16 agosto 2009

Gripe A: Terra acredita que incidência do vírus está diminuindo no RS

O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, disse neste domingo, em entrevista à Agência Brasil, que o "vírus já atingiu toda a população que era sensível", referindo-se à influenza A (H1N1) — nova gripe.
Segundo Terra, o número de casos está diminuindo e a procura nos postos de saúde e nos hospitais do Estado também está caindo. Ainda hoje, ele deverá apresentar um balanço atualizado sobre a incidência do vírus Influenza H1N1.
Há três semanas, conforme o secretário, a incidência do vírus vem caindo, sendo que a redução mais significativa se deu na semana de 1º a 8 de agosto (31ª semana epidemiológica). Terra contou que a queda continuou na última semana e também está se verificando na Argentina, no Uruguai e Chile.
Amanhã, a rede pública de ensino do Estado volta às aulas e Terra descartou possibilidade de repique da doença:
— Não existe estudo consistente de aumento do número de casos por causa da volta às aulas.
De acordo com o secretário, a gripe A poderá, no entanto, ter um novo ciclo antes da vacinação coletiva prevista para janeiro e fevereiro do próximo ano. Na avaliação dele, o número de mortes causadas por gripe comum em 2009 está dentro da margem verificada no período de inverno mais rigoroso em outros anos.
— A diferença foi a faixa da população atingida — diz explicando que o vírus de agora atacou, inicialmente, pessoas de maior renda, que tiveram contato com pessoas contaminadas em viagens ao Exterior.
Apesar da diminuição da ocorrência de novos casos de gripe A, Terra acredita que ainda ocorrerão mortes que refletem a situação de 15 ou 20 dias atrás.
O secretário orienta a população a manter cuidados de higiene para evitar a contaminação. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Rio Grande do Sul é o segundo Estado, depois de São Paulo, em número de mortes causadas pela gripe A (70).

Lucro de Sadia e Perdigão cresce, mas dívida ainda é alta

Nos últimos resultados divulgados separadamente após a formação da BRF (Brasil Foods), tanto Sadia como Perdigão tiveram queda nas vendas líquidas e aumento de lucratividade. A partir do próximo trimestre, os balanços das duas empresas serão consolidados.
No segundo trimestre, a Sadia alcançou receita líquida de R$ 2,6 bilhões, com queda de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido de R$ 346 milhões representou alta de 125% em relação ao segundo trimestre de 2008.
Já a Perdigão obteve receita líquida de R$ 2,7 bilhões no trimestre, com queda de 5% em relação ao mesmo período de 2008. Seu lucro líquido foi 70% maior, atingindo R$ 129 milhões.
A dívida da Sadia continua alta. O endividamento financeiro líquido da empresa é de R$ 6,065 bilhões. A dívida de curto prazo, que tem vencimento neste trimestre, é de R$ 2,1 bilhões, sendo que R$ 930 milhões já foram liquidados. Na dívida de longo prazo, R$ 480 milhões foram renovados.
No fim de julho, a BRF, nome dado à Perdigão após a fusão, injetou R$ 950 milhões na Sadia para reduzir essa dívida. Mesmo assim, o índice de endividamento da empresa permanece acima do limite estabelecido pela própria Sadia, de duas vezes a geração de caixa, medida antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização, para seu pagamento. Hoje, o índice está em 6,5 vezes.
Segundo a empresa, suas vendas ao mercado interno aumentaram 15% em volume e em receita. Já as exportações caíram 12,3% em volume e 14% em receita.
Na BRF, houve redução de vendas nos dois mercados. Dentro do país, houve queda de 4,4% na receita. Já as exportações foram 4,8% inferiores no trimestre, com volume de vendas 2,8% menor quando comparado ao mesmo período do ano passado.