O prefeito Orlando Desconsi reiterou esta semana que a terceirização dos serviços de recolhimento e destino final do lixo urbano de Santa Rosa é um processo que não tem mais volta. E justificou: “é preciso frisar e lembrar que 11 dias antes de assumirmos o governo, a área do lixão fora interditada sem nenhuma hipótese de recursos. Existe uma lei que proíbe a implantação de lixão numa distância de até 20 quilômetros do aeroporto, o que dificulta uma ação de nosso governo em resolver tal situação. Não vendemos ilusões porque sabemos a morosidade de legalizar todo esse processo. É um problema que deveria ter sido planejado lá atrás, por outros governantes. O recolhimento do lixo passou a apresentar problemas pela constante ausência de detentos do Presídio que faziam tal serviço e que ultimamente ficaram indisponíveis. Soma-se a isso o fato que não termos no quadro servidores suficientes para dar conta de toda a demanda”.
Acrescentou que o lixão de Tuparendi tem prazo marcado para encerrar o recebimento do lixo gerado em Santa Rosa. Disse também que a Prefeitura enfrenta dificuldades para ser incluída em lixões consorciados na região. O vereador Cláudio Schmidt (PMDB) voltou a criticar a terceirização e também repetiu que a licitação é um jogo de cartas marcadas. “Eu afirmei aqui que apresentaria o nome da empresa vencedora da licitação, mas estranhamente, por duas vezes, o edital foi suspenso, sem que os motivos fossem esclarecidos”, acentuou. “Vamos fazer uma nova pesquisa, porque essas empresas, conforme mudam de cidade, mudam também seu nome fantasia”, insistiu.
Orlando Desconsi interferiu na entrevista que Schmidt concedia à Rádio Noroeste, para contrapor: “o senhor tem todo o direito de fazer críticas, mas eu exijo respeito. Está fazendo acusações levianas. Eu nunca recebi uma única empresa de lixo sozinho na Prefeitura. O edital está sendo feito por advogados de carreira da Prefeitura, orientados a buscar consultorias para fazer o melhor trabalho possível. Não tenho compromisso com nenhuma empresa e desafio qualquer acusação em contrário e, se comprovadas, tomarei as providências legais. Porém, não admito acusações levianas”. Convidou todos os vereadores, qualquer cidadão ou entidade a acompanhar de perto o processo licitatório.
Cláudio Schmidt questionou a liberdade expressa por Orlando, questionando: “o edital está sendo lançado pela terceira vez e a Câmara solicitou cópias dos processos, só que elas jamais foram enviadas. Como é que o senhor quer que os vereadores acompanhem a licitação?”.