17 junho 2010

Segurança e crimes na internet são destaques em Simpósio de Tecnologia na SETREM

Nesta segunda (14) e terça-feira (15), a SETREM foi palco do 1º Simpósio de Tecnologia da Informação da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Promovido pela instituição de ensino, com o apoio da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), reuniu acadêmicos, professores e profissionais do setor.
Dentre os diversos e importantes temas abordados foram explorados as questões da Segurança da Informação, ministrado por Vinícius Serafim e os Crimes na Internet, pela Mestre em Direito Público, Lurdes Grossmann.
O primeiro palestrante apontou sobre o valor da informação nos dias atuais e principalmente, o que devemos fazer para proteger os computadores. Serafim destacou que nas organizações há necessidade de profissionalizar o setor. “Vemos muita gente no mercado sem formação (técnica ou de graduação) sendo responsável pela tecnologia da informação nas empresas. É preciso salientar que somente um profissional formado poderá atuar com eficácia neste ambiente, em razão do seu conhecimento.”
Ressaltou também que o computador não pode ser considerado um eletrodoméstico comum. Precisa de cuidados. “Em casa todos devem ter um bom anti-vírus. Alguns são até gratuitos. Deve-se ainda fazer uma cópia em DVD do material que está no computador, assim o proprietário nunca perderá informações relevantes.”
Lurdes apresentou esta temática com outro enfoque: como podemos ser vítimas e autoras de crimes na Internet. Revela que hoje são comuns os casos no judiciário de pedofilia, estelionato, furto qualificado pela fraude e crime contra a honra. No entanto, muitas pessoas também praticam crimes na rede e desconhecem. “Pode ser considerado crime, por exemplo, fotografar intimidades com companheiro e postar na internet ou ainda criar comunidades no Orkut dizendo ‘Eu odeio determinado professor ou colega’. Se ferir a honra do indivíduo envolvido, o caso é passível de processo, tanto em esfera civil, como penal.”
A profissional enfatiza que não há mais anonimato na Internet. Por decisões judiciais os provedores são obrigados a fornecer o IP do computador, desta forma identificando e rasteando a pessoa que realizou o crime. “O judiciário precisou adequar-se a questão, em razão do grande número de casos ocorridos. Por isso, cuidado com a exposição na Internet. É comum também jovem escreverem detalhes de sua vida em sites de relacionamento, facilitando inclusive, a prática de seqüestros. A Internet é um local acessível para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Você colocaria determinada foto na praça da cidade? Então, não as coloquem na internet.”
O evento ofereceu ainda dois mini-cursos, ‘Simulando Multidões: Aplicações de Segurança e Entretenimento’, com Vinícius Cassol (PUCRS) e ‘Utilizando Web Services do Google, Yahoo! e Twitter com PHP’, com Helton Ritter e Maycon Bordin (SETREM), apresentação de trabalhos aprovados e palestra sobre ‘Times virtuais em projetos globais’, com Vínicius Meneghini.