06 fevereiro 2011

São Leopoldo teve uma das chuvas mais intensas das últimas décadas

São Leopoldo teve uma das chuvas mais
intensas das últimas décadas
A forte chuva que provocou estragos, transtornos e morte neste domingo, em São Leopoldo, foi uma das mais intensas em curto período das últimas décadas. De acordo com a Metsul Meteorologia, em seis horas, foram registrados 129,6 milímetros de precipitação no bairro Santa Teresa, na zona sul da cidade.
O acumulado de 129,6 milímetros equivale a quase 10% da média histórica de chuva do ano inteiro em Porto Alegre (1347,4 milímetros). A precipitação deste domingo em São Leopoldo representou 44% de toda chuva ocorrida em 48 horas na estação de Nova Friburgo (296 milímetros), que anotou os maiores acumulados na Região Serrana do Rio de Janeiro na tragédia de janeiro.
A Grande Porto Alegre estava sob influência de uma massa de ar quente e muito úmida. Em parte da Capital, a temperatura oscilou durante a madrugada inteira do domingo entre 27ºC e 28ºC. No começo da manhã, uma frente fria que avançava pela costa induziu a formação de nuvens carregadas sobre a área metropolitana.
O ar mais seco e ameno que estava na retaguarda da frente encontrou o ar bastante quente e de umidade elevada na Grande Porto Alegre, gerando a chuva intensa localizada. Imagens de satélite em alta resolução mostram que a nuvem mais carregada se localizou sobre São Leopoldo e região do Vale do Sinos, permanecendo quase parada na área, o que acabou por gerar a precipitação extrema.
Previsão de mais chuva ao longo da semana
Segundo MetSul Meteorologia, o tempo vai seguir instável na Capital e na Grande Porto Alegre no decorrer da semana. Nesta segunda, o sol aparece com nuvens com períodos de maior nebulosidade, contudo diminuirá o risco de chuva intensa. Não se pode descartar que pontos muito isolados possam registrar pancadas ocasionalmente fortes.
Na terça e na quarta-feira deve aumentar muito a instabilidade novamente com a atuação de uma frente fria e de centro de baixa pressão, o que vai deixar o céu com mais nuvens na Capital e área metropolitana com chance de chuva a qualquer hora do dia. Pancadas de chuva ocasionalmente fortes a torrenciais localizados podem ocorrer neste período de 48 horas.
Chuva histórica
Em 29 de julho de 1995, a estação da MetSul no Morro do Espelho, em São Leopoldo, registrou 117,1 milímetros, volume que é inferior ao apurado neste domingo em questão de apenas seis horas. Chuva de verão na Grande Porto Alegre comparável a deste domingo em São Leopoldo ocorreu na Capital e Canoas na madrugada do Natal de 1997. Na ocasião, a estação operada à época pela MetSul no campus da Ulbra, em Canoas, indicou 129,6 milímetros em menos de 12 horas. 

Inter perde de virada para o Veranópolis no Antônio David Farina

Damião abriu o placar logo no início, mas 
VEC com virou Luiz  Carlos e Alê, nos 
acréscimos
O Inter subiu a Serra e volta de Veranópolis de mãos vazias. Até os 90 minutos regulamentares levaria para Porto Alegre pelo menos um ponto do empate. Mas o time de Celso Roth perdeu de virada, nos acréscimos, no Estádio Antônio David Farina, pelo Gauchão Coca-Cola.
O colorado abriu o placar logo no início da partida em uma oportunidade com Leandro Damião. Mas o Veranópolis igualou no segundo tempo com Luiz Carlos, com um belo chute de longe. E virou nos acréscimos, aos 48 minutos, com Alê, completando chute cruzado de Gilson. Depois de cinco rodadas, o VEC reencontra a vitória.
Foi um primeiro tempo de pouquíssimas oportunidades para o Inter. Mas na primeira que teve, não desperdiçou. Em jogada iniciada por Andrezinho pela direita, a bola chegou aos pés de D'Alessandro, ao lado da área. O meia argentino só cruzou à meia altura para que Leandro Damião desviasse do goleiro Luiz Müller e abrisse o placar na Serra, aos 4 minutos.
De resto, foi o Inter tentando rolar a bola e combinar jogadas e o VEC parando o lance na base da falta. D'Ale foi o mais caçado em campo, sofrendo com o rodízio. Foram pelo menos oito faltas no camisa 10 colorado, o que rendeu cartões amarelos para Lobão, Carlos Alberto e Sananduva.
O Veranópolis, do técnico Leandro Machado, arriscou como pôde, testando o goleiro Lauro, que completou 100 jogos no gol do Inter. Chute cruzado, de longe. A defesa que mais exigiu foi uma cobrança de falta de Sananduva, pela meia-direita. Na tentativa de cortar no cabeceio, o lateral Nei não alcançou e acabou encobrindo a visão do goleiro, que teve velocidade de reação para desviar a bola para escanteio.
Os dois times voltaram iguais para o segundo tempo. O ritmo da partida já foi até com menor intensidade nos 45 minutos finais e a bola até rolou mais – com menos faltas parando o duelo. O Inter ainda teve chances para fazer 2 a 0 com Tinga, que chutou em cima do goleiro do VEC. Depois numa jogada tramada novamente por Tinga e Damião. O atacante recebeu bola na direita, dentro da área, ficou sem ângulo e só restou tentar o cruzamento.
Mas daí acontecem aquelas coisas do futebol. O Inter pressionava, dominava. Até que aos 22 minutos uma sobra de bola mudou a história da partida. Luiz Carlos emendou um chute forte de canhota e mandou no ângulo do goleiro Lauro.
Foi a partir disso que o técnico Celso Roth lançou a campo suas alternativas que tinha no banco de reservas. Colocou Glaydson e o estreante Alex nas vagas de Tinga e Andrezinho, respectivamente para fazer o ataque ter fôlego novamente. Leandro Damião ficou muito isolado na frente, principalmente na segunda etapa. 
Só que quem chegou lá foi o Veranópolis. Nos acréscimos, aos 48 minutos, Alê esticou a perna em um chute cruzado de Gilson e mandou a bola além da linha do gol de Lauro, definindo o placar final em 2 a 1.

Chuva invade casas e provoca queda de barreira em Três Coroas

Chuva invade casas e provoca queda de
barreira em Três Coroas
O desmoronamento de uma encosta no km 19 da ERS 235, em Três Coroas, interrompeu o trânsito nos dois sentidos da rodovia na tarde de sábado. Com a forte chuva, a encosta cedeu e invadiu quatro residências na outra margem da estrada. O trabalho de desobstrução iniciou logo após o incidente, mas o trânsito precisou ser desviado por dentro de Três Coroas. O fluxo de veículos ficou interrompido por três horas até que equipes da Brita Rodovias retirassem o barro e os galhos que caíram sobre a pista.
A chuva deixou os moradores assustados. Patrícia Michaelsen teve a casa invadida pela enxurrada. “Eu e as crianças fomos olhar a água que vinha descendo e, de repente, o barranco cedeu. Quase fomos atingidos pelas pedras que rolaram. Veio tudo para o nosso terreno”, contou.