31 dezembro 2011

Briga resulta em duas mortes em Guarani das Missões

Três homens teriam se envolvido na luta de facas. 
Um deles está gravemente ferido
Uma briga envolvendo três homens resultou em duas mortes e uma pessoa gravemente ferida, na noite desta sexta-feira, em Guarani das Missões, no noroeste do Estado. O confronto aconteceu por volta das 23h, em um bar do centro da cidade.
Segundo a Brigada Militar, Vinícius Felipe Lysyk, 32 anos, se envolveu numa discussão com Márcio Prudente Selvino, 31 anos. Durante a luta, Lysyk acabou esfaqueado.
Em seguida, um terceiro homem também teria se envolvido na briga, esfaqueando Selvino e também sendo atingido por golpes de faca.
Lysik morreu logo após ser levado para o hospital da cidade. Selvino foi encaminhado ao Hospital de Santo Ângelo, onde morreu no início da manhã deste sábado. Já o terceiro homem segue internado em estado grave na UTI do Hospital Santo Ângelo.

Fotos mostram Dilma em seus primeiros anos de Porto Alegre

Da esquerda para a direita: Carlos Alberto De Ré, o Minhoca, Marlene 
Machado, Rosemarie Orth, Atanásio Orth, Dilma Rousseff e um amigo não 
identificado / Foto: Carlos Alberto De Ré / Arquivo Pessoal
De calça pantalona e cabelos longos, Dilma Vana Rousseff, 27 anos, recém havia adotado o Rio Grande do Sul como lar, no início da década de 70, quando posou para a foto em preto e branco que se vê nesta página. Por retratar uma fase pouco conhecida do passado da presidente e vir a público pela primeira vez, a imagem é histórica. Mas não só por isso.
Com o objetivo de reconstituir por meio de fotografias raras a trajetória da mineira no Estado antes de se tornar conhecida de todos os brasileiros, ZH vasculhou acervos públicos e privados e procurou amigos e colegas que fizeram parte da vida pregressa da presidente.
Quando se mudou para Porto Alegre, em 1973, Dilma ainda era uma estranha no cenário nacional e fugia das câmeras. Daquele período, em plena ditadura, a cena publicada por ZH é uma das poucas eternizadas em papel. Foi flagrada em 1974, por ocasião da união civil do ex-preso político gaúcho Atanásio Orth com Rosemarie De Ré, ambos já falecidos. Junto deles, estão os quatro padrinhos: Dilma e Francisco Martinez Torres, o Paco; Carlos Alberto Tejera De Ré, o Minhoca, e Marlene Machado, namorada dele à época. Com exceção de Marlene, todos haviam sido torturados pelo regime militar.
Sob os cuidados de Minhoca, a cópia vinha sendo guardada como relíquia em seu apartamento, na Capital, por mais de 30 anos. Ele morreu em maio deste ano, vítima de câncer, e deixou a foto com a mulher, Débora Atarão. Procurada por ZH, ela decidiu torná-la pública em homenagem ao ex-companheiro.
Exceto por essa imagem, a trajetória de Dilma no Estado passa por um vácuo fotográfico na década de 70. Somente nos anos 80, como economista e uma das fundadoras do PDT, ela voltaria a aparecer. Ainda assim, muitas vezes não era identificada nos registros – o que foi constatado por ZH durante as buscas no próprio arquivo fotográfico do jornal.
– Ela estava lá, já era uma líder, só que não estava no foco – explica a ex-secretária de Educação Neuza Canabarro.
Dilma não fazia questão de aparecer, e sua relutância à exposição era conhecida. Nas reuniões do PDT, relembra uma assessora da sigla, era difícil convencê-la a sentar-se à mesa com autoridades para fazer pose. Dilma preferia os bastidores.
– A gente insistia, e ela até ia para a mesa, mas ficava 10 minutos e voltava para o canto dela – lembra a assessora.
Entre 1984 e 1985, quando as integrantes da Ação da Mulher Trabalhista decidiram formar um time de vôlei e pediram que as interessadas se inscrevessem, se surpreenderam ao ver o nome de Dilma. Às colegas, soava estranho tê-la na equipe, uma militante que vivia enterrada no trabalho.
– Ela vai mesmo jogar? – perguntou uma pedetista, incrédula.
Numa sexta-feira à tardinha, na quadra do Colégio Sevigné, lá estava Dilma. Não há notícia, porém, de fotos de sua performance.
A relutância com os holofotes foi diminuindo a partir de 1986, quando a mineira aceitou o convite do prefeito Alceu Collares e se tornou secretária da Fazenda de Porto Alegre. Passou a dar entrevistas, mas se restringia ao protocolo.
– Era o jeito dela – resume Collares.
Com os amigos mais íntimos, Dilma sempre abriu exceções. Sorriu ao posar para um clique em Bariloche, no fim dos anos 80, ao lado da socióloga Lícia Peres. Em 2010, fez o mesmo por Minhoca. Meio sem jeito, o velho conhecido aproximou-se dela durante um jantar em Porto Alegre e fez um pedido:
– Posso tirar uma foto contigo?
A pergunta fez Dilma rir. Ela aceitou, mas não se conteve:
– Até tu, Minhoca?!

Estiagem começa a afetar a produtividade da soja no Estado

Em Pejuçara, diminuição do tamanho das plantas é percebida por agricultores 
Foto: Roberto Witter / Agencia RBS
Com a estiagem avançado no Estado, produtores de soja que investiram no plantio antecipado estão preocupados com o desenvolvimento da lavoura. A pouca chuva ameaça deixar as plantas menores, o que reduz a produtividade mesmo sem afetar a qualidade.
Nas regiões em que foi semeada até a primeira quinzena de outubro, a soja se aproxima da fase de florescimento, quando a chuva é crucial. Por isso, o mês de janeiro será decisivo. No entanto, meteorologistas traçam prognósticos preocupantes.
– Na primeira quinzena de janeiro, a previsão aponta apenas chuva em áreas isoladas e em pouca quantidade. E não há nada que mostre mudança substancial para a segunda quinzena – afirma o meteorologista Cleo Kuhn.
Com 1,6 mil hectares de soja cultivados em Boa Vista do Cadeado, no noroeste do Estado, Sérgio Ferreira diz que as perdas já se aproximam da metade da lavoura. No interior de Pejuçara, também no Noroeste, o produtor Afonso de Souza vê a expectativa de uma boa safra se perder:
– Já era para a soja estar com cerca de 40 centímetros, hoje os pés estão com 20 centímetros. Onde pretendia colher 45 sacas por hectare, deverão ser 35 .
– A maioria dos produtores cultivou a soja mais tarde, com isso a planta ainda está em fase de desenvolvimento vegetativo. No entanto, a tendência é de que tenhamos lavouras com estatura menor – diz Alencar Paulo Rugeri, engenheiro agrônomo da Emater.