Depois de ser aplaudida de pé na convenção nacional do PMDB, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, elogiou hoje a aliança com os peemedebistas. Lembrando a história do partido ligada à luta contra a ditadura, a ex-ministra reagiu às críticas da oposição sobre um eventual governo caracterizado pelo continuísmo. Segundo ela, a coligação PMDB-PT é uma parceria 'para fazer história'.
— Hoje o PT e o PMDB se unem mais uma vez para fazer história e isso significa avançar de forma mais sólida pelo Brasil — disse a pré-candidata do PT à Presidência da República.
— Os dois maiores partidos se unem aqui em um grande momento e numa grande frente pelo Brasil com a experiência das lutas sociais e democráticas, que representamos aqui em conjunto, que mostram que a nossa aliança é especial e feita para garantir a vitória para nosso projeto — afirmou.
No discurso, Dilma lembrou do ex-presidente da República Tancredo Neves, que integrou os quadros do antigo MDB que originou o PMDB, e também do deputado Ulysses Guimarães, morto num acidente aéreo, que conduziu a legenda por muitos anos. Horas antes, ao participar da convenção do PDT, em São Paulo, a pré-candidata também elogiou símbolos do trabalhismo, como Getúlio Vargas, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e João Goulart.
— Juntos, PMDB e PT, faremos a reforma política que está na proposta que os peemedebistas encaminharam (na última terça-feira) — disse Dilma.
Oficializado como candidato a vice-presidente na chapa de Dilma, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), reiterou que o PMDB será protagonista em um eventual governo com o PT.
—O PMDB não está fazendo ajuntamento de pessoas, está fazendo ajuntamento de ideias. O PMDB será protagonista, ator principal — disse Temer, que saudou Dilma Rousseff como 'uma grande figura pública' e elogiou atuação dela durante os anos em que foi ministra no governo Lula.