A Defesa Civil do Estado estima que, pelo menos, 1,5 milhão de pessoas tenham sido afetadas pelo temporal com rajadas de ventos que atingiu o Rio Grande do Sul nesta tarde. O coordenador regional do órgão, major Luis Fernando Santos Carlo, afirmou que a região Metropolitana e o Litoral Norte foram as áreas mais castigadas pelo mau tempo. Até à noite, cerca de cinco mil pessoas estavam desalojadas e desabrigadas, mas, segundo Carlo, o número deverá aumentar nesta sexta-feira quando os municípios concluírem os levantamentos dos estragos.
No Litoral Norte, onze cidades informaram a Defesa Civil que deverão decretar situação de emergência. São elas: Palmares do Sul, Cidreira, Tramandaí, Capão da Canoa, Xangri-lá, Terra de Areia, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Santo Antônio da Patrulha, Caraá e Taquara. O maior problema refere-se a destelhamentos.
"Estamos monitorando com atenção a situação da região Sul", acrescentou. Com o aumento do volume de água no rio Piratini, a regional da Defesa Civil em Pedro Osório relocou mais de mil pessoas. Também enviaram Notificação Preliminar de Desastre as prefeituras de Cerrito e Santana da Boa Vista. Os alagamentos forçaram centenas de moradores de Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Pedro Osório e Piratini a deixarem suas residências para procurar abrigos oferecidos pelas prefeituras ou se hospedar na casa de amigos e parentes.
Hoje, a Defesa Civil entregou 3,8 mil telhas, 350 cestas básicas e 300 kit colchão para General Câmara, Bagé e Butiá. Oito municípios já decretaram situação de emergência devido às chuvas desde o dia 13 passado: Minas do Leão, São Sebastião do Caí, Taquari, Taquara, General Câmara, Coronel Barros, Feliz e Butiá.