04 outubro 2010

Na Capital, Tarso anuncia que prioriza corrida presidencial: "Será um belo segundo turno"

Ao antecipar em três horas sua entrevista coletiva na Capital, nesta segunda-feira, para se juntar à coordenação da campanha de Dilma Rousseff em Brasília, o novo governador do Estado, Tarso Genro, demonstrou que sua prioridade é auxiliar na campanha presidencial do PT. No encontro com jornalistas, o petista ratificou a postura.
— Vamos nos dedicar à campanha da eleição de Dilma. Cancelei entrevistas nas rádios hoje, espero retomar os compromissos amanhã — justificou Tarso —  Estamos prontos para uma grande ofensiva política. Será um belo segundo turno.
Anúncios de secretário ou adesões de partido ao futuro governo serão formalizados em novembro, quando o gabinete de transição será instalado.
Como a prioridade reside na tentativa de transformar Dilma Rousseff em presidente, Tarso já projetou que o partido vai procurar Marina Silva (PV), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, terminando a eleição com expressivos 19%. 
— Com certeza, temos que conversar com a Marina. Estive com ela durante seis anos e meio no ministério do presidente Lula. Creio que a Marina tem muito mais afinidade com o projeto de Dilma do que com o de Serra — argumentou o novo governador do Estado.
Para Tarso, apesar de a vitória não ter acontecido no primeiro turno na corrida presidencial, a votação de Dilma no domingo foi "espetacular".
— Depois do bombardeio que ela sofreu por parte da mídia, a sua porcentagem nas urnas mostra que Dilma tem uma candidatura muito forte. Até porque quem mais cresceu não está no segundo turno e se adequa mais as nossas ideias — disse Tarso, em nova referência a Marina Silva, a qual define como amiga pessoal e companheira de militância no passado.
Transição no Piratini
Na manhã desta segunda-feira, Tarso já se reuniu com membros do partido para debater projetos relacionados à agricultura e ao servidor público. Ele reiterou suas pretensões de conseguir o apoio do PDT e do PTB. No entanto, ainda não iniciou as negociações.
Questionado sobre a transição com Yeda Crusius, Tarso falou que é um processo que parte do governo, mas que não teria constrangimento em procurar a governadora, que tentou a reeleição, mas ficou em terceiro lugar no pleito.
— Isso só valoriza o processo democrático — explicou.
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