10 agosto 2009

Juíza de Santa Maria não aceita pedido de afastamento de Yeda

A juíza federal de Santa Maria, Simone Barbisan Fortes, decidiu nesta segunda-feira não aceitar o pedido de afastamento da governadora Yeda Crusius. Segundo a magistrada, não há elementos suficientes na ação do Ministério Público Federal (MPF) de improbidade administrativa contra Yeda e mais oito pessoas.
Na decisão de duas páginas, Simone reforçou: "Destarte, cotejando os elementos acostados pelo MPF, com os reflexos práticos que tal decisão traria à sociedade, não entendo razoável o afastamento solicitado".
A juíza decidiu ainda liberar parte do conteúdo da ação. Ficou mantido o sigilo sobre dados referentes a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos e de parte das escutas do processo. Ainda não há prazo para liberação das informações de parte da ação.
A defesa de Yeda recebeu com cautela o vazamento de informações da ação na internet. O advogado Fábio Medina Osório considera que a publicação das informações da ação do MPF mostrará aos gaúchos que a governadora é inocente. O advogado teme, no entanto, que algumas informações sejam mal interpretadas.
Osório, que esteve hoje em Santa Maria, reafirmou a convicção na inocência de Yeda. Além disso, ele aguarda a decisão da Justiça para que a governadora seja excluída do processo.

Vaza na internet íntegra da ação contra governo Yeda

Mesmo sem a liberação da juíza Simone Barbisan Fortes, acabou o segredo em torno da ação civil pública de improbidade administrativa contra a governadora Yeda Crusius e outras oito pessoas. O site do jornalista Políbio Braga disponibilizou a íntegra da ação, mas os downloads da íntegra são limitados e não consegui baixar até o momento.
A juíza autorizou o acesso ao presidente da Assembleia, Ivar Pavan, e liberou cópias da ação para a OAB, que tornou públicas somente 40 das 1.238 páginas, porque entendeu que deveria ocultar os dados resultantes de quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico.
Também tiveram acesso ao documento os advogados de João Luiz Vargas, Luiz Fernando Záchia e Delson Martini. Norberto Flach, que, além de Delson, defende Walna Vilarins Meneses, reafirmou hoje no Gaúcha Atualdiade que não há, na ação, nenhuma gravação em que a governadora Yeda Crusius seja interlocutora. Flach repetiu a avaliação do advogado de Yeda, Fábio Medina Osório, de que o esqueleto da ação é formado pelas gravações de Lair Ferst e Marcelo Cavalcante.
Por meio de sua secretária, a juíza Simone Barbisan Fortes disse para a repórter Priscila Abrantes, do Diário de Santa Maria, que "se a imprensa divulgou, o fez por sua conta e risco". Que ela ainda não examinou nenhum dos pedidos de levantamento do sigilo e que poderá fazer isso no fim da tarde de hoje. Se isso não ocorrer hoje, só na quarta-feira, porque amanhã é o Dia do Advogado e a 3ª Vara não abrirá as portas.

Dia de voltar às aulas em algumas instituições particulares de Santa Maria

O segundo semestre letivo começou nesta segunda-feira em algumas escolas particulares e alguns estabelecimentos de Ensino Superior de Santa Maria. As instituições atrasaram em uma semana o retorno às atividades como forma de prevenção da gripe A.
No Colégio Franciscano Sant'Anna, a maioria dos 1.750 alunos retomou as aulas. Apenas os alunos da Educação Infantil ficarão mais uma semana em casa, voltando às atividades na próxima segunda-feira. Na escola, a orientação é para manter janelas e portas bem abertas, e quem estiver com sintomas de gripe — seja aluno, funcionário ou professor — deve ficar em casa.
O Colégio Máximo Palotino, no bairro Patronato, também reiniciou suas aulas nesta segunda. Na Faculdade Palotina (Fapas) e no Centro Universitário Franciscano (Unifra), todas as atividades também foram retomadas. Na Unifra, além de aulas, os alunos encontraram uma sala especial de enfermagem onde podem tirar todas as suas dúvidas sobre a gripe A e receber atendimento, caso estejam com sintomas de gripe. Na Faculdade Integrada se Santa Maria (Fisma), onde algumas das atividades tinham recomeçado na sexta-feira, nesta segunda foram retomadas as aulas dos cursos de graduação.

Consulta Popular alcança percentual histórico em São José do Inhacorá

Município de São José do Inhacorá, faz uma votação muito expressiva junto ao Processo da Consulta Popular que aconteceu na última quarta-feira, dia 5 de agosto em todo o Estado Gaúcho. A população foi em maça para votar, e cerca de 76,5% dos eleitores do Município participaram, onde 1.136 votaram através de cédulas e mais 417 eleitores participaram via internet, totalizando a participação de 1.553 eleitores inhacorenses.
Na apuração das cédulas tivemos os resultados conforme tabela em anexo, sendo que os resultados dos programas eleitos pelos usuários via internet ainda não temos em nossos registros.
Foto: Ilustrativa.

Mortes geram dúvida sobre estratégia de combate à gripe A

O sinal de alerta contra a gripe A está mais forte. Com a confirmação de 11 novas mortes, na tarde de sábado, o Rio Grande do Sul chega a 44 óbitos, o que alça o Estado a uma taxa de mortalidade superior a do México, onde a epidemia eclodiu no fim de abril, e dos Estados Unidos.
Os novos casos divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde ocorreram entre 22 de julho e 3 de agosto, em oito municípios. Com 44 óbitos, o Estado atinge a taxa de mortalidade de 0,4 por 100 mil habitantes. Devido às diferenças populacionais, o índice é utilizado para avaliar a disseminação do vírus em países e territórios.
No México, o índice é de 0,13 por 100 mil habitantes, quase o mesmo dos Estados Unidos – 0,14. Argentina e Chile, com índices de 0,84 e 0,6, respectivamente, estão em situação pior do que a gaúcha. Entre os especialistas que criticam a forma de enfrentamento ao vírus adotada no Estado e no país, o principal ponto de insatisfação é a distribuição do Tamiflu, o medicamento capaz de deter o avanço do vírus no organismo se administrado até 48 horas após o início dos sintomas.
Foto: Marcos Roberto.

Jovem gaúcho é morto na Suíça

Familiares ainda tentavam entender na noite deste domingo as circunstâncias que levaram à morte de um jovem gaúcho na última sexta-feira. Vilmar Horn, 24 anos, de São Paulo das Missões, no noroeste gaúcho, foi assassinado na saída de uma festa.
Horn estava na Suíça há três meses como funcionário de uma fazenda no interior. A família foi notificada da morte pelos patrões do gaúcho.
— A gente não sabe ao certo o que aconteceu — relatou Andréia Horn, 20 anos, irmã do jovem, que também não sabia em que cidade ele estava morando.
Ela disse que Horn teria sido abordado por três iuguslavos na saída de uma festa com duração de três dias. Eles teriam jogado spray de pimenta nos olhos do gaúcho e, depois, o esfaqueado pelas costas. O jovem morreu no local, informou a irmã.
A família não foi procurada pela embaixada brasileira em Berna, nem contatou qualquer representação brasileira no país europeu. O gaúcho viajou para cobrir a vaga deixada por um amigo que voltou recentemente ao Brasil. O contrato de trabalho era de um ano e meio.
Ele pediu licença do Exército e trabalhou em uma granja perto da casa dos pais para conseguir dinheiro para pagar a passagem para a Europa. O objetivo era economizar dinheiro para voltar ao Rio Grande do Sul e construir uma casa em Catarina, recordou Andréia. A namorada há três anos, Denise Kipper, 23 anos, ficou no Brasil.
— É impossível ele ter inimigos. Tinha amizade com todos, estava sempre alegre, jamais deixaria um amigo na mão — afirmou Andréia.
A saudade, porém, teria feito os planos de Vilmar mudarem. Segundo a irmã, ele achava que não aguentaria todo o período planejado na Suíça. A última vez que os parentes falaram com o gaúcho foi na última quinta-feira, quando ele avisou por telefone que enviara pelo correio um CD com fotos, cartas e um presente de aniversário para a irmã.