23 setembro 2010

Integrantes da quadrilha presa hoje em Caxias do Sul já tinham sido detidos em 2007

As 18 pessoas presas durante a Operação Espelho, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em Caxias do Sul, na manhã desta quinta-feira, já haviam sido pegas pela Polícia em 2007. Conforme o chefe da PF na Serra gaúcha, delegado Noerci da Silva Melo, o excesso de prazo durante a realização da investigação criminal fez que os detidos fossem soltes e se rearticulassem.
“A cúpula dessa organização dessa organização criminosa era a mesma de uma operação nossa de 2007. Naquela ocasião, 56 pessoas foram presas e todas soltas por excesso de prazo durante a investigação criminal. Em dezembro do ano passado, tivemos a informação que o grupo tinha se reestruturado e estava traficante drogas no moldes de antes”, afirmou o delegado em entrevista à Rádio Guaíba. 
De acordo com o delegado, a quadrilha movimentava aproximadamente uma tonelada de cocaína por mês. “O bando o braço do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção formada por traficantes do Rio de Janeiro, aqui no Rio Grande do Sul”, garantiu Noerci da Silva Melo. Três procurados continuam foragidos. Um dos detidos é o apontado como líder da quadrilha e foi encontrado em casa no Balneário Camboriú, em Santa Catarina. 
As investigações iniciaram em dezembro de 2009, quando a PF encontrou, em um sítio de Torres, 262 quilos de cocaína e produtos químicos adulterantes que estavam enterrados. Outras apreensões foram realizadas, com apreensão total de 310 quilos. Nesta quinta-feira, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, mas a PF ainda não tem a contabilização do material apreendido. No Rio Grande do Sul, foram cumpridos mandados em Caxias do Sul, Porto Alegre, Viamão e Tramandaí.