Uma família do município de Itaara, distante 20 quilômetros de Santa Maria, na região central do Estado, vive em permanente angústia desde o dia 11 de junho de 2005. Era um sábado, quando a comerciante Sirlene de Freitas Moraes, então com 42 anos, e seu filho Gabriel, à época com 7 anos, entraram em um carro e sumiram. O desaparecimento, conforme relatos de familiares, ocorreu depois de que a mulher agendou um encontro com um homem, na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, na zona Norte de Porto Alegre. Eles iriam discutir o reconhecimento da paternidade do garoto. De acordo com o delegado João Carlos da Luz Diogo, na época titular da 14ª Delegacia de Polícia da Capital, o suspeito da presumida morte da mãe e do filho esteve preso por 58 dias. O homem foi indiciado por duplo homicídio qualificado no inquérito entregue à Justiça.
Na investigação, recorda Diogo, foi destacado que mãe e filho foram vistos pela última vez entrando em um Monza. Desde então, nenhuma informação sobre o paradeiro dos dois foi divulgada. A mulher estaria pressionando o acusado para que ele reconhecesse a paternidade.
A Polícia acabou por chegar ao homem como principal suspeito do desaparecimento após relatos de familiares de Sirlene e de um amigo do acusado ter afirmado que ouviu dizer que ele estava tentando se livrar de qualquer maneira da mulher e da criança da qual seria pai. A esposa do homem afirmou ter tomado conhecimento do caso 30 dias antes de o fato ser divulgado pela imprensa. De acordo com ela, o marido estava disposto a ajudá-los.
Conforme o delegado Diogo, atualmente no Departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado, depois do desaparecimento foram realizadas buscas para encontrar os corpos em vários locais, entre eles uma fazenda localizada em Cachoeira do Sul.