02 novembro 2009

Viúva visita túmulo de Jango em São Borja

Acompanhada do neto, Christopher Goulart, a viúva do ex-presidente João Goulart, Maria Thereza Fontella Goulart visitou hoje cedo o túmulo do marido, no cemitério Jardim da Paz, em São Borja. Havia dois anos que Maria Thereza não visitava o local. Ela depositou flores e fez orações em frente ao túmulo.
O prefeito , Mariovane Weis (PDT), acompanhou a família. Os três também visitaram o túmulo do pai de Weis e o jazigo da família Fontella. Durante todo o dia, um pianista e um saxofonista aguardavam os visitantes do local com música.

Presos são torturados por agentes prisionais na Grande Florianópolis

Cenário de tortura na maior prisão de Santa Catarina: cerca de 1,1 mil presos que cumprem pena nas mais de 300 celas da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, vivem sob constante ameaça.
Em nome da segurança máxima, os agentes do Departamento de Administração Prisional (Deap), com apoio das polícias civil e militar, realizam operações pente-fino e de transferências para outras unidades. Segundo o Secretário Executivo da Justiça e Cidadania, Justiniano Pedroso, vistorias na carceragem ocorrem semanalmente.
Uma das operações de transferência foi gravada em vídeo. O trabalho, que era para ser uma forma de amenizar a superlotação na penitenciária, tornou-se um ato de violência. Trancados nas celas, os presos foram obrigados a inalar spray de pimenta. Alguns acabaram espancados. Aos gritos de socorro, apanharam dentro de um banheiro. Algemados com as mãos para trás, levaram socos e chutes.
— Ai, não, senhor, não — implora um deles enquanto recebe tapas.
Durante a surra, um preso chora por receber murros, pontapés e também por saber que terá a cabeça mergulhada em um vaso sanitário. É sempre o passo seguinte. Após o espancamento, o afogamento.
Um dos homens que comanda a blitz nas galerias ordena:
— Diz pra não bater muito aí não. Fecha a porta aí.
O preso, jogado de um lado para o outro, é arrastado em direção à privada. Quando a porta se abre, ele aparenta estar desacordado e segue levando chutes de um agente prisional.
— Vocês tem que aprender. Quando a gente manda tem que obedecer — diz um dos torturadores.
A pancadaria continua. Exaustos de tanto apanhar, mais presos são afogados no vaso sanitário.
O Diretor do Deap, Hudson Queiroz, participou da operação, que teria ocorrido em fevereiro do ano passado:
— Até o momento que eu permaneci na unidade não houve nenhum problema de tortura como eu estou vendo. Eu nem sei se essas imagens fazem parte da mesma operação que nós fizemos em fevereiro de 2008.