09 fevereiro 2010

Osmar Terra convoca grande mutirão por uma redução histórica da mortalidade infantil

“Somos o único Estado brasileiro que pode alcançar a marca histórica de reduzir o coeficiente de mortalidade infantil a um dígito”. A afirmação é do secretário estadual de Saúde, Osmar Terra, e foi feita durante o seminário “Ações Estratégicas para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil no RS”, promovido pela SES ontem (8 de fevereiro), no Hotel Continental, em Porto Alegre.
Para atingir a meta até o final de 2010, Terra aposta na atenção primária: “A base é a prevenção, em especial o acompanhamento das grávidas pelas equipes do Estratégia Saúde da Família”. Durante o evento, que reuniu prefeitos, secretários e técnicos municipais de Saúde, integrantes das Coordenadorias Regionais de Saúde, servidores da SES e representantes de hospitais, o secretário convocou um grande mutirão pelo alcance desta meta, com a reunião de esforços do governo do Estado, gestores municipais, hospitais e sociedade.
Encontro elaborou estratégias
Pela manhã, o Departamento de Ações em Saúde (DAS) da SES apresentou a análise dos óbitos de mães e crianças no RS. Com base nesse diagnóstico, os participantes do seminário se dividiram em grupos e discutiram as ações necessárias para a redução dos óbitos. As propostas foram sistematizadas e integram o documento final do seminário.
A secretária adjunta da Saúde, Arita Bergmann, reforçou que o trabalho de redução dos índices é “tarefa de uma rede de esforço conjunto dos gestores, profissionais e prestadores de serviços para salvar mais vidas, que é o nosso grande objetivo”.
Melhor índice do país
Conforme pesquisa divulgada pelo IBGE em 2009, o RS tem o mais baixo índice de mortalidade infantil do país: 13,1 a cada mil nascidos vivos, em 2008 – taxa estimada por técnicas demográficas.
O levantamento realizado pela SES, calculado diretamente sobre o número total de óbitos entre os nascidos vivos, aponta que o índice, em 2008, foi de 12,7. O coeficiente de 2009 ainda não foi divulgado.
Mesmo com o melhor resultado entre os estados do Brasil, a redução ainda maior do coeficiente de mortalidade infantil é uma das prioridades da Secretaria Estadual de Saúde.
Foto: Nanda Duarte/SES/RS

Justiça determina fiança de US$ 75 mil a médico de Jackson

O magistrado da Corte Superior do condado de Los Angeles Keith L. Schwartz fixou hoje em US$ 75 mil a fiança para o médico pessoal de Michael Jackson, Conrad Murray, acusado hoje de homicídio culposo (sem intenção) pela morte do cantor.
Em uma audiência com duração de meia hora e na qual Murray declarou inocência, Schwartz ordenou a apreensão do passaporte do médico, proibiu a administração de receitas aos pacientes e determinou a sua apresentação ao tribunal em 5 de abril.
Murray, de 56 anos, se apresentou hoje ao juizado de Los Angeles depois de a promotoria o acusar formalmente de matar o "rei do pop" ao administrar sem a devida "precaução e cautela" os fármacos que acabaram com a sua vida em 25 de junho.
O mesmo tribunal considerou que o médico não teve intenção, atuou "sem malícia".
Na rápida sessão estavam presentes os pais de Michael Jackson, Joe e Kathryn, e vários de seus irmãos, incluindo LaToya e Jermaine.
O médico de Jackson enfrenta uma pena máxima de quatro anos de prisão.
A sessão começou com a leitura do relatório do legista sobre a autópsia realizada em Michael Jackson, o qual apontou que o artista morreu por uma "intoxicação aguda de propofol", um potente anestésico de uso hospitalar.
Segundo as análises realizadas, o cantor recebeu uma quantidade de remédio semelhante à utilizada em uma "cirurgia delicada" sem o cumprimento dos procedimentos médicos necessários, que envolvem equipes de acompanhamento dos sinais vitais, doses precisas e equipamentos para reanimar o paciente.
Nos interrogatórios, Murray admitiu ter dado a Jackson uma série de remédios, entre estes o potente calmante de uso hospitalar propofol, para combater a insônia.
O médico afirmou que Jackson consumia essa substância de forma habitual e que costumava chamar o remédio de "leite".