25 outubro 2009

Estudantes de Pejuçara reveem trabalhos depois de dez anos

De dentro de um recipiente plástico, estudantes e professores de Pejuçara, no noroeste do Estado, retiraram ontem à tarde jornais e trabalhos escolares que estavam enterrados há 10 anos no pátio da Escola Estadual de Educação Básica Angelo Furian.
Chamado de Cápsula do Tempo, o projeto foi criado em 1999 para promover a integração entre ex-alunos e relembrar fatos da época. Ontem, cerca de 250 pessoas estiveram presentes no colégio para acompanhar a retirada dos objetos antigos.
Em seguida, os atuais estudantes colocaram trabalhos feitos na última semana e edições atuais de jornais dentro da cápsula. Ela foi vedada e novamente enterrada no pátio da escola. Conforme a diretora Lucia de Fátima Portella Fernandes, agora ela será aberta somente em 2019.

Ladrões rendem vigilante e roubam cooperativa de Jaguari

Quatro homens armados roubaram a Cooperativa Agrícola Jaguari (Coagrijal), de Jaguari, durante a madrugada de domingo. Eles fugiram em um carro da empresa, levando agrotóxicos e outros produtos, além de objetos pessoais e o revólver do vigilante, que foi amarrado.
Após descarregar o veículo, dois dos quatro ladrões foram surpreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) a poucos metros do posto policial de Santiago e acabaram abandonando o carro, fugindo para o mato.
Segundo a Brigada Militar de Jaguari, após a meia-noite deste domingo, os quatro ladrões entraram a pé pelos fundos da Coagrijal e surpreenderam o vigilante Marco Aurelio França Marques, que foi amarrado. Marques contou à polícia que os assaltantes portavam uma espinguarda calibre 12, uma pistola e um revólver.
Eles teriam ficado cerca de duas horas vasculhando a cooperativa e carregaram vários produtos em uma Fiat Strada branca, da própria empresa. Os ladrões levaram herbicidas e uma boa quantidade de facas que estavam à venda na loja agropecuária da Coagrijal. Também roubaram o revólver 32, o relógio, o celular e R$ 160 do vigilante, que conseguiu se soltar meia hora após a saída dos ladrões.
Depois de descarregar a carga, dois dos quatro assaltantes foram em direção a Santiago. A poucos metros do posto da Polícia Rodoviária Federal, no acesso à cidade, eles avistaram os policiais, abandonaram o carro ligado e fugiram para o mato. Foram feitas buscas pelo local, mas os assaltantes não foram localizados.

Uruguai vai às urnas escolher seu presidente

Um ex-guerrilheiro de esquerda, um ex-presidente e o filho de um ex-ditador são os principais personagens das eleições presidenciais do Uruguai, com o seu primeiro turno neste domingo. Pesquisas de intenção de voto indicam que o candidato da Frente Ampla, José Mujica, representante da situação, tem a preferência dos uruguaios, com índices entre 45,5% e 46%.
Mujica suavizou o discurso e promete continuidade às ações do governo de Tabaré Vázquez. Para afastar desentendimentos, sobretudo com o setor empresarial, escolheu como vice o ex-ministro da Economia Anilo Astori, de perfil mais moderado. Sua imagem política foi construída de modo pouco comum. Para apresentar um perfil heroico aos jovens, Mujica, 74 anos, explora seu passado como guerrilheiro. Foi líder do Movimento de Participação Popular e ficou preso por 14 anos. Sobreviveu a nove tiros.
Filho do ex-ditador JuaBordaberry, o candidato do Partido Colorado, Pedro Bordaberry, 49, representa uma renovação da tradicional legenda. Desde o início do ano, o mais jovem candidato à eleição uruguaia dedica-se integralmente à carreira política iniciada na década de 90. Foi titular dos ministérios da Indústria, Energia e Minérios e de Turismo e Esporte no governo de Jorge Batlle (2000-2005).
O veterano Luis Alberto Lacalle, 68, que conquistou a Presidência em 1989 pelo Partido Nacional (PN), tenta novo mandato. Conforme pesquisas, tem de 27% a 30% das intenções de voto e aposta nos indecisos, entre 12% e 14%. Neto de Luis Alberto de Herrera, um dos caudilhos do PN, foi eleito representante da Câmara dos Deputados em 1971 e cumpriu o mandato até o fechamento do Congresso por JuaBordaberry, que deu um golpe de Estado em 1973. Ficou preso por algumas semanas e em 1978 sofreu um atentado. Recebeu, junto com dirigentes do PN, uma garrafa de vinho de um anônimo. Nenhum dos destinatários consumiu a bebida, exceto Cecília Fontana, mulher de um dos dirigentes, cuja morte ainda é investigada.
No total, são convocados a votar 2.584.219 eleitores.