Todos os anos é a mesma coisa. Ou não. O Big Brother Brasil se repete sempre, mas nunca é igual. Enquanto Boninho, o diretor da atração, divide a casa em duas (a principal e o loft, ou puxadinho), os perfis dos selecionados mostram que tudo pode ser ainda mais diferente na 10ª edição do programa, que começa hoje, às 22h05min, na RBS TV.
Chama atenção, por exemplo, a seleção de dois homossexuais assumidos – Dicesar e Sérgio falam abertamente de sua sexualidade em blogs. Boninho já disse também que há uma lésbica na corrida pelo R$ 1,5 milhão, maior prêmio do reality show.
Ex-BBBs comentaram a escolha dos participantes. Bianca, a tatuada do BBB 8, diz que a produção ousou, e que isso pode “ajudar a diminuir o preconceito’’. Milena, do BBB 9, acredita que a mulherada dará o que falar.
– Pelo que li, acho que as meninas gostam bastante de balada.
O gaúcho Flávio, também do último BBB, vai mais longe e aposta em uma mulher como a futura vencedora:
– Acho que algumas delas conseguirão se desvencilhar da imagem “estou aqui para posar nua depois’’.
Do lado da produção, a promessa é de muitas surpresas. A começar pelo próprio quarto surpresa – desta vez o aposento já está lá, com um ponto de interrogação na porta. Sobre ele, Boninho avisa: “Tudo pode acontecer”.
– Temos que quebrar os scripts prontos e as estratégias que os participantes supostamente trazem – acrescenta o apresentador Pedro Bial. – Eles têm que ser levados ao estresse, ao descontrole, para se revelarem. Desta forma, por mais que eles tenham assistido a todas as edições anteriores, ficam sem pai nem mãe.
E foi pensando nisso que Boninho criou o novo desafio da segunda-feira – antes, esse dia era morno, sem nenhuma prova. Ele não adianta o que preparou para os novos jogadores, mas avisou que haverá inovações até nas votações e que este é “um jogo que vai gerar polêmica”.