06 junho 2010

Sons da modernidade

Ela é uma das expoentes da nova geração, Carine de Fátima Meinerz tem 28 anos, fonoaudióloga e especialista em Motricidade Orofacial. Sua rotina profissional se divide entre a Escola Especial Albino Mincks – APAE de Santa Rosa, o Centro de Equoterapia VIDA junto ao 19º RCMec, na Clínica São Lucas e no Hospital de Cândido Godói.
Mãe de Luís Henrique de sete anos, Carine é filha de Ademir e Leocilda Meinerz e é irmã de Rodrigo, Engenheiro Civil e Ricardo Meinerz, biólogo. Esta ariana adora sua família e os amigos e sua paixão pela profissão está alicerçada através dos estudos e do trabalho que está construindo. Linda, determinada e super antenada as novidades da sua área, Carine conversou com a VOICE e nos revela sobre sua vida e suas experiências profissionais.
Qual é a história da Carine? Nasci em Santa Rosa, em 1982. Estudei na Escola da Paz e no Colégio Dom Bosco, onde terminei o 2º Grau. Fiz vestibular para fonoaudiologia na Faculdade Luterana do Brasil – Ulbra em Canoas, onde comecei a cursar. Formei-me em janeiro de 2006, e logo comecei minha carreira profissional em Porto Alegre e em Alvorada, na Escola Especial Pequeno Príncipe – APAE. Iniciei o curso de Especialização em 2006 em Motricidade Orofacial. No ano de 2007, assumi também como Fonoaudióloga Escolar na Escola Infantil Atleta Mirim de Alvorada. Morei em Porto Alegre oito anos e em maio de 2009 retornei para Santa Rosa para trabalhar na minha cidade natal. Mesmo morando longe da minha família, sempre tive o apoio dos meus pais nos estudos, na época da faculdade, e consequentemente, nas minhas decisões profissionais. Tenho uma família maravilhosa, grande e muito unida.
Fale-nos como está sendo seu trabalho e suas experiências como fonoaudióloga? Iniciei minha vida profissional como fonoaudióloga logo que me formei em 2006, onde trabalhei na cidade de Porto Alegre e em Alvorada. Atualmente trabalho na Clínica São Lucas, no Hospital de Cândido Godói e na Escola Especial Albino Mincks – APAE, onde atendo crianças especiais com diversas dificuldades: alterações de fala (trocas/omissões de sílabas nas palavras), linguagem oral e escrita, motricidade orofacial (inadequação e/ou incoordenação dos músculos envolvidos nas funções neurovegetativas: sucção, deglutição, mastigação e respiração) e voz. Também faço um trabalho com alunos da escola especial, no Centro de Equoterapia VIDA, junto ao 19º RCMec, onde muitas crianças se beneficiam com esse atendimento. É um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais. A equoterapia é feita ao ar livre de forma lúdica e prazerosa, com novas experiências e situações ricas em desafios, que venham a contribuir para o desenvolvimento e o aprimoramento de suas potencialidades. Facilita a organização do esquema corporal e a aquisição das estruturas têmporoespaciais, estimula a aprendizagem, memorização, e concentração; trabalha a cooperação, socialização, além de estimular o equilíbrio e a postura corporal. “O contato com o cavalo estimula a criança de diversas formas e complementa outras terapias, acelerando o processo de recuperação”.
Quais os locais de atuação de um Fonoaudiólogo? Atua em consultório privado, instituições públicas, clínicas multidisciplinares, hospitais e maternidades, home-care, postos de saúde, creches e escolas, indústrias e empresas de tele marketing, emissoras de rádio e televisão, teatro e muitos outros.
Quais as principais áreas de atuação do fonoaudiólogo? Atuam nas áreas de prevenção, avaliação e reabilitação de distúrbios da motricidade oral (desordens da musculatura facial, dificuldades de respiração, mastigação e deglutição, hábitos inadequados de sucção); de voz, da audição (prevenção das desordens da audição, orientação à prevenção das otites, principalmente durante a primeira infância, diagnóstico de deficiência auditiva e reabilitação do paciente deficiente auditivo); da linguagem oral (atraso de aquisição, substituições na fala, gagueira); da linguagem escrita.
E as atividades que o Fonoaudiólogo realiza nas maternidades e hospitais? Nas maternidades, as ações do Fonoaudiólogo estão voltadas para as atividades preventivas, como acompanhamento de gestantes durante o programa de pré-natal, orientando e estimulando a importância da amamentação natural e seus benefícios para o desenvolvimento global do bebê. Na realização de testes específicos de audição, para o diagnóstico precoce da deficiência auditiva e estimulação precoce em bebês prematuros, durante o período de internação no berçário. Em hospitais, o Fonoaudiólogo atua intervindo em pacientes pós AVC (Acidente Vascular Cerebral), pós cirurgia de cabeça e pescoço e TCE (Traumatismo cranioencefálico), tratando as alterações das funções estomatognáticas e da linguagem.
E as atividades que o Fonoaudiólogo realiza nas creches e escolas? Tem sua ação voltada às atividades de otimização do processo de aprendizagem infantil, além das orientações a pais e professores. Para isso, é realizada triagens fonoaudiológicas, com o objetivo de diagnosticar precocemente qualquer alteração auditiva, de fala e de linguagem, que possam vir a prejudicar o desenvolvimento infantil. O atendimento clínico não deverá ser realizado dentro do espaço da instituição, a não ser em escolas especiais.
Qual a atividade do Fonoaudiólogo com pacientes idosos? Os pacientes idosos podem apresentar alterações de linguagem e das funções estomatognáticas, decorrentes de patologias como afasia, alterações neurológicas progressivas, como o Mal de Parkinson, Mal de Alzheimer e Esclerose Múltipla, que manifestam como seqüelas possíveis, as alterações de deglutição (disfagia), entre outras. O fonoaudiólogo também promove grupos terapêuticos com os idosos institucionalizados, visando principalmente à manutenção da atividade dialógica e o uso social da linguagem.
O que devo fazer quando suspeitar de algum problema auditivo? Quando há suspeita de algum problema auditivo deve-se procurar um médico otorrinolaringologista (especialista em ouvido e garganta). O médico fará uma avaliação, solicitará exames e indicará, caso confirme o problema auditivo, qual a solução: tratamento medicamentoso, cirurgia ou o uso de aparelho auditivo.
Caso o uso do aparelho auditivo seja indicado, qual o procedimento para adquiri-lo? A seleção e adaptação são feitos por fonoaudiólogos (profissionais que tratam da comunicação: fala escrita e audição). De acordo com o diagnóstico do tipo e grau da deficiência auditiva, fornecido pelo otorrinolaringologista, o fonoaudiólogo testará e escolherá junto com o paciente o melhor modelo de aparelho auditivo para o mesmo.
Quais são os problemas mais comuns na fala? Problemas de natureza neurológica: onde áreas motoras do sistema nervoso podem estar lesadas (crianças com lesões motoras, como na paralisia cerebral); Problemas de natureza músculo – esqueletal: decorrentes das fissuras labiais e palatais e Desvios fonológicos: que se caracterizam por alterações sem uma causa orgânica (dificuldade específica para a pronúncia de alguns fonemas), sendo esse, na maior parte das vezes, o tipo de problema que levam as crianças ao tratamento fonoaudiológico.
Um projeto que gostaria de realizar? Gostaria de implantar em Santa Rosa através do SUS (Sistema Único de Saúde) a realização do “Teste da Orelhinha”, ou seja, a Triagem Auditiva Neonatal onde é obrigatória por lei municipal nº 3028, de 17 de maio de 2000. Esse exame pode detectar precocemente se o bebê tem algum problema de audição.

Especial Jornal Noroeste de Santa Rosa.

Pesquisa Ibope revela intenções de voto para presidente

Levantamento do Ibope feito a pedido do jornal O Estado de S.Paulo e da TV Globo aponta os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) com 37% das preferências dos eleitores, daca um. Marina Silva, do PV, aparece com 9%.
Esta foi a primeira pesquisa de intenção de voto feita após a exibição das propagandas partidárias do PT e do DEM.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, feita em abril, antes da propaganda, Dilma subiu cinco pontos porcentuais, e Serra caiu três.
O empate persiste na simulação de um eventual segundo turno: 42% para o tucano, 42% para a petista. Na pesquisa Ibope de abril, o placar era de 46% a 37%.
Pesquisa espontânea
Dilma assumiu a dianteira na pesquisa espontânea, aquela em que os entrevistados revelam suas preferências antes de ler a lista dos candidatos. Nessa modalidade, a ex-ministra da Casa Civil aparece com 19%, seguida pelo ex-governador de São Paulo, com 15%.
O presidente Lula, que não pode concorrer novamente, aparece com 12% na pesquisa espontânea. O índice de rejeição é outro item da pesquisa em que não há empate. Quando o Ibope pergunta em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, Serra aparece com 24%, à frente da adversária, com 19%.
Nanicos
Além de pesquisar o cenário com os pré-candidatos do PSDB, do PT e do PV, o Ibope também apresentou aos entrevistados, pela primeira vez, uma lista com os nomes dos chamados "nanicos" - representantes de micropartidos. Mesmo com 13 pré-candidatos no segundo cenário, o quadro fica exatamente o mesmo - Serra, Dilma e Marina mantêm seus porcentuais.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores entre os dias 31 de maio e 3 junho, em 141 municípios do País. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. A sondagem foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 13642/2010.