Difícil foi antes da final. A campanha recheada de dramas se arrastou ao longo de 15 dias com lesões, troca de farpas, derrota de propósito, chuva de críticas. Nada disso entrou em quadra no domingo. Quando a bola subiu na Arena de Roma, o Brasil fez a decisão contra os cubanos parecer um treino de luxo contra juvenis. Sem medo de mostrar quem manda no vôlei neste planeta. Agressivos, vibrantes e impiedosos, os comandados de Bernardinho transformaram a valente seleção de Cuba em pó. Com 3 sets a 0 (25/22, 25/14 e 25/22), derrubaram os caribenhos em apenas 1h14m, chegaram ao tricampeonato e esticaram sua dinastia em Mundiais. Desde 2002, ninguém tira o verde-amarelo do topo.
Acusado de perder para a Bulgária na segunda fase para escapar dos cubanos na terceira, o Brasil mostrou neste domingo que não precisava temer os rivais. Com mais uma atuação memorável de Leandro Vissotto, que também tinha sido o herói da semifinal contra a Itália, a seleção se impôs desde o início e não foi ameaçada em nenhum momento. Venceu como time grande que é.
O terceiro título mundial consecutivo coroa uma campanha cheia de obstáculos: além das críticas pela derrota para os búlgaros, o grupo teve de lidar com o problema intestinal de Marlon, a lesão de Bruninho, a pressão da torcida italiana e a superação de um grupo renovado, com alguns jogadores que nunca tinham disputado um Mundial.