13 maio 2010

Economia deve crescer até 6% em 2010, prevê Mantega

Durante apresentação em reunião da direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu crescimento da economia brasileira, em 2010, entre 5,5% e 6%. Segundo o ministro, há previsões das mais otimistas, entre 6,5% e 7%, mas, segundo ele, elas são "um pouco exageradas". A previsão oficial do governo é de expansão de 5,2%.
O ministro disse que em 2010 a economia cresce com vigor e derruba o mito que havia no passado recente de que o Brasil só poderia ter uma expansão pequena, entre 3% e 3,5%, sem gerar inflação e endividamento.
— Mostramos que isso não era verdade — disse.
Ele destacou que até 2003, antes do governo Lula, a economia crescia a uma taxa baixa, de 2,5%, que "não dava para nada, não gerava emprego e renda para os trabalhadores". Sem citar nomes, o ministro adotou um discurso com tom mais político de comparação entre a política econômica no governo Lula e no governo anterior.
Mantega destacou que o crescimento que está sendo proporcionado pelo governo Lula não deixa conta para "alguém pagar". Segundo ele, esse crescimento, proporcionado por aumento do investimento e de políticas sociais de distribuição de renda, ocorre sem formação de bolha e gargalos. Ele destacou que há uma solidez fiscal, com trajetória de redução da dívida pública e aproximação de um déficit nominal zero nas contas do setor público. Se não fosse a crise de 2008, disse ele, as contas públicas teriam alcançado o déficit nominal zero entre 2009 e 2010.
Mantega afirmou que a crise "obrigou o governo a fazer mais gastos".
— Em 2010 retornamos à trajetória de uma política mais equilibrada — disse Mantega.
Ao destacar a política de solidez fiscal, o ministro da Fazenda afirmou que, no passado, os superávits primários eram feitos à custa de menos investimento e menos políticas sociais. Em 2010, previu ele, o setor público deverá fechar o ano com déficit nominal de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), uma das menores taxas entre os países do G-20.