As duas hidrelétricas que serão construídas no Rio Uruguai geram polêmica e dúvidas em moradores e lideranças políticas da região.
Os empreendimentos, que ainda estão em fase de estudos, dividem opiniões entre os que estão entusiasmados pela criação de milhares de empregos, e aqueles preocupados com o desalojamento de famílias e desaparecimento de prédios públicos e particulares e áreas de lazer.
Ontem, cerca de 800 pessoas participaram de audiência pública no Clube Recreativo Visconde de Mauá, em Porto Mauá, para saber mais detalhes das obras.
A maior preocupação é com a usina Panambi, que deverá alagar metade da área urbana do município e mais 25% da área rural, conforme estudo extraoficial.
A área central de Porto Mauá teria que ser reconstruída, incluindo prefeitura, escola, posto de saúde e residências./ Além de moradores que serão atingidos pelas barragens, prefeitos da região e das províncias de Misiones e Corrientes, na Argentina, discutiram a questão.
“Conforme o prefeito de Porto Mauá, Guerino Pedro Pisoni, de Santa Rosa, antigamente, iniciava-se uma barragem, e as pessoas atingidas nem eram indenizadas. Hoje, antes de iniciar a obra, tem de estar resolvida a negociação.”