20 março 2010

Prefeitos irão a Brasília reclamar de mudanças em royalties

Após o término da manifestação organizada por municípios do Litoral na ponte que liga Tramandaí a Imbé, para protestar contra proposta que altera a distribuição dos royalties do petróleo, prefeitos da região anunciaram um périplo para sensibilizar parlamentares contra a emenda do deputado Ibsen Pinheiro. Nesta segunda-feira, o grupo deve visitar a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) em busca de apoio.
Durante a semana, eles também passarão na Assembleia Legislativa e viajarão a Brasília para pressionar contra a aprovação da medida ou buscar algum tipo de mecanismo de equivalência.
— As cidades do Litoral recebem esses recursos desde os anos 80. Servem para ajudar a reparar danos ambientais sofridos devido à exploração do petróleo e outros fins, como para ajudar nos gastos com a infraestrutura dos municípios — disse o prefeito de Cidreira Beto Pires (PMDB), acrescentando que, se a medida passar, trabalhará para que a Assembleia crie artifício compensatório às perdas do Litoral.
Durante o protesto, houve também momentos de exaltação. O prefeito de Imbé, Darcy Luciano Dias (PSDB), chamou Ibsen de "ordinário" e chorou.
Pela proposta aprovada na Câmara e em discussão no Senado, os royalties do petróleo produzido no mar passam a ser distribuídos de maneira uniforme para Estados e municípios.
Em Brasília, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que espera que o Senado chegue a um consenso sobre a proposta de redistribuição dos royalties do petróleo, que está em discussão no Congresso Nacional, mas definiu a emenda Ibsen como inconstitucional.
O evento no Litoral teve início pouco depois das 10h e se encerrou por volta das 12h.

52 histórias: A garota "Poltergeist" aquietou seus poderes

Pratos decolavam da mesa de jantar, levitavam como disco-voadores, depois se espatifavam contra a parede. Luzes piscavam na roça de milho, mas não eram vaga-lumes. Espíritos apareciam para um bate-papo, comunicando-se por meio de batidinhas e toques, num código morse de arrepiar os cabelos. Cadeiras se arrastavam sozinhas, colchões se retorciam, lâmpadas estouravam fulminadas pelo olhar.
A responsável por esses fenômenos paranormais, que provocaram um turbilhão de espantos na região de Santa Rosa, em 1988, hoje está doente. Aos 34 anos, Leonice Fitz recupera-se de um câncer ósseo que a obriga a tomar morfina a cada quatro horas. Passa os dias na cama, debilitada, conforta-se de suas dores ao lado da cachorrinha Priscila.
A Leonice enferma não gosta de lembrar a Leonice menina que atraiu exorcistas, caçadores de fantasmas, chatonildos e multidões de curiosos ávidos por assistirem a mesas gravitando como espaçonaves. Recostada em quatro travesseiros, conta que pagou alto por seus poderes.
— Por que tive de ser diferente dos outros? — penaliza-se.
E será que os poderes paranormais continuam ativos? Antes de responder, ela acende mais um cigarro —a média é um a cada 10 minutos — e aponta para a luz que ilumina o quarto:
— Se quiser, desligo aquela lâmpada, eu desligo. Mas tenho medo de fazer isso e não parar mais. Aí, quem vai me ajudar?
Os receios se justificariam. Depois que se tornou a Garota Poltergeist para a imprensa do país, Leonice deixou o pacato Rincão da Boa Vista para trabalhar em Santa Rosa. Mas não parava nos empregos de doméstica, parecia uma feiticeira de avental a assustar as patroas. Numa ocasião, o ferro de passar roupa esquentou, embora estivesse desligado. Em outra, as bocas do fogão a gás se acenderam sem que fossem acionadas.

Criada cooperativa de egressos

A Câmara de Vereadores recebeu na última segunda-feira, 15, os integrantes da Cooperativa Social de Egressos, formada por ex-detentos do sistema prisional de Santa Rosa.
Fundada em 2009, a Cooperativa acolhe os ex-detentos, priorizando a qualificação da mão de obra e a reinserção social. Os egressos trabalham de forma cooperada e recebem por dias trabalhados. Atualmente estão em três frentes de serviços, todas elas na área da construção civil.
Segundo o Diretor de Marketing da cooperativa, o ex-vereador Neri Foliatti da Silva, a ideia começou como um pequeno embrião, fazendo pequenos serviços direcionados por pessoas que apostaram na idéia. Destacou ainda o importante apoio dado pelo Conselho da Comunidade e pela juíza da Vara de Execuções Criminais. Elogiou a forma meritória do empresário Jaime Mattizzi na contração da Cooperativa. “Ressocializar quem está marginalizado, qualificando e trazendo para o mercado de trabalho é uma forma concreta de mudar a realidade de muitos ex-detentos, isso transforma a vida das pessoas”, destacou Neri.
Para a juíza da Vara de Execuções Penais, Daniela Signor, o trabalho que está sendo desenvolvido pela Cooperativa vem ao encontro do que efetivamente toda a sociedade vem buscando. “Temos o presídio lotado em Santa Rosa, situação problemática, temos ainda os egressos do sistema prisional que já cumpriram a sua pena e muitas vezes, por preconceitos e aliado a isso, não possuem qualificação profissional e encontram dificuldades em conseguir um trabalho digno”, apontou.
Disse também que outro ponto positivo é que a cooperativa também acolhe apenados que tem direito a progredir para o regime semi-aberto, mas precisam de um emprego para que possam efetivamente fazer esta progressão. “Quem não tem nenhuma profissão dificilmente o mercado de trabalho irá absorver esse cidadão e que muitas vezes poderá volta a delinqüir. O apoio da sociedade neste momento é fundamental”, finalizou.
Romilda Lenzi, presidente do Conselho da Comunidade, destacou o esforço feito pelos egressos para tornar a Cooperativa uma realidade. “Apostamos na ideia e oferecemos o apoio necessário. Procuramos apoio técnico para criar legalmente a cooperativa e disponibilizamos recursos oriundos das penas pecuniárias para as despesas necessárias à legalização da Cooperativa”. Paulo Paim, secretário Municipal de Desenvolvimento Social, destacou da importância do trabalho oferecido pela Cooperativa, devolvendo a dignidade aqueles que tiveram um revés na vida e lutam para superar as dificuldades e poder voltar ao seio da sociedade. A Cooperativa é presidida por José Olmiro Berres.

Identificadas vítimas de colisão frontal entre caminhões em Lagoa Vermelha

As vítimas da colisão frontal entre dois caminhões no km 197,2 em Lagoa Vermelha, foram identificadas no início desta madrugada. O condutor do caminhão, que estaria carregado com 16 mil litros de combustível, é Geli Dalmolin, 62 anos, e o motorista da carreta, com carga de berços de bebê, Valdecir Piva, 44 anos.
Os veículos já foram retirados do local e a rodovia se encontra livre para trânsito.
Por volta das 19h40min, dois caminhões colidiram frontalmente no km 197,2, por volta das 19h40min, em frente ao posto de combustível Santo Antônio. Logo após eles explodiram. Um dos caminhões, o carregado de combustível, teria feito uma manobra para entrar no posto, quando teria ocorrido a colisão com o outro veículo, uma carreta com uma carga de berços para bebê.