Após escolher o ex-ministro de Tribunal Superior Eleitoral José Eduardo Alckmin como advogado, a governadora Yeda Crusius anunciou nesta quarta-feira em Brasília que deve processar a Revista Veja. Alckmin tem entre seus clientes o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e nove deputados gaúchos processados por manter albergues no Rio Grande do Sul, que estão sob ameaça de cassação no Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo Yeda, chegou a hora de "defender o Estado". A Revista Veja apresentou denúncias de caixa 2 na campanha eleitoral da governadora e fez críticas à administração gaúcha em seu editorial:
— A editoria da Veja vai ter que responder pelo que escreveu na Carta do Editor. Chega de atacar o Rio Grande do Sul! Chega de atacar a governadora do Rio Grande do Sul! — disse Yeda.
A governadora deixou claro que a partir de agora somente o advogado, que será pago pelo PSDB e por recursos pessoais de Yeda, falará sobre as denúncias contra o governo. Caberá a Alckmin também estudar possíveis ações contra a viúva de Marcelo Cavalcante, Magda Koenigkan, e políticos do PSOL, fontes das acusações.
Em Brasília, Yeda Crusius distribuiu a parlamentares cópias de documentos do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas, sobre a compra da casa em Porto Alegre e doações de campanha. O material é usado como argumento contra a criação de uma CPI no Estado.
— Para que CPI se tem as provas, meus caros deputados? Eu posso dar pra vocês todos a mesma pasta que eu dei ao meu presidente Sérgio Guerra (presidente nacional do PSDB). Tem a prova da lisura — afirmou a governadora.
Yeda se reuniu nesta quarta-feira com o Guerra. Após a rápida reunião, o senador se manifestou contra a abertura de uma CPU e afirmou que há provas que comprovam a idoneidade do governo gaúcho. Leia mais sobre o encontro no blog Diários de Brasília.