02 julho 2010

Ex-prefeito Nico explica apontamentos do TCE

As contas do último ano da gestão 2005/2008 do governo municipal de Horizontina, que teve a testa João de Oliveira Borges(PDT) e Eduardo Jorge Horst(PTB) tiveram rejeição no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, com o egrégio solicitando aos ex administradores a devolução aos cofres públicos de R$ 156.115,21 e mais multa de R$ 1,5 mil a cada um, em razão de descumprimento de normas constitucionais.
O TCE também recomenda ao Legislativo que vote pela desaprovação das contas de ambos naquele período. Entre os apontamentos, estão a reforma de máquinas pesadas como um carregador Michigan e uma retroescavadeira Case sem que essas tivessem registro de paradas do trabalho nas suas planilhas de horas.
Foi apontado ainda um programete do município na RBS TV(R$ 29 mil) considerado não de finalidade pública, mas que está no ar atualmente, mantido pela nova gestão, assim como o mantém outras prefeituras.
Servidores que atuaram em desvio de funções ou ausentaram-se do trabalho, pagamentos de multas de trânsito, contas de telefones, encargos salariais e repasse de recursos a associações diversas, entre elas a Associação Municipalista Regional AMGSR, ainda foram apontados.
O Ex prefeito Eduardo Jorge Horst PTB, disse nesta semana, em resposta a matéria publicada na página 02 do Folha Cidade na edição anterior, que apresentará defesa, pois não há em nenhum dos apontamentos qualquer irregularidade que caracterize ação criminosa ou contrária ao interesse público, e tudo não passa de erros administrativos ou na defesa oferecida aos apontamentos do TCE em primeira instância.
“Servimos essa comunidade com o maior zelo e a forma como foi divulgada por alguns essa noticia, atinge a imagem de um homem que não merece sofrer qualquer arranhão de conduta, que é João Borges. Eu sempre tive o lombo largo, já me julgaram, condenaram, prenderam, soltaram umas trezentas vezes, até hoje nada aconteceu, como não acontecerá agora”, alfineta Horst.
O ex-prefeito enfatiza que nada do que está apontado atribui ao governo anterior ato de má fé, nada teve o preço estimado e aviltado e que está encaminhando ao TCE documentos comprobatórios para que as glosas sejam extintas. “- Há quem pratique a desonestidade e quer atribui-la aos outros, eu passo a segunda vez o governo para as mesmas pessoas e em seguida acontece uma devassa na papelada para ver se encontram algo que me incrimine.
No caso das reformas de máquinas Horst justifica: “-Não tinhamos só um carregador Michigan, eram dois, e retroescavadeiras eram seis, logo será que foi auditada a ficha da máquina certa? Questiona.
Nico indaga: “-Todos os ex prefeitos contribuiram para AMGSR será justo agora o Nico devolver a contribuição do tempo dele? Estou tranqüilo não há superfaturamento de nada, não elevamos para 300 algo que valia 200, nem para 140 o que mal valia 100 e nos meus mandatos não ganhei casa de presente, não sou ficha suja, dispara.
Horst reconhece que quando governa atropela a burocracia para ver obras e serviços sairem do marasmo, mas descarta com veemência acusações de que tenha agido de má fé. “O que adianta construir uma grande avenida, um prédio de cimento e ferro, se no exercício do cargo eu negar uma cartela de comprimido e um exame de sangue ao cidadão doente? Finaliza. Nico criticou ainda o uso tendencioso da informação, segundo ele a serviço de interesses político-partidários. “Tem gente caindo aqui de pàra-quedas fazendo noticia sem conhecer a história e isso não é salutar”.
Horst confirmou que permanece em cena politicamente e buscará a construção de candidatura a prefeito em 2012. “Vamos esperar passar o pleito de governador, presidente e depois vamos debater Horizontina”, adianta.