01 junho 2009

Rota Rio-Paris, lembranças de uma outra tragédia

Até onde as informações ainda desencontradas nos levam, esta é a primeira vez que um avião saído do Brasil desaparece sobre o Oceano Atlântico, em rota para a Europa. Mas não é o primeiro acidente aéreo envolvendo o caminho aéreo Brasil-França.
Em 11 de julho de 1973, em um dos mais famosos acidentes aéreos envolvendo aviões brasileiros, um Boeing 707 da Varig caiu próximo ao aeroporto de Orly. Morreram 123 pessoas - 11 conseguiram sobreviver. Como o voo da Air France, a aeronave da Varig havia decolado do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, 11 horas e 30 minutos antes do pouso forçado.
Sabe-se que o avião da Varig, ao se aproximar do aeroporto de Orly emitiu um breve comunicado, no qual o comandante Gilberto Araújo da Silva avisava que seria obrigado a efetuar um pouso de emergência, para controlar o fogo a bordo. Mas o 707 não conseguiu chegar até o aeroporto e aterrissou de barriga numa plantação de cebola distante quatro quilômetros de Orly.
O avião da Varig pegou fogo em voo por causa de um cigarro jogado no cesto de toalhas de um dos banheiros. A fumaça propagou-se a partir do banheiro criando cenas de horror. Só houve um caso de morte provocada pela queda. Todos os outros mortos foram vítimas de asfixia ou das chamas.
Sobreviveram mais tripulantes porque boa parte deles se trancou na cabine de comando, mantendo-se mais isolada da fumaça. Esse acidente matou personalidades como a atriz Regina Léclery, o senador Filinto Muller e o cantor Agostinho dos Santos.