13 julho 2009

São José do Inhacorá quer colocar câmeras nas ruas

Não houve nenhum crime violento em São José do Inhacorá este ano. Nem ataque à única agência bancária do município do noroeste do Estado no mesmo período. Mesmo assim, a cidade de 2.132 habitantes quer que suas ruas sejam vigiadas por câmeras.
Em fase experimental, um equipamento monitora parte da área central. Dentro de um mês, uma empresa da cidade deve apresentar ao prefeito Alexandre Vaz Ferreira (PMDB) um estudo sobre a viabilidade dos aparelhos.
As câmeras também são vistas como uma maneira de impedir que a violência dos grandes centros chegue ao município agrícola, cercado por morros e onde ainda se fala alemão nas ruas. Conforme Ferreira, poderão ser instaladas de oito a 12 câmeras em parceria com empresas. Todas as seis entradas da cidade deverão ser monitoradas.
Os seis furtos qualificados – que envolveram destruição ou rompimento de portas ou janelas – registrados este ano correspondem à mesma quantia registrada em 2007 e 2008 juntos.
– Provavelmente é gente de fora, porque aqui todos se conhecem. Vai ficar cada vez pior. São José era uma cidade calma, continua calma, só que agora a gente tem medo – diz a proprietária de um restaurante Mara Winchelmann, 40 anos, vizinha de um estabelecimento que já atraiu bandidos fardados como policiais militares.
O alvo foi a agroelétrica de Vianei Both, 29 anos. No início do ano, sofreu dois arrombamentos seguidos. Depois disso, ele foi um dos mentores do monitoramento. É a sua empresa que está fazendo o estudo de viabilidade.
– É uma prevenção. A cidade vem crescendo – comenta Both.