06 julho 2010

Disputa por posse de cão vai parar no Tribunal de Justiça em Santo Ângelo

A Justiça colocou um ponto final na discussão entre uma mulher e uma funcionária de um Pet Shop de Santo Ângelo pela posse de um Yorkshire Terrier. A batalha pelo cão, chamado Xeren, começou em 2007, quando a então proprietária do animal entregou-o à funcionária da clínica veterinária onde ele era tratado.
A versão da primeira proprietária é de que, em 2006, Xeren (que contava um ano e meio na ocasião) foi emprestado para fins de procriação à funcionária e que permitiu que o cão ficasse com ela enquanto resolvia problemas pessoais fora da cidade. A mulher que recebeu o cachorro diz que ele havia sido doado, pois era maltratado pela empregada da dona.
Em 2007 a primeira proprietária pediu que Xeren lhe fosse devolvido, no que foi atendida pela funcionária. Alguns dias depois, a segunda proprietária pediu o cão emprestado, o que foi negado diante da alegação de que a mãe da dona sentia falta do animal. Foi então que a funcionária registrou um boletim de ocorrência, afirmando que a mulher lhe havia doado o cão, e, portanto, havia cometido crime de apropriação indébita.
A Justiça decidiu, em primeira instância, pela devolução de Xeren à primeira proprietária. A funcionária recorreu, alegando que o cachorro corria o risco de não se adaptar à constante troca de proprietários. A decisão final do Desembargador Tasso Caubi Soares Delabary foi de que a segunda proprietária do cão deveria ficar com ele. De acordo com Delabary, "uma pessoa que se diz apegada ao animal de estimação e estabelece com o cão uma relação de companhia não pode permitir que o mesmo fique tanto tempo com outra pessoa".