18 agosto 2009

TSE rejeita cassação de três deputados albergueiros, e Classmann é absolvido

Mais três parlamentares que eram acusados de usar albergues para obter benefícios eleitorais foram absolvidos nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No julgamento, foram inocentados os deputados estaduais Giovani Cherini e Adroaldo Loreiro (PDT), ambos do PDT, Aloísio Classmann (PTB) no detalhe da foto, este absolvido por 7 votos a 0. Pompeo de Mattos (PDT), que já havia sido absolvido por processo semelhante no último dia 6 de agosto, também obteve decisão favorável ao responder a outra representação do Ministério Público.
Dessa vez, contudo, os ministros do TSE decidiram pela cassação dos direitos políticos dos parlamentares por três anos, a contar da data da última eleição. Na prática, a cassação não trará prejuízos aos deputados, que poderão concorrer em 2010. A punição vence em outubro, um ano antes da próxima eleição.
A sessão foi a 42ª em que o caso dos parlamentares albergueiros entrava em pauta. A decisão, que teve como relator o ministro Marcelo Ribeiro, já era esperada pelos deputados. Na sessão do último dia 6 de agosto, os ministros já haviam sinalizado que a absolvição de Mattos serviria de baliza para os demais julgamentos envolvendo casos semelhantes. Ainda falta ser julgado o deputado estadual Iradir Pietroski (PTB), cuja análise foi interrompida por um pedido de vista do ministro Félix Fischer.
Em julgamentos anteriores, já haviam sido absolvidos o deputado federal Vilson Covatti (PP) e a mulher, a deputada estadual Silvana Covatti (PP), o deputado federal Osvaldo Biolchi (PMDB) e filho, o deputado estadual licenciado Márcio Biolchi, ambos do PMDB.

Médico acusado de estupro também é investigado por manipulação genética em SP

Além das acusações de mais de 50 estupros, o médico Roger Abdelmassih também está sendo investigado por manipulação genética e crime fiscal. Ele está preso desde a última segunda-feira no 40º Distrito Policial na zona norte de São Paulo (SP). Na tarde desta terça-feira, os advogados entraram com um habeas corpus, mas o pedido de soltura ainda não havia sido julgado até a noite.
— Eu disse a ele que temos de ter paciência. Apesar de estar abalado, apesar do sofrimento pessoal que ele tem, está confiante em uma decisão favorável — afirmou o advogado José Luis Oliveira.
Além da denúncia por estupro, os promotores do grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) abriram outras duas frentes de investigação sobre as práticas do médico em sua clínica de reprodução humana: manipulação genética e crime fiscal.
Ex-pacientes relataram aos promotores propostas que teriam recebido durante o tratamento.
— Ele pegou a minha mão e falou assim: se a gente não conseguir tirar óvulos seus, a gente poderia usar outros óvulos no lugar dos seus óvulos. Eu falei que não, que eu era contra isso. Daí, ele falou pra mim: 'Você não precisa contar para o seu marido' — relatou uma das vítimas, que não quis se identificar.

Primeira turma do curso de inseminação já está completa, e restam apenas três vagas para a segunda turma

A SETREM oferece pela primeira vez na região, o curso de inseminação para melhoramento genético de rebanho leiteiro. E a grande procura fez com que as vagas destinadas a primeira turma fossem completas antes mesmo do encerramento do prazo de inscrições, previsto para esta sexta-feira, dia 21.
Desta forma, programou-se uma segunda edição do curso que deve ocorrer, conforme o coordenador do setor de pecuária da SETREM, Marcelo Rigo, nos dias 28 de setembro e 02 de outubro. Para este as inscrições encerram no dia 25 de setembro, no entanto, restam apenas, três vagas. “Está previsto para este ano, ainda sem data marcada, uma terceira turma. O objetivo é atender esta grande demanda”, enfatiza.
O curso oferece conhecimentos práticos e teóricos. Ao todo serão 40 horas/aula, realizadas nos turnos da manhã e tarde. O investimento será de R$ 360, incluindo o almoço. Estudantes da SETREM poderão realizar pagamento em até três vezes com cheque.

Anvisa cria novas regras para farmácias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que apenas os funcionários das farmácias terão acesso direto aos medicamentos. Remédios fitoterápicos que não precisarem de receita poderão ficar ao alcance dos consumidores, mas os outros medicamentos deverão ficar guardados atrás do balcão. As farmácias também deverão alertar, com cartazes, sobre os riscos da automedicação.
A Anvisa também regulamentou os serviços das farmácias e a venda de medicamentos pela internet e por telefone. As farmácias poderão medir pressão, temperatura, taxa de glicose, aplicar medicamentos e furar orelha para a colocação brincos.
Somente lojas abertas ao público podem vender remédios por telefone ou internet. A regra não vale para os remédios tarja preta, que só poderão ser comprados pessoalmente. Quando o remédio for sujeito à prescrição médica, a receita precisa ser vista pelo farmacêutico antes da venda, por isso a farmácia tem que garantir a comunicação entre comprador e farmacêutico.
Os estabelecimentos terão seis meses para se adaptar às novas regras. As informações são do site G1.

Mais uma formanda em Engenharia de Produção é aprovada no Mestrado da UFSM

Poucos dias depois de recebermos a notícia da conquista de uma vaga no Mestrado de Engenharia de Produção (Qualidade e Produtividade) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pela formanda Ana Maria Fabricio, temos a alegria em confirmar a aprovação da acadêmica Elisângela Pinheiro, 27 anos, no Mestrado de Engenharia de Produção (Gerência de Projeto), da mesma universidade.
Filha de agricultores da localidade de Bom Conselho, em Quaraim, interior de Três de Maio, realizou o Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial na SETREM por meio de bolsa de estudos do Programa Universidade Para Todos (Prouni). E quem conhece a sua história, não imagina como chegou tão longe.
De família simples e poucos recursos financeiros, parou de estudar na 4ª série do Ensino Fundamental. Os pais não tinham condições de custear o transporte escolar até Vila Quaraim. “Voltei aos bancos escolares apenas quatro anos depois, em razão do pedido e auxílio do Conselho Tutelar. Completei o Ensino Fundamental no Colégio Princesa Isabel e o Ensino Médio e Técnico em Administração, no Instituto Educacional Cardeal Pacelli”.
Vitoriosa, conta que as adversidades vividas serviram como estímulo e incentivo, principalmente na graduação que exigiu muita dedicação. No entanto, destaca, ao chegar ao final do curso, sua identificação com os objetivos e ritmo de trabalho propostos pela instituição. “Almejava o mestrado e esta aprovação é, sem dúvida, consequência de meu esforço aliado à qualidade do ensino da SETREM.”
O projeto ‘Análise de Variância Aplicada à Mensuração da Umidade da Soja’, foi elaborado com base em Trabalhos de Conclusão de Curso de colegas, na empresa COCEAGRO, de Cruz Alta. “Ao concluir o mestrado quero voltar à SETREM para fazer a minha parte e contribuir para o desenvolvimento do curso de Engenharia”.

Rio Grande do Sul teve campos de concentração, e um deles esteve instalado em Santa Rosa

A cidade de Santa Rosa, na região Noroeste do Estado, guarda na memória histórias de perseguição e sofrimento durante a 2ª Guerra Mundial. Imigrantes que se instalaram na região, principalmente alemães, foram vítimas da repressão praticada pela polícia política brasileira. Centenas deles foram presos e alguns morreram na Colônia Penal Agrícola, transformada em uma espécie de campo de concentração. O fato está registrado em livros e na lembrança de quem testemunhou as perseguições.
Teresa Christensen (foto), historiadora de Santa Rosa, conta que os primeiros alemães presos forma levados para três celas no porão da antiga sede da prefeitura. “Mas tinha pouco espaço e, como ali era o Centro da cidade, não podiam torturar os imigrantes, pois se ouviriam os gritos. Então foi estruturado um presídio em local mais afastado, hoje a Vila Agrícola, no Bairro Planalto”, explica a pesquisadora.
Teresa revela que a história guarda, desse tempo difícil, as grandes arbitrariedades que tinham como palco a Colônia Penal Agrícola. “Conta-se que alguns colonos alemães e de outras etnias que mal falavam o português, eram levados ao Presídio da Agrícola e obrigados a assinar um documento de venda das colônias que possuíam e logo após eram degolados.
Segundo a historiadora, todos eram obrigados a falar português e as escolas confessionais, mantidas pelas comunidades, tiveram que mudar radicalmente.
No livro”Santa Rosa: Histórias e Memórias”, Tereza Christensen, com base em depoimentos de uma comerciante alemã, já falecida, narra o episódio do atque ao mercado 14 de julho. O fato ocorreu no dia 22 de agosto de 1942, após um comício no qual autoridades teriam instigado a população a invadir casas de alemães e italianos.
Texto resumido de matéria especial do Jornal Correio do Povo do dia 16.08.2009.