
Dos 15,6 mil condutores impedidos de dirigir nos últimos anos, devido ao acúmulo de mais de 20 pontos em infrações, apenas 5,1 mil entregaram a carteira de habilitação e estão cumprindo a suspensão do direito de dirigir, que varia de um a 12 meses.
A impunidade impera nas estradas para 10,5 mil motoristas gaúchos. É o contingente de condutores impedidos de dirigir por atingirem, no intervalo de 12 meses, mais de 20 pontos na carteira de habilitação. Apesar de alto, o número poderia ser ainda maior se o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) tivesse estrutura para processar todos os que excedem a pontuação a cada mês.
Dos 15,6 mil motoristas impedidos de dirigir nos últimos anos, 5,1 mil estão cumprindo a suspensão que varia de um a 12 meses, ou seja, entregaram o documento em um Centro de Formação de Condutores (CFC) para dar início ao período em que devem ficar sem dirigir. Outros 27,1 mil motoristas estão prestes a deixar temporariamente o volante porque estão sendo processados por excesso de pontuação.
Devido à sobrecarga de trabalho e à carência de servidores, o Detran não consegue abrir processos contra todos os motoristas que atingem 20 pontos. Em 2007, somente eram processados os que acumulavam 35 pontos. Atualmente, a autarquia não confirma nem nega, mas estaria abrindo processos apenas quando as multas somam 30 pontos.
– Estamos abrindo processos por pontos do maior ao menor (infrator), o quanto for possível. Mas não conseguimos abrir contra todos que atingem 20 pontos – reconhece o diretor técnico do Detran, Ildo Szinvelski.
Em 2009, já foram abertos 7.710 processos de suspensão pela equipe da Assessoria de Cassação e Suspensão de Condutores do Detran, que não divulga o número de servidores envolvidos na atividade. A expectativa é superar os 8.156 do ano passado.