Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o leite longa vida subiu 10,57% nos últimos 30 dias, ultrapassando a barreira dos R$ 2. Já o leite tipo C teve aumento de 5,43% no mesmo período.
Nas gôndolas das grandes redes, o preço do longa vida nesta segunda-feira variava entre R$ 1,95 e R$ 2,29.
Para o presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Antonio Cesa Longo, estes valores poderão chegar até R$ 2,50 nos próximos dias, influenciados pelo período de entressafra, entre abril e agosto — quando chega o inverno, há escassez de pasto e, consequentemente, de produção —, e pela a estiagem que atingiu o campo nos últimos meses. Com isso, diminuiu a alimentação que restava para o gado.
— Se ultrapassar a casa de R$ 2,50, começará a chegar leite de outros Estados por um valor inferior. Por isso, o teto não deve passar deste preço — acredita.
Queda na produção
Conforme o presidente da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, a produção anual de leite já caiu 20%, e a perda entre janeiro e junho deverá ser de 180 milhões de litros.
Na próxima sexta-feira, haverá reunião do Conselho Estadual do Leite para discutir o preço pago pela indústria ao produtor. Os produtores pedem recuperação nos valores.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Elton Weber, reclama que quem produz recebe de R$ 0,56 a R$ 0,60 pelo litro. Ele diz que o preço mínimo deveria ser R$ 0,65.
(Zero Hora)
