05 junho 2010

Marceneiro que matou médica paulista se apresenta à polícia em Torres

Dez horas após matar uma médica paulista a facadas em Torres, no Litoral Norte, o marceneiro gaúcho Rodrigo Fraga da Silva, 33 anos, apresentou-se à polícia e assumiu a autoria do crime.
O caso entre Glaucianne Hara e o morador de Torres começou na internet e acabou em tragédia na tarde de sexta-feira em um hotel da município litorâneo.
Conforme a Polícia Civil, eram 18h e Glaucianne estava em frente ao Hotel Bauer, na Rua Balbino de Freitas, no centro do município, quando recebeu os golpes. Silva contou que, após o crime, fugiu em uma motocicleta.
O relacionamento durava três anos, afirmam funcionários do hotel. O caso era conturbado, descreve o delegado plantonista Juliano Carvalho. Ela costumava se hospedar no Hotel Bauer quando chegava de São Paulo, de acordo com funcionários.
As viagens ao Rio Grande do Sul seriam costumeiras. Há relatos de que ocorriam muitas brigas entre os dois, e ela já teria sofrido agressões por parte do marceneiro.
Ao mesmo tempo, o suspeito, que era casado, procurava escapar de um suposto assédio da mulher, conforme Silveira. O que teria complicado a situação seria um suposto plano de Glaucianne de ir morar em Torres. Pessoas que conversavam com ela relataram que a médica cogitava abrir uma loja na cidade para ficar mais próxima do marceneiro.
Em sua página no Orkut, o homem rejeita a mulher com palavras fortes. "A filha do diabo mais uma vez abandona seus filhos em São Paulo pra vir a Torres tentar contra a minha vida", escreveu, em sua página. Ao mesmo tempo, ele declara seu amor à mulher, que teria descoberto o relacionamento.
Ao se apresentar com a advogada, o suspeito foi liberado pela polícia. O delegado pretendia pedir a prisão preventiva dele ainda no sábado.