O Irã suspendeu a setença de apedrejamento contra Sakineh Mohammadi Ashtiani. A iraniana foi condenada à morte por adultério e por participação no assassinato do marido. O Ministério de Relações Exteriores do país informou, nesta quarta-feira, que o caso foi suspenso e está sendo revisto.
Sobre o caso
O porta-voz da diplomacia iraniana, Ramin Mehmanparast, afirmou, que, no entanto, a acusação de cumplicidade de Sakineh no assassinato do marido - pela qual a mulher foi condenada ao enforcamento - permanece "em andamento", de acordo com o canal oficial iraniano em inglês Press TV.
Nas últimas semanas, a Justiça do Irã adiou por três vezes o pronunciamento sobre a execução de Sakineh, após intensa pressão internacional - tanto de governo quanto de entidades - contra a pena.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (7), Mehmanparast criticou a postura da comunidade internacional diante da condenação de Sakineh e disse que o caso não envolve questões de direitos humanos.
- Se soltar pessoas condenadas por assassinato é considerado uma questão de direitos humanos, então os países europeus devem libertar todos os assassinos presos em nome dos direitos humanos.
Em comunicado no dia 29 de agosto, o escritório de direitos humanos da Justiça do Irã informou que a sentença de morte contra Sakineh tinha sido concluída, mas que a execução ainda dependia de procedimentos internos.