contratá-los terá que tomar cuidados. Eles terão que comprovar que voltaram ao tradicionalismo – sustenta Manoelito. – Se quiserem disputar o mercado dos CTGs que venham por inteiro. Existem 900 galpões de CTGs realizando bailes, fandangos, pelo Rio Grande do Sul!
Crítico do radicalismo com que tradicionalistas tratam a questão, o folclorista e pesquisador Paixão Côrtes ressalta:
– Sou contra qualquer medida proibitiva, mas sou a favor de conceituação, da diferenciação dos estilos.
E pondera:
– Todo modismo tem tempo limitado, é circunstancial, consumista.