20 outubro 2009

Tchê music: prenúncio do fim?

Cerca de três anos após a polêmica que varreu bailantas Rio Grande afora, os bons filhos à casa tornam. Em 2006, de um lado, estavam os integrantes das chamadas bandas de tchê music, do outro, os tradicionalistas. Agora, nomes até pouco tempo da tchê music, como Luiz Cláudio e a Tribo da Vanera e o grupo Quero-Quero, estão voltando às origens.
Outros, como o Tchê Barbaridade, tentam o meio-termo. Será o início do fim da tchê music? E eles serão aceitos de volta nos CTGs? Pelas palavras do presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF), Manoelito Savaris, não vai ser tão simples assim.
– Se voltarem a fazer música gaúcha tradicional, tendo a postura adequada, serão contratados. Mas poderão ter dificuldade, pois haverá desconfiança – acredita o tradicionalista.
Quando à orientação repassada aos patrões dos CTGs...
– Quem for contratá-los terá que tomar cuidados. Eles terão que comprovar que voltaram ao tradicionalismo – sustenta Manoelito. – Se quiserem disputar o mercado dos CTGs que venham por inteiro. Existem 900 galpões de CTGs realizando bailes, fandangos, pelo Rio Grande do Sul!
Crítico do radicalismo com que tradicionalistas tratam a questão, o folclorista e pesquisador Paixão Côrtes ressalta:
– Sou contra qualquer medida proibitiva, mas sou a favor de conceituação, da diferenciação dos estilos.
E pondera:
– Todo modismo tem tempo limitado, é circunstancial, consumista.