No dia em que registrou a primeira morte por gripe A do país, o Rio Grande do Sul atingiu a marca de 76 casos confirmados da doença e 97 sob suspeita. A Secretaria Estadual da Saúde decidiu que todos os hospitais do Rio Grande do Sul, públicos e privados, terão de prestar atendimento aos casos suspeitos de gripe A. Até agora, os pacientes eram encaminhados a um grupo de 10 estabelecimentos de referências espalhados pelo Estado. A nova política seria colocada em prática a partir do fim de semana.
O órgão ainda aguarda para este domingo o resultado dos exames que vão detectar a causa da morte de um americano que estava em Montenegro. Exames preliminares realizados no engenheiro mecânico, que desde domingo estava a trabalho no Brasil, indicam que ele foi vítima de uma pneumonia bacteriana, sem relação com a gripe A, que é uma doença viral.
Hipertenso e diabético, o homem, que teve a identidade mantida sob sigilo, estava internado desde quinta-feira. Os primeiros sintomas foram dor de cabeça e febre baixa. Em seguida o quadro evoluiu para febre alta, diarréia e depois o coma. O americano permaneceu todo o período isolado no hospital de Montenegro.
O velório da primeira vítima da gripe no país, o caminhoneiro Vanderlei Vial, 29 anos, começou no final da tarde deste domingo, na capela Nossa Senhora da Salete, em Erechim. Poucos compareceram para se despedir de Vial, que seria sepultado hoje pela manhã. A maior parte dos familiares e amigos presentes usava máscaras. A Secretaria Municipal de Saúde determinou que, a partir das 20h, somente pessoas com suspeita de ter o vírus poderiam entrar na capela.
