30 junho 2010

Polícia acredita que Eliza estava viva até o dia 9

Os vestígios de sangue encontrados na caminhonete Land Rover do goleiro Bruno, do Flamengo, podem não ser da ex-namorada do goleiro, desaparecida há cerca de três semanas. Conforme a polícia mineira, a estudante Eliza Samúdio, 25 anos, esteve no sítio do jogador entre os dias 5 e 8 de junho e estava viva no dia seguinte, quando fez uma ligação telefônica. O goleiro treinou nesta quarta-feira, no Centro de Treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. O jogador não deu declarações à imprensa e seguiu para casa após os treinamentos.
Conforme o chefe da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, delegado Wagner Pinto, há registro de uma ligação telefônica feita por Eliza para uma amiga do Rio de Janeiro, dizendo que estava bem e que ela não precisava se preocupar.
A partir dessa informação, a polícia confirmou que, se Eliza foi assassinada, o corpo dela não teria sido transportado no jipe Land Rover do goleiro. O veículo foi apreendido no último dia 8, em uma blitz da Polícia Militar, por falta de pagamento do IPVA. "Se ela esteve no carro, foi, no máximo, ferida. Estamos apurando isso", disse ele.
O depoimento da testemunha (ouvida nesta quara-feira) também serviu para comprovar a estada de Eliza na propriedade localizada no condomínio Turmalina, em Esmeraldas, região metropolitana da capital mineira. Segundo o delegado, há provas de que foi Bruno quem a convidou para ir ao sítio.
Investigações
Durante entrevista coletiva ocorrida hoje, os delegados envolvidos na investigação afirmaram que, apesar de assessoria de imprensa da Polícia Civil e uma fonte ligada ao Instituto de Criminalística dizerem que há indícios de sangue no porta-malas do Land Rover, ainda não é possível confirmar a informação.
Wagner Pinto explicou ainda que o caso é tratado pela Polícia Civil como um desaparecimento com indícios de "provável homicídio com a ocultação de cadáver". Já o chefe do Departamento de Investigações, delegado Edson Moreira, acrescentou: "Bruno é o primeiro suspeito".
Denúncias
Policiais civis procuraram o corpo da estudante na Mata das Abóboras, em Contagem, também Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo informações extra-oficiais, uma testemunha teria relatado uma conversa de bar sobre um plano envolvendo traficantes. Eles teriam recebido R$ 70 mil do jogador do Flamengo para matar e ocultar o corpo da modelo. Conforme a imprensa mineira, o local é frequentemente usado para a ocultação de cadáveres.
O Disque-Denúncia (2253-1177) do Rio de Janeiro também vem recebendo informações sobre o caso Bruno. Depois, as informações são encaminhadas ao Disque Denúncia de MG.