Pelo menos sete caminhoneiros catarinenses estão em Los Andes, no Chile, na região de Valparaíso, esperando liberação alfandegária para voltar a Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A informação é de Edir de Marco, de 61 anos, proprietário da empresa de transportes De Marco.
— Eles estavam dormindo na hora dos tremores. Ficaram sem energia elétrica e sem telefone, mas já estão bem. Com certeza há mais caminhoneiros de outras empresas lá no Chile também — destacou.
A mãe de Carlos Damião Taube, de 28 anos, que há dois anos leva e traz carregamentos do Chile, está mais aliviada porque o filho já ligou duas vezes.
— Eles levaram um susto porque o caminhão quase tombou — contou Elvira Taube, de 45 anos.
O morador de Florianópolis Márcio Reus Gomes tinha acabado de chegar à capital chilena, Santiago, quando o tremor de 8,8 graus de magnitude atingiu o Chile.
— Não sei como descrever o asfalto se mexendo na minha frente — disse Gomes.
O catarinense relata que o clima em Santiago é de insegurança e que muitos moradores da cidade preferem dormir na rua, com medo de novos terremotos. No hotel em que está hospedado, Gomes e um grupo de 40 pessoas dormem no hall.
Para evitar a falta de alimentos, a população lota os supermercados. Gomes disse que ficou duas horas na fila para comprar comida. Ele reclama da falta de assistência do governo do Brasil e conta que tentou entrar em contato com a Embaixada, mas não obteve retorno. O mesmo aconteceu com os e-mails, que não foram respondidos.