10 maio 2010

Após 10 dias de negócios, Fenasoja movimenta R$ 41 milhões

Depois de 10 dias de negócios e lazer, a Feira Nacional de Soja (Fenasoja) se encerrou ontem, em Santa Rosa, com R$ 41 milhões em vendas – alta de 17% ante o faturamento de 2008.
O principal responsável pelo crescimento no faturamento foi o setor de máquinas e implementos agrícolas.
Uma safra de soja gaúcha histórica – com possibilidade de bater o recorde de 9,9 milhões de toneladas obtidos em 2007, aliada a programas de financiamentos do governo garantiu a venda de maquinário aos produtores rurais. Essa foi a primeira Fenasoja beneficiada pelo Mais Alimentos e Programa de Sustentação do Investimento (PSI), destinados, respectivamente, à agricultura familiar e àqueles de porte maior. Os juros baixos e o prazo de pagamento atraíram compradores.
– Tivemos uma procura muito grande em cima de tratores incluídos no Mais Alimentos. Podemos dizer que essa foi uma das melhores Fenasoja dos últimos 10 anos – disse Márcio Lucca, diretor comercial da Pippi Máquinas, de Giruá, que vende Massey Ferguson.
Até mesmo colheitadeiras foram negociadas, o que é incomum nesta época, quando a retirada da soja das lavouras está praticamente concluída. A Máquinas Agrícolas Carpenedo, concessionária New Holand, por exemplo, vendeu quatro delas – cada uma com valor superior a R$ 400 mil. Apesar de o preço da soja ser considerado baixo, se comparado à safra anterior, as linhas de crédito permitiram que o agricultor renove o maquinário sem precisar vender o grão imediatamente.
– O produtor está muito ávido por equipamentos. A gente não tinha uma expectativa de vender tanto em razão de que o preço da soja está baixo. Mas os clientes vieram para os negócios porque a colheita foi boa e pode financiar. O produtor não precisou faturar a soja para pagar a máquina à vista. Guarda a soja para esperar melhor preço e compra por meio de financiamento– disse o diretor da Máquinas Agrícolas Carpenedo, Sérgio Carpenedo.
Segundo o presidente da Fenasoja, Marlon Luís Saling, outro setor que despontou na feira foi o de automóveis. Mesmo com o fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as concessionárias se estabeleceram no parque com promoções e ofertas.
A chuva que não atrapalhou os negócios – é nos dias chuvosos que os produtores deixam o trabalho no campo e vão para a feira – acabou prejudicando a visitação. Eram esperadas 200 mil pessoas, mas passaram pelo parque 150 mil visitantes.