30 janeiro 2010

Giovani Cherini assume presidência da Assembleia

O deputado Giovani Cherini (PDT), 49 anos, assume na manhã deste sábado a presidência da Assembleia Legislativa.
Cherini é conhecido como campeão de projetos de lei. Apresentou 680 propostas em 15 anos, mas apenas 101 viraram leis estaduais — entre elas o Dia do Gremista e o Dia do Terapeuta Holístico, profissão com a qual ele tem intimidade. O deputado tem formação em reiki, neurolingüística, namastê, ontopsicologia, educação emocional e cibernética social.
Em seu quarto mandato, Cherini assume a presidência em busca da despedida: na eleição de outubro, buscará uma vaga na Câmara dos Deputados em Brasília.
A eleição de Cherini respeita um tradicional acordo firmado pelos deputados no início de cada legislatura. Conforme o combinado, as quatro maiores bancadas têm direito de exercer a presidência por um ano. Os demais partidos recebem cargos menores na mesa diretora e na presidência de comissões da Casa. Indicado pelos colegas do PDT, Cherini fecha o atual rodízio. Antes do pedetista, representantes das outras três bancadas de maior representação (PT, PMDB e PP) ocuparam a cadeira.
O deputado Ivar Pavan, que neste sábado entrega o cargo a Cherini, foi o primeiro petista a assumir a presidência com a aprovação dos colegas.
Nascido em 23 de junho de 1960, no então distrito de Soledade — atual município de Mormaço —, Cherini ingressou na vida pública por meio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Soledade, que presidiu por seis anos. Antes disso, trabalhou em três cooperativas e na Federação das Cooperativas de Trigo e Soja (Fecotrigo). Filho de pequenos agricultores, fez curso superior em Tecnologia Agronômica, na Unijuí, e completou pós-graduações em Israel e na França.
Filiado ao PDT desde 1989, sofreu duas derrotas eleitorais antes de conquistar uma cadeira na Assembleia pela primeira vez em 1994.

Autoridades peruanas resgatam últimos brasileiros isolados em Machu Picchu

Os 68 brasileiros que até esta manhã permaneciam isolados em Machu Picchu, no Peru, já foram resgatados por helicópteros do governo peruano e estão sendo transportados para Cuzco, a cerca de 110 quilômetros do sítio arqueológico.
Segundo a assessoria da embaixada brasileira no país, não há registros de feridos ou mortos entre os brasileiros. Os turistas de outras nacionalidades também já teriam sido retirados do local.
O último brasileiro a ser resgatado foi o vice-cônsul, João Gilberto. Ele chegou a Machu Picchu na última quarta-feira (27) para prestar apoio aos 278 brasileiros que visitavam o sítio histórico quando fortes chuvas provocaram enchentes na região.
As chuvas destruíram estradas, ruas e a única linha férrea que ligava Cuzco a Machu Picchu, isolando 2.545 turistas que se encontravam em Cuzco.
A embaixada garante estar prestando assistência a todos que necessitam de ajuda, seja para conseguir vaga em hotéis e pousadas, seja para retornar ao Brasil. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), levando 14 toneladas de alimentos doados pelo governo brasileiro, é esperado para o domingo.
A embaixada não descarta a possibilidade de parte do grupo voltar ao país na aeronave militar já que há grande dificuldade de se encontrar vagas em voos comerciais.
Apesar de ter mantido contato com todos os brasileiros, a embaixada diz ainda não saber quantas pessoas vão necessitar de transporte já que parte delas tenta voltar por seus próprios meios e parte decidiu seguir viagem para outros lugares.
As áreas atingidas estão localizadas no Sul do Peru, onde as chuvas causaram o transbordamento dos rios Vilcanota e Blanco. Houve destruição de plantações de milho e há suspeitas de que ruínas de diversos sítios arqueológicos sofreram danos. As perdas ainda estão sendo avaliadas. Cálculos preliminares indicam que 11.770 pessoas foram atingidas e outras 6.481 estariam desabrigadas.
O governo peruano prometeu liberar US$ 5,8 milhões como ajuda emergencial às vítimas, para a reconstrução de casas e apoio à agricultura. Além de Cuzco, as cidades de Anta, La Convención e Calca também enfrentam uma situação considerada grave.